O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) registrou um índice de 32,4% de abstenção, uma das maiores taxas de faltosos desconsiderando o Enem 2020, realizado durante a pandemia, quando 55,3% dos inscritos não participaram.
Em relação ao número de presentes, dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que realiza o exame, mostram que apenas 2.351.513 estudantes compareceram à prova, cerca de um terço dos 3.476.226 inscritos. Considerando as edições a partir de 2005, o número só não é menor do que o verificado no ano passado, quando apenas 2,2 milhões fizeram o exame.
Durante coletiva de imprensa, o ministro da Educação, Victor Godoy, minimizou os dados e afirmou que a Controladoria-geral da União investiga a ocorrência de supostos dados inflados em edições passadas. Godoy não deu detalhes sobre a apuração que, segundo ele, está sob sigilo.
– Tivemos um período de pandemia e esse período certamente trouxe desafios para o Enem para toda educação brasileira e isso tem efeito na redução do número de inscritos. Formam-se 2 milhões no ensino médio, segundo Censo de 2021, e tivemos 3,4 mil inscritos e 2,4 participantes efetivos. O número de participantes supera o número de estudantes que finalizam o ensino médio – justificou o ministro da Educação, Victor Godoy.
De acordo com ele, a queda no número de participantes não foi decorrente da atuação do instituto.
– O nosso trabalho é disponibilizar o Enem para todos que têm interesse e a procura é feita dependendo de cada momento de cada estudante. O exame está disponível e nós sempre incentivamos pessoas que têm interesse de acessar o ensino superior, que façam o exame. Não vejo isso como uma questão decorrente da atuação do Inep, que fez um trabalho brilhante inclusive durante o período de pandemia – disse.
Com informações de O Globo