segunda-feira, 4 de setembro de 2017

NOVA CRUZ/RN Alpargatas fecha fábrica e encerra atividades no Rio Grande do Norte

Última unidade de produção funcionava em Nova Cruz, no interior, e tinha 375 funcionários.


Por Kleber Teixeira, Inter TV Cabugi
 


Caminhões retiram equipamentos desde a semana passada na Alpargatas (Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi)

A Alpargatas S.A. fechou a sua última fábrica no Rio Grande do Norte. A unidade de produção ficava na cidade de Nova Cruz, a 116 quilômetros de Natal, e tinha 375 funcionários contratados.
No dia do anúncio do fechamento do posto de costura, na quinta-feira (31), os funcionários trabalharam normalmente. No fim do expediente chegou o comunicado que surpreendeu as mais de 300 pessoas demitidas, a maioria de Nova Cruz. Desde o dia seguinte, eles assistem a caminhões entrarem e saírem do galpão onde trabalhavam, recolhendo equipamentos.
O operador de costura João Marcos Lima, há dezoito anos na empresa, disse que a cidade vai viver um drama na economia com o fim das atividades, por conta do dinheiro que vai deixar de circular.
Desde 2008 a empresa vem fechando unidades no Rio Grande do Norte, nas cidades de São Paulo do Potengi, Santo Antônio e Natal. A fábrica de Nova Cruz foi a quarta e última unidade de produção da Alpargatas que teve as atividades encerradas no estado.
As quatro fábricas fechadas deixaram de empregar cerca de três mil pessoas. Depois de vinte anos funcionando. O secretário geral do Sindicado dos Trabalhadores das Indústrias do Calçados do RN, Marcones Marinho da Silva, avalia que o Rio Grande do Norte está perdendo espaço para estados vizinhos, como Paraíba e Ceará, que têm atraídos empresas com benefícios fiscais.
A empresa divulgou uma nota em que explica o que motivou o fim da produção no estado potiguar. A Alpargatas esclarece que os maiores desafios são otimizar a produção e a falta de incentivos fiscais. A crise financeira também teria pesado na decisão de fechar o negócio.
O prefeito de Nova Cruz, Targino Pereira, disse que não foi avisado do fechamento, e que o Município não tem como dar incentivos ficais, porque não cobra imposto a Alpargatas. Segundo ele, recebe apenas uma taxa pela licença de funcionamento da fábrica no prédio que já foi cedido pela Prefeitura. FONTE, //g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Eleições 2018 “Se eu não puder ser candidato, a gente arruma alguém para ser”, diz Lula no Ceará

Em giro pelo Nordeste, petista chega ao Ceará e repete discurso do “nós contra eles”.

“Eles”, no caso, são a elite do país, ora Temer, ora a Lava Jato e, às vezes, a imprensa

caravana do Lula no Nordeste
Lula, durante ato em Mossoró (RN), na segunda. EFE
Quixadá (Ceará)
Em um palco improvisado montado em um posto de gasolina na beira da estrada, centenas de guarda-chuvas abrigavam do forte calor uma multidão à espera do ex-presidente Lula, nesta terça-feira. Os moradores de Quixeré (CE) foram até o posto para ver o pré-candidato do PT à eleição do ano que vem falar. Se possível, tirar uma selfie e dar um beijo no petista, que está na estrada há 13 dias, percorrendo o Nordeste em uma caravana. Rouco e um pouco abatido por uma gripe contraída no início da viagem, o ex-presidente subiu no palco, ia apenas acenar aos seus eleitores, para poupar a garganta. Mas não aguentou. Acostumado a discursos longos, acabou pegando o microfone. Foi breve, em todo caso. “Eu havia combinado com a minha equipe que só falaria hoje à noite, mas eu quero agradecer o carinho e a presença de todos vocês”, disse, sob aplausos.
Depois disso, seguiu viagem para a última cidade do dia, Quixadá, também no Ceará, onde realizou um ato no início da noite. Para uma multidão, Lula, com a voz um pouco melhor, falou sobre as eleições do próximo ano. “Faltam 14 meses para as eleições. A gente nem sabe se vai estar vivo [até lá]. A gente não sabe se vai poder ser candidato. Eu nem sei se o PT quer que eu seja candidato”, disse. “Mas se eu for candidato, vocês vão ganhar as eleições outra vez”.
As conversas sobre um possível impedimento à candidatura de Lula  – que foi condenado pelo juiz Sergio Moro no caso do triplex, e é réu em seis ações no âmbito da Lava Jato – rondam o Partido dos Trabalhadores, embora seus dirigentes não assumam publicamente. Coerente com o discurso de que “não há um plano B”, Lula tem se apresentado, durante a caravana, como o candidato único do PT. Mas na noite desta terça-feira, acabou deixando uma interrogação no ar. “Se eu não puder ser candidato, a gente vai arrumar alguém para ser”, disse.
A ideia da ausência de Lula na disputa eleitoral do ano que vem não é rejeitada somente pelo Partido dos Trabalhadores. Nas praças e calçadas, descendo do palanque, muitos de seus eleitores torcem o nariz quando esta possibilidade é mencionada. “Vai ser Lula sim, não tem jeito”, disse, em Quixadá, a aposentada Lindomar Rodrigues, 63. “Se não for ele o candidato, eu não voto em ninguém”, completou. De Currais Novos, no Rio Grande do Norte, a aposentada Maria das Neves, 61, disse o mesmo. “Voto em quem ele indicar, mas vai ser ele [o candidato]. Não tem chão nem gemido”.
Enquanto isso, no palco, já passaram alguns possíveis nomes para a disputa do ano que vem, caso Lula seja impedido de concorrer: o senador Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, senadora e presidenta do PT, já estiveram com Lula em algum ponto da caravana. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que tem sido apontado como o plano B do partido, até o momento, não apareceu no giro pelo Nordeste. Ainda resta uma semana de caravana e dois Estados a serem percorridos, o Piauí e o Maranhão. Lula e uma comitiva grande de assessores, dirigentes e militantes estão na estrada há 13 dias e já percorreram sete Estados: Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Pelas estradas por onde a caravana passa, os eleitores de Lula correm para ver o ex-presidente passar. Em muitos locais onde não estava programada uma parada, o ex-presidente acaba parando o comboio. Sai do ônibus, é agarrado, abraçado e beijado por centenas de pessoas, faz um pequeno discurso, e segue viagem.

Nós contra eles

Durante seus discursos pelas cidades por onde passa, Lula tem batido muito na tecla do nós contra eles. Sendo que eles, ora são a elite brasileira, ora o presidente Michel Temer, ora a Lava Jato e, às vezes, a imprensa também. “Eu sei que a perseguição que eu estou sendo hoje vitimado, não é uma perseguição ao Lula”, disse, em Currais Novos (RN). “Porque o Lula já tem idade suficiente, o Lula já apanhou demais, o Lula já aguenta um tanto. O que eles estão tentando é tirar do povo brasileiro as conquistas que nós tivemos nos últimos anos”, afirmou.
Em outro momento, aos gritos de fora Temer, o ex-presidente disse: "Eles derrubaram 54 milhões de votos da Dilma e ocuparam o poder", afirmou. "Enganaram a sociedade brasileira e a Globo tratou de mentir o tempo inteiro, dizendo que a Dilma era a responsável pela desgraça do PT e do Brasil. E eu pergunto: O Temer melhorou o quê?".
Outro ponto bastante lembrado tem sido o da educação. "Toda vez que eu falo que não tenho diploma, não pense que eu tenho orgulho de não ter diploma", disse, em Mossoró (RN). "Eu falo para provocar eles".
Em Quixadá, vestindo uma bata africana que ganhou de um dos alunos de Guiné Bissau que estudam na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), Lula disse: "Outro dia eu fui na universidade [a Unilab] e 67 meninos da África estavam se formando", contou. "Aí eu soube que tinha preconceito [ali] contra a molecada da África, e eu comecei a dizer pra eles 'vocês não devem nada ao Brasil. E o Brasil não está fazendo um favor, o Brasil está pagando [por] 300 anos de escravidão que nós devemos ao povo africano". A Unilab foi criada e inaugurada na gestão do petista e promove a integração entre o Brasil e outros países de língua portuguesa, especialmente os da África.
Longe das capitais do Sudeste, onde o ex-presidente tem o desprezo de grande parte dos eleitores, Lula colhe ovações e elogios com as paixões que suscita em alguns grupos. “Lula é o presidente da humanidade, não só do Brasil”, disse o estudante de pedagogia Samora Caetano, 23. Ele veio de Guiné Bissau, há três anos, para estudar na Unilab. “Ele pegou a população pobre e levou para a universidade. Lula nos representa”.FONTE,  https://brasil.elpais.com/

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Comissão debaterá necessidade de tornar permanente o Fundeb

A pedido das senadoras Fátima Bezerra, Lídice da Mata e com o apoio dos senadores Ângela Portela e Elmano Férrer, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo aprovou, nesta quarta-feira (30), a realização de audiências públicas, nas cinco regiões brasileiras, para debater a permanência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação- FUNDEB. O primeiro debate já está programado para o próximo dia 12 de setembro, no Senado, e contará com a presença do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, em cuja gestão foi instituído o Fundeb.
Em 2020, termina o prazo de vigência do Fundeb. Por isso, a senadora Lídice da Mata apresentou a PEC 24/2017, que torna permanente o FUNDEB. A proposta é relatada pela senadora Fátima Bezerra, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Fátima destacou a importância da Comissão debater o tema. “Como pensar em desenvolvimento regional sustentável, com justiça social, se a gente não cuidar daquilo que é estruturante, essencial e básico, que é a educação do nosso povo; a educação das nossas crianças e jovens? Queremos fazer do Fundeb uma política permanente, além de aumentar a participação financeira do governo federal junto aos estados e municípios”, explicou. FONTE,  http://blog.tribunadonorte.com.br/heitorgregorio/

Ex-prefeita da Grande JP é multada em R$ 1,4 mi por desvios e gastos sem autorização

Também na sessão desta quarta, o TCE reprovou as contas dos Fundos de Assistência Social e de Saúde do Conde, também na gestão da ex-prefeita. Com isso, os ex-gestores dos fundos foram multados em R$ 36.997
Mais política | Em 30/08/17 às 14h59, atualizado em 30/08/17 às 15h09 | Por Redação
Reprodução/Correio Online 
 
Tatiana Corrêa
O Tribunal de Contas co Estado da Paraíba (TCE-PB) reprovou, nesta quarta-feira (30), as contas de 2013 da ex-prefeita do Conde, Tatiana Correa. Na decisão, o tribunal também impôs débito de R$ 1.414.332,87 por desvio de bens e serviços, gastos não autorizados, despesas e dispêndios financeiros não documentalmente comprovados. Cabe recurso da decisão.

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Também na sessão desta quarta, o TCE-PB reprovou as contas dos Fundos de Assistência Social e de Saúde do Conde, também na gestão da ex-prefeita. Com isso, os ex-gestores dos fundos foram multados em R$ 36.997.

Já a prefeita de Mangueira, Tânia Mangueira Nitão Inácio, teve as contas de 2015 reprovadas por não recolhimento de contribuições patronais ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também cabe recurso.

Na sessão, também foram reprovadas as contas de 2015 do ex-prefeito de Areial, Cícero Pedro Meda de Almeida, a quem o TCE impôs o débito de R$ 18 mil decorrente do pagamento de subsídios ao então Chefe de Gabinete irregularmente ordenado durante o exercício.fonte; http://portalcorreio.com.br

'Ele dá várias versões', diz delegado sobre suspeito de matar padre na Paraíba

Delegado explica que adolescente tenta assumir sozinho a culpa pelo crime e isentar o ex-coroinha, que também é apontado como participante do assassinato
Polícia | Em 30/08/17 às 11h45, atualizado em 30/08/17 às 12h33 | Por Redação
Reprodução/TV Correio HD
Padre Pedro foi assassinado em Borborema  
A veracidade do depoimento do adolescente suspeito de ter participado do assassinato do padre Pedro Gomes Bezerra com 29 facadas ainda é apurada pela polícia. De acordo com o delegado Diógenes Fernandes, a polícia ainda não tem a certeza do que teria motivado o crime porque o adolescente detido dá várias versões. Nessa terça-feira (30), o adolescente prestou depoimento e confessou participação no assassinato do religioso, que ocorreu na última quinta-feira (24), na cidade de Borborema, no Brejo paraibano,

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Ex-coroinha de 18 anos é procurado por participar da morte de padre na Paraíba

Jovem diz que matou padre com 29 facadas porque teria sido obrigado a fazer sexo
O delegado disse ao Portal Correio nesta quarta-feira (30) que, em um momento do depoimento, o adolescente tentou assumir sozinho a culpa pelo crime e isentar o ex-coroinha do padre, que também está sendo apontado como participante do assassinato. “Ainda não há uma certeza do que teria motivado o crime, por isso não descartamos nenhuma hipótese, mas a que parece ser a mais lógica é o assassinato foi planejado para roubar o suposto dinheiro que eles acreditavam existir no cofre da residência”, disse.

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Diógenes Fernandes disse ainda que as investigações seguem normalmente. Sobre os trabalhos para localizar o outro suspeito, o delegado revelou que a polícia vem trabalhando para prendê-lo.

Segundo Diógenes, alguns familiares do adolescente estão pedindo para que o jovem de 18 anos se entregue. Ele é suspeito de participar do crime e até esta quarta-feira (30) ainda não foi preso.

O padre Pedro foi morto com 29 facadas e a polícia disse que encontrou no local do crime bebidas e petiscos. O adolescente de 15 anos foi detido e teria dito em depoimento que matou o padre porque teria sido obrigado a fazer sexo com o padre, o que ainda é investigado pela polícia. Outro rapaz, de 18 anos, o ex-coroinha, é procurado como suspeito de participar do crime e pode ser preso a qualquer momento.  fonte:  http://portalcorreio.com.br/

domingo, 27 de agosto de 2017

Entrega de título de cidadão a Lula se transforma em comício na Capital

O petista chegou ao Ponto de Cem Réis, no centro de João Pessoa, acompanhando pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) e da vice-governadora Lígia Feliciano
Mais política | Em 26/08/17 às 23h10, atualizado em 26/08/17 às 23h28 | Por André Gomes
André Gomes
lula 
A entrega do título de cidadão pessoense ao ex-residente Luís Inácio Lula da Silva acabou se transformando em um comício fora do período eleitoral. O petista chegou ao Ponto de Cem Réis, no centro de João Pessoa, acompanhando pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), da vice-governadora Lígia Feliciano, dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN), além de deputados estaduais paraibanos.

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O primeiro ato foi a instalação da sessão solene da Câmara de João Pessoa feita pelo vereador Tibério Limeira (PSB) para entrega do título de cidadão. Logo após, o vereador Marcos Henriques (PT) fez a entrega lembrando que a propositura foi feita em 1997 pelo então vereador Júlio Rafael.

Lula agradeceu o título, mas o mote do discurso foi a Operação Lava Jato e a possibilidade de chegar a presidência da República nas eleições do próximo ano. “Não queria que esse título fosse destinado ao Lula, mas ao povo brasileiro porque sem ele não teria feito metade do que pude fazer quando presidente”, disse.

O ex-presidente fez também promessas durante o discurso. Disse que se chegar a Presidência da República vai desmanchar muita coisa feita pelo atual governo. “Eles estão vendendo o Brasil. Eu não sei o que eles estão tramando, mas terão que trabalhar muito. Eu não tenho para onde ir se não para o meu país governador com o povo brasileiro”, destacou.
Ainda no ato político, o ex-presidente Lula recebeu uma carta contendo reivindicações feitas pelos movimentos sociais paraibanos. O petista também recebeu homenagens de estudantes do IFPB de Cabedelo e de índios Tabajaras.

Antes do presidente discursar, o governador Ricardo Coutinho falou sobre a passagem de Lula pela Paraíba. O socialista se mostrou solidário a Lula em relação as investigações da Operação Lava Jato. Ricardo lembrou que neste domingo (27) o petista chegará em Campina Grande com água nas torneiras da população. “Eles tentaram impedir na Justiça, mas não conseguiram. Você (Lula) chegará em Campina com água nas torneiras”, afirmou.

Lava Jato - O petista disse que até prometeu não falar sobre a Operação Lava Jato durante as viagens. “Nessa viagem eu decidi que não iria falar da Lava Jato porque eu estou deixando para o Moro e os meus advogados discutir isso. Eu terei no dia 13 um novo depoimento em Curitiba e isso não vai parar”, disse.

E o ex-presidente continuou. “Essa gente já está há três anos com a Operação. Já prenderam governador, empresários e muitos foram presos de forma arbitrária. Eu defendo para todo mundo o que defendo para mim. Todo mundo é inocente até que se prove o contrário”, afirmou.

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O povo apoia Lula porque a ficha caiu, diz Ricardo em entrevista à imprensa nacional

27/08/2017 | 14h45min

Aproveitando a passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Paraíba, o Brasil 247, um dos portais de notícias mais acessado do País, fez uma entrevista exclusiva com o governador Ricardo Coutinho (PSB), que em Em 2016, teve uma atuação firme contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Na entrevista publicada pelo Brasil 247 neste domingo (27), Ricardo defende o ex-presidente Lula e diz que a “ficha caiu” da população brasileira. “A caravana está mostrando que a ficha caiu. E é por isso que em João Pessoa assistimos, numa noite de sábado como esta, a mobilização de milhares de pessoas que saíram de casa no fim de semana para lotar este lugar, um centro de comércio, onde os edifícios e ruas sempre ficam vazios, no fim de semana. O Brasil se descobre. Nessa situação a resistência que Lula demonstra é um fator muito importante”, pontuou o governador paraibano.

Ricardo Coutinho: povo apoia Lula porque a ficha caiu

Minutos antes de tomar a palavra no comício da noite de sábado (26), que lotou o Ponto dos Cem Réis, no centro de João Pessoa, o governador Ricardo Coutinho (PSB) deu uma entrevista ao Brasil 247. Duas vezes prefeito da capital, no segundo mandato como governador da Paraíba, Coutinho é um personagem estratégico na resistência.
Em 2016, teve uma atuação firme na denúncia do golpe sem crime de responsabilidade. Na semana passada, nos dias anteriores à chegada da caravana de Lula pelo Estado, no sábado, o governador travou e venceu uma luta política e simbólica para decretar o fim do racionamento d’água em Campina Grande, segunda maior cidade paraibana.
Com os reservatórios reforçados pela chegada das águas trazidas pela transposição do São Francisco, Coutinho assinou decreto que dava um fim a um transtorno que se tornara desnecessário na rotina das famílias da região, quando as torneiras secavam regularmente às terças e quintas. 
O problema é que, por decisão de uma juíza de   primeira instância, que alegou que o nível das águas não permitia a volta à normalidade, a decisão foi revogada. Mas Coutinho recorreu ao Tribunal, e, com apoio da área técnica, derrubou a decisão inicial.  Ponto para a caravana de Lula que, ao lado de Dilma, foi um dos responsáveis pela transposição do São Francisco, obra que chegou a ser cogitada pelo imperador Pedro II e só foi inaugurada em abril de 2017, numa festa que estudiosos da política paraibana definem como a maior mobilização popular da história do Estado.
Leia abaixo a entrevista concedida por Ricardo ao portal Brasil 247:
A ENTREVISTA
– Existia algum fundamento técnico na decisão judicial que tentava prorrogar o racionamento?
Nenhum. Tudo era um jogo político. O que se queria era impedir que a população tivesse acesso a um direito histórico, que é o acesso à agua.
– Mas se alega que o nível de água continua baixo…
– A rigor, nossa decisão foi prudente. Eu poderia ter encerrado o racionamento há um mês, quando fui autorizado pela área técnica, pelo DNOCS e pela Agencia Executiva das Águas do Estado. Mas resolvi aguardar para que houvesse uma nova melhora e os reservatórios saíssem do volume morto. 
– Mesmo assim o nível dos reservatórios se encontra em 8,2%…
– O importante é que o nível da água está subindo. Hoje está mais baixo do que no início do racionamento. Mas naquele momento o nível estava caindo. Agora está subindo. Essa é a diferença.   
– A mobilização em torno da caravana de Lula tornou-se um elemento importante da situação política do país. Qual o significado disso?
– A caravana está mostrando que a ficha caiu. E é por isso que em João Pessoa assistimos, numa noite de sábado como esta, a mobilização de milhares de pessoas que saíram de de casa no fim de semana para lotar este lugar, um centro de comércio, onde os edifícios e ruas sempre ficam vazios, no fim de semana. O Brasil se descobre. Nessa situação a resistência que Lula demonstra é um fator muito importante.
– Qual a importância de se defender a candidatura de Lula?
– Não se trata de defender uma candidatura de qualquer maneira. Como o próprio Lula tem dito e repetido, o problema é anterior e envolve uma questão jurídica. Antes de saber se ele será candidato ou não, é essencial reconhecer que não há nenhuma prova para que seja condenado. Este é o mais importante. Seus direitos estão sendo atingidos e isso é errado com qualquer pessoa, candidata ou não à presidência da República. Não há uma prova que poderia levar a uma condenação e impedir Lula gozar da liberdade que é um direito de qualquer pessoa. A situação seria muito diferente se surgisse uma prova concreta de responsabilidade num ato criminoso. Não há.
– Mesmo assim as pressões são grandes. Por que?
– Vivemos uma conjuntura muito mais complexa do que se poderia imaginar. Há uma desilusão, uma descrença, que é resultado da criminalização da política. Não estou falando de investigar e condenar quem pode e deve ser acusado. Mas da criminalização da própria atividade política. Depois de assistir à queda de uma presidente eleita, o povo vê que a corrupção não diminuiu enquanto o desemprego aumentou. Temos hoje em Brasília, governo que não tem o menor interesse pelas necessidades da maioria.  A capital federal, hoje, é uma cidade onde não há lugar para os trabalhadores, nem para os indígenas, ou para qualquer outro brasileiro necessitado.  Não há espaço para eles. Apenas para aqueles que querem fazer negócios. É sintomático que, numa crise como esta que o país está vivendo, seja possível discutir se é correto ou não cortar 10 reais do salário mínimo.
Paraíba já  fonte;  http://www.paraiba.com.br/

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