domingo, 18 de abril de 2021

Jovem dá à luz gêmeas, contrai covid-19 e morre sem conhecer as filhas

 

Foto: G1 Santos

Após dar à luz prematuramente duas meninas gêmeas, uma jovem de 27 anos morreu nesta sexta-feira (16), no HGA (Hospital Guilherme Álvaro), em Santos. Ela passou um mês internada por conta da gravidez, de alto risco. Nathanny Ribeiro da Silva era hipertensa, tinha problemas sérios no coração e na tireoide e, pouco antes da cesariana de emergência, contraiu covid-19.

A enfermeira Ana Paula Maria Ramos é gerente da Usafa (Unidade de Saúde da Família) do bairro Sítio Conceiçãozinha, no Guarujá, onde a mãe morava.

A profissional de saúde acompanhou de perto a evolução da gravidez de Nathanny Ribeiro da Silva desde as primeiras semanas. Ela declarou a jovem, que deixou outros dois filhos pequenos, já havia sido aconselhada pelos profissionais da unidade a não engravidar novamente.

“A primeira gestação dela já foi muito difícil. Ela foi orientada a utilizar métodos contraceptivos, mas ela era muito teimosa”, conta, lembrando que no bairro, uma pequena comunidade carente na cidade do Guarujá, todos se conhecem. “Ela vinha muito à unidade. Mas não seguiu as recomendações e acabou engravidando do segundo filho”.

Quando Nathanny ficou grávida das gêmeas, Ana Paula sabia que o risco seria dobrado. E garante que, tanto ela quanto a equipe da unidade de saúde, fizeram de tudo para garantir que a jovem fosse assistida de perto.

“Ela parecia não entender a gravidade da situação, estava sempre muito alegre e sorridente. E às vezes não aparecia nas consultas do pré-natal. Eu ou alguém da equipe íamos até a casa dela para saber se estava tudo bem”.

O último atendimento que a enfermeira prestou a Nathanny foi no dia 05 de março. A pressão estava normal e a saúde da jovem parecia estável. “Depois desse dia, ela sumiu. Soube que havia procurado o HGA, que é especializado em gravidez de risco. Ela queria muito ter as bebês”.

Fuga do hospital

A Secretaria de Saúde do Estado informou que Nathanny deu entrada no dia 15 de março no Hospital Guilherme Álvaro já com quadro grave, com gestação de risco e histórico de comorbidades. Devido à gravidade clínica, foi internada na UTI e estava assistida por equipe multidisciplinar, retornando à enfermaria no dia 19.

No dia 21 de março, a jovem fugiu do hospital, onde estava internada antes mesmo antes mesmo da conclusão dos cuidados necessários e da alta médica. Um boletim de ocorrência (513981/2021) ao qual o UOL teve acesso foi registrado pela Polícia Civil no dia 22 de março, às 11h17.

Na madrugada do dia 23, a jovem começou a passar mal em casa. Com falta de ar, foi levada de volta ao HGA que, segundo a Secretaria de Saúde do Estado, já havia contatado a família, solicitando o seu retorno.

Ao realizarem uma tomografia, os médicos descobriram uma mancha nos pulmões e ela foi mantida no isolamento da maternidade, com suspeita de covid-19. Os exames deram positivo. No dia 25, a equipe realizou uma cesária de emergência e ela deu à luz as gêmeas, que nasceram prematuras, com sete meses.

Nathanny sequer pôde segurar as crianças. Logo após o parto teve que ser sedada, intubada e assim permaneceu, numa UTI específica para casos da doença, até a última quinta-feira (15), quando – já não respondendo mais aos tratamentos – acabou falecendo, às 12h46.

O corpo da jovem foi sepultado nesta sexta-feira (16), no Cemitério Jardim da Paz, em Guarujá.

Thaís Ribeiro, 21 é irmã de Nathanny. Ela informou ao UOL que, quando ela procurou o HGA, já não se sentia bem. Ela sentia uma pressão no peito e na barriga e já não conseguia respirar normalmente. “Quando minha mãe foi ao HGA receber a notícia do falecimento dela, disseram que a causa da morte tinha sido um problema no coração, não a covid-19. Mas quando ela voltou, após ter fugido, colocaram ela numa sala com um paciente que já estava intubado por conta da doença. E ela começou a ficar com muito medo de ter a covid. Acreditamos que ela acabou pegando lá”.

“Foram seguidos todos os protocolos, tanto para a gestação de alto risco quanto para casos de coronavírus, sendo incorreto afirmar que ela teria se infectado na unidade, uma vez que deixou o serviço contra indicação médica. Durante a internação, o hospital prestou atendimento dentro dos protocolos, forneceu informações aos familiares e segue à disposição dos mesmos”, afirmou a Secretaria de Saúde, na nota.

Avó precisa de ajuda

Nathanny morava com o namorado e não trabalhava. Agora os quatro filhos da jovem estão sob os cuidados da avó materna, que não quis dar entrevistas por conta do luto. A família, de origem muito humilde, precisa de doações para as gêmeas, Lívia e Lavínia, que nasceram saudáveis, livres da covid-19 e já estão sob o atendimento direto da enfermeira Ana Paula.

Fraldas, produtos de higiene, leite em pó podem ser encaminhados à Usafa do Sítio Conceiçãozinha, que fica na R. Nova Esperança, 11, em Vicente de Carvalho.

“Queremos ajudar, conhecemos a família e tínhamos um carinho grande pela Nathanny. Além de ser gerente da Usafa, estou sempre tentando fazer mais, por ser uma comunidade muito carente. Quem puder ajudar, é só me procurar lá na Usafa”, concluiu Ana Paula.
BY,  UOL

RN tem 121 municípios em risco ou zona de perigo para taxa de transmissibilidade da covid-19

 

 

Imagem: reprodução/LAIS/UFRN

O Rio Grande do Norte soma 121 municípios em zona de risco ou de perigo para a taxa de transmissibilidade [R(t)] da covid-19. Isso significa que, nessas localidades, a taxa de transmissão do coronavírus acima de 1,03.

No geral, o estado tem taxa de 0,76, de acordo com o dado mais recente divulgado pelo Laboratório de Inovação tecnológica em Saúde (LAIS) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

De acordo com a plataforma, o RN tem 15 municípios em zona de perigo, quando a R(t) é superior 2,00. Isso significa dizer que, estatisticamente falando, 100 pessoas doente contaminarão 200 saudáveis. O nível é o mais alto na escala apontada pelo Lais. A população do RN dentro dessa zona é de 70.953. Nesse quesito, Januário Cicco é a cidade que mais preocupa, com 5,00 de taxa.

Em zona de risco, com taxa maior que 1,03 e menor ou igual a 2,00, estão 106 municípios. A população dentro dessa faixa é de 2.445.942. As duas principais cidades do RN estão neste grupo: Natal (1,07) e Mossoró (1,14). Já na zona neutra, com taxa de transmissibilidade maior do que 1,00 e menor ou igual a 1,03, estão cinco municípios. A população potiguar dentro desta faixa é de 203.026. Caicó (1,01) e São Gonçalo do Amarante (1,02) são as principais cidades englobadas nessa zona.

Na zona segura, a recomendada para controlar a disseminação da doença com taxa menor ou igual a 1,00, estão 41 municípios e 786.932 habitantes potiguares. Parnamirim, Macaíba e Açu estão entre os municípios dentro desse grupo.

De acordo com o Lais, a taxa de transmissibilidade é um indicador importante para analisar a pandemia do coronavírus. No entanto, o laboratório destaca que os dados não podem ser utilizados separadamente. “É preciso considerar outros indicadores nas avaliações dos contextos epidemiológicos”, apontou.

Confira os dados em todos os municípios do RN, separados por zonas:

Zona de perigo (taxa maior que 2,00)

Januário Cicco 5,00
Barcelona 4,97
Ruy Barbosa 4,63
Lagoa de Velhos 4,56
Major Sales 4,14
Riacho de Santana 3,61
Baía Formosa 3,60
Passagem 3,23
Riacho da Cruz 2,92
Pedra Grande 2,42
Água Nova 2,37
São Pedro 2,28
Timbaúba dos Batistas 2,28
Martins 2,21
Santana do Seridó 2,06

Zona de risco (taxa maior que 1,03 a menor ou igual a 2,00)

Itaú 2,00
Jundiá 1,90
Jaçanã 1,89
Triunfo Potiguar 1,85
Jucurutu 1,84
Maxaranguape 1,81
Lagoa D’anta 1,76
Vera Cruz 1,75
Messias Targino 1,74
Coronel João Pessoa 1,71
Carnaubais 1,70
Taboleiro Grande 1,66
Luís Gomes 1,65
Vila Flor 1,64
Pedro Avelino 1,63
Ipanguaçu 1,61
Parazinho 1,61
Serra Caiada 1,60
Serra do Mel 1,58
Jardim de Piranhas 1,57
Pedra Preta 1,57
Tibau 1,55
Venha-Ver 1,54
Macau 1,52
Coronel Ezequiel 1,51
São Miguel 1,48
São José do Campestre 1,47
São João do Sabugi 1,46
Várzea 1,46
Angicos 1,44
Lajes Pintadas 1,44
Augusto Severo 1,43
Antônio Martins 1,42
Olho D’água do Borges 1,42
Serra Negra do Norte 1,38
Lajes 1,37
Portalegre 1,35
Bom Jesus 1,33
Campo Redondo 1,33
Sítio Novo 1,32
Florânia 1,31
Caiçara do Norte 1,30
Pedro Velho 1,29
Santana do Matos 1,29
Itajá 1,27
São Tomé 1,27
Carnaúba dos Dantas 1,26
Cerro Corá 1,26
Pendências 1,26
Equador 1,25
Caiçara do Rio do Vento 1,24
Alto do Rodrigues 1,23
Umarizal 1,23
Baraúna 1,22
Goianinha 1,22
São Miguel do Gostoso 1,22
Tenente Laurentino Cruz 1,22
Bento Fernandes 1,21
Japi 1,21
Pureza 1,21
São Rafael 1,21
São Bento do Norte 1,20
Nova Cruz 1,19
Viçosa 1,18
Canguaretama 1,17
Marcelino Vieira 1,17
Passa e Fica 1,17
Lagoa de Pedras 1,16
Nísia Floresta 1,16
Patu 1,16
Tibau do Sul 1,16
Caraúbas 1,14
João Câmara 1,14
Monte das Gameleiras 1,14
Mossoró 1,14
Rio do Fogo 1,14
Serrinha dos Pintos 1,14
Areia Branca 1,13
Ielmo Marinho 1,13
Paraná 1,13
Touros 1,13
Espírito Santo 1,12
São Paulo do Potengi 1,12
Arez 1,11
Santa Cruz 1,11
Currais Novos 1,10
Monte Alegre 1,10
Rafael Godeiro 1,10
Apodi 1,09
Encanto 1,09
Frutuoso Gomes 1,09
São Fernando 1,09
Taipu 1,09
Extremoz 1,08
Natal 1,07
Rafael Fernandes 1,06
São Vicente 1,06
Alexandria 1,05
Francisco Dantas 1,05
São José de Mipibu 1,05
Afonso Bezerra 1,04
Brejinho 1,04
Riachuelo 1,04

Zona neutra (Maior que 1,00 a menor ou igual a 1,03)

Serrinha 1,03
Tenente Ananias 1,03
Guamaré 1,02
São Gonçalo do Amarante 1,02
Caicó 1,01

Zona segura (igual ou menor a 1,00)

Montanha 1,00
Santo Antônio 1,00
São Francisco do Oeste 1,00
São José do Seridó 1,00
Parnamirim 0,99
Santa Maria 0,98
Grossos 0,97
Pau dos Ferros 0,97
Jardim do Seridó 0,96
Almino Afonso 0,95
Acari 0,93
Tangará 0,93
Macaíba 0,91
Cruzeta 0,90
Ipueira 0,90
Lagoa Nova 0,90
Lucrécia 0,90
Governador Dix-Sept Rosado 0,89
Janduís 0,89
Poço Branco 0,89
Senador Georgino Avelino 0,89
Ouro Branco 0,87
Upanema 0,87
Doutor Severiano 0,85
Parelhas 0,85
Açu 0,84
Paraú 0,84
Lagoa Salgada 0,83
Ceará-Mirim 0,82
Galinhos 0,81
Senador Elói de Souza 0,79
Bodó 0,78
Fernando Pedroza 0,77
Jardim de Angicos 0,75
João Dias 0,72
Felipe Guerra 0,70
Pilões 0,69
Porto do Mangue 0,64
José da Penha 0,62
Rodolfo Fernandes 0,60
São Bento do Trairi 0,56

Portal da Tropical

Governo Federal passa marca de 50 milhões de vacinas anticovid distribuídas aos Estados

 

Foto: Força Aérea Brasileira

 O governo federal passou a marca de 50 milhões de vacinas distribuídas aos Estados e ao Distrito Federal, de acordo com os dados do LocalizaSUS deste sábado (17.abr.2021). Até o fechamento da reportagem, o registro mostrava 53.493.436 de doses enviadas.

Dessa quantidade, 40,7 milhões são doses da CoronaVac, produzida pelo Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac; 11,6 milhões do imunizante da AstraZeneca, produzido no Brasil pela Fiocruz; e outro 1 milhão também da AstraZeneca, enviadas pela aliança global Covax Facility em março. A campanha de imunização nacional começou em 18 de janeiro.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a marca em suas redes sociais, afirmando que 28,4 milhões de doses foram aplicadas.


Estados e Municípios

Do total de doses recebidas, os Estados repassaram 93,7% aos municípios (50 milhões). São Paulo é a cidade que mais recebeu: 3,3 milhões. Em 2º lugar está o Rio de Janeiro, com 2,3 milhões. As outras localidades registram menos de 1 milhão.

O Poder360 mostrou em 16 de abril que os municípios brasileiros levam, em média, 17,8 dias para aplicar vacinas contra a covid-19 já entregues aos Estados pelo governo federal. O levantamento considerou o tempo que passa do momento que as doses são entregues à capital do Estado até a aplicação.

Bebê morre eletrocutado ao morder fio de carregador de celular

 Um bebê de 8 meses não resistiu a um choque elétrico que recebeu ao morder o fio do carregador de celular. O acidente aconteceu na cidade de Araçoiaba, Grande Recife. A Polícia Civil abriu investigação para apurar as circunstâncias da morte e as responsabilidades.

Segundo a família, Talisson Fidélis estava com a avó quando foi eletrocutado. Ela não percebeu que o menino teve acesso ao equipamento plugado na tomada.

“Ela está dopada. Ficou em choque. Está se culpando pelo que aconteceu”, disse Emerson Fernando, pai de garoto, ao UOL.

Ele contou que estava com a esposa em uma consulta quando soube do choque. “Minha mulher está grávida de três meses. Fui com ela ao pré-natal, por isso ele ficou com a avó. Não sei nem o que dizer, meu Deus. Meu filho virou anjinho”, desabafou.

Fonte: Uol

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