quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Rádios citadas na “auditoria” do ministro Fábio Faria contestam relatórios apresentados ao TSE FONTE: thaisagalvao.com.br

 Da Folha:

Rádios dizem ter provas para contestar relatório usado por Bolsonaro contra TSE

João Pedro Pitombo

SALVADOR

Os dados do relatório encaminhado pela coligação de Jair Bolsonaro (PL) ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com alegações de supressão de inserções eleitorais do presidente em estados do Nordeste são contestados por ao menos 6 das 8 rádios citadas pela campanha.

As rádios apontam divergências entre o número e os horários das inserções identificados pela empresa Audiency, contratada pela campanha de Bolsonaro, e o que foi realmente veiculado. Alegam que possuem as gravações dos dias citados no relatório e que estão à disposição das autoridades.

A lista de inconsistências inclui inserções que, segundo a empresa, teriam sido veiculadas entre 7h e 7h20. Este horário é destinado à propaganda em bloco do horário eleitoral gratuito, portanto, não tem previsão de inserções comerciais.

 

Também há uma rádio entre as que foram citadas que não funciona na frequência apontada pela Audiency.

Conforme apontado pela Folha, o material sobre rádios enviado pela campanha de Bolsonaro não comprova a alegação de prejuízo ao presidente nas inserções da propaganda eleitoral no rádio. A fragilidade se deve principalmente à forma de análise da programação, que considera a transmissão via internet.

A rádio Integração FM, com sede em Surubim (PE), informou que fez um levantamento de todas as inserções de Lula e Jair Bolsonaro na programação da rádio e confrontou com a gravação da programação dos dias apontados pela Audiency, identificando divergência entre o que a relatório apresenta e o que foi veiculado.

Citou como o exemplo o fato da Audiency informar que, no dia 10 de outubro de 2022, a rádio Integração teria veiculado uma inserção do PL às 7h05 da manhã. Acontece que, neste horário, todas as emissoras estão exibindo o horário eleitoral gratuito e era exatamente o que estava sendo transmitido pela rádio.

A rádio Integração ainda informou que tem a gravação para comprovar que, neste dia e horário, estava transmitindo o horário eleitoral. Também informou que essa é apenas uma das divergências encontradas.

"Todo o material veiculado pela emissora está arquivado para apresentar como prova de que trabalhamos com seriedade e não infringimos a lei. [...] Lamentamos ter o nome da empresa envolvido nesse episódio e reiteramos o nosso compromisso com a verdade", informou a nota assinada pelo diretor-geral da rádio Fábio Barbosa.

Outra citada pela campanha de Bolsonaro, a rádio Hits, do Recife, também aponta inconsistências no relatório da Audiency e destacou que empresa contratada pela coligação de Jair Bolsonaro capta via internet o áudio transmitido pelas emissoras de rádio.

Em nota, destacou a afirmação da Audiency de que, no dia 7 de outubro, a emissora veiculou apenas 23 das 25 inserções da coligação de Bolsonaro. No entanto, a emissora diz ter averiguado em seu software, o Pulsar, que as 25 inserções foram veiculadas.

O mesmo aconteceu em 14 de outubro, data em que a empresa Audiency afirma que a emissora veiculou apenas 21 das 25 inserções, mas o mesmo software indica que todas foram veiculadas.

Em 7 de outubro, o mapa de inserções e spots para veiculação no dia seguinte foi enviado após o horário limite designado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

Desta forma, a emissora diz que ficaria isenta da obrigatoriedade de cumprir as inserções. Mesmo assim, iniciou as transmissões às 11h32 de 08 de outubro, veiculando 16 das 25 inserções diárias.

Em nota, a diretora da rádio, June Cristina Melo, manifestou repúdio "ao vazamento de dados pela empresa Audiency Brasil Tecnologia, de forma nunca vista por nenhuma auditora musical ou comercial, sem a autorização ou checagem prévia da emissora em questão."

A rádio Bispa, também do Recife, informou que não funciona na frequência que foi apontada pelo relatório. A rádio usa a frequência 98.7, mas o relatório cita a 97.1.

"Essa informação é mentirosa, nossa frequência é 98.7 FM. Estamos em dia com o Tribunal Eleitoral, Veiculamos todas as inserções que são enviadas para nós, e estamos fazendo nossa parte", disse a rádio.

A rádio Viva Voz, de Várzea da Roça (BA), informou que passou a receber o material de todas as coligações no dia 06 de outubro, com exceção da campanha de Bolsonaro, que enviou a partir de 10 de outubro. A rádio publicou prints dos emails enviados pelas campanhas para a emissora.

"A Viva voz FM preza pela boa-fé e enaltece a liberdade de expressão e a democracia", informou a rádio, que disse que está à disposição da Justiça Eleitoral.

O sistema Pazzi de Comunicação, responsável pelas rádios Povo de Feira de Santana e de Poções, ambas citadas pela campanha de Bolsonaro, informou que todo material de campanha foi veiculado conforme determinação da Justiça Eleitoral, "não havendo erros ou omissões".

A rádio Clube FM, de Santo Antônio de Jesus (BA), não se posicionou sobre o caso. A reportagem não conseguiu contato com a rádio Extremo Sul FM, de Itamaraju (BA).

Em nota, a Associação das Empresas de televisão e Rádio de Pernambuco informou que não houve nenhuma denúncia de veículo associado que tenha incorrido em descumprimento do que determina a legislação, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral.

"As emissoras associadas foram orientadas a manter em arquivo a degravação de suas programações dentro do que determina a legislação, para comprovação de seu inequívoco compromisso com a geração de guia, inserções e outras obrigações inerentes ao período", informou.

A entidade ainda destacou que "acompanha os desdobramentos e reitera sua confiança nos veículos associados, bem como nas instituições responsáveis pela apuração dos fatos".

FONTE: thaisagalvao.com.br

Presidente do TSE constata que campanha de Bolsonaro quis tumultuar a eleição e nega pedido para investigar inserções em rádios FONTE: thaisagalvao.com.br

 Do G1

Moraes nega pedido para investigar inserções nas rádios e diz que campanha de Bolsonaro pode ter agido para 'tumultuar' as eleições

Campanha alegou que rádios estavam deixando de passar inserções da propaganda do candidato. Presidente do TSE afirmou que dados apresentados são inconsistentes: 'Sem documentação crível'"

Bruno Tavares, Fernanda Vivas, Márcio Falcão e Mateus Rodrigues, TV Globo, São Paulo e Brasília

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, negou na noite desta quarta-feira (26) pedido da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) para investigar a alegação de irregularidade em inserções eleitorais por emissoras de rádios. 
 

Para Moraes, os dados apresentados pela campanha sobre supostas irregularidades são inconsistentes.
Na mesma decisão, Moraes:


• aciona o procurador-geral eleitoral,
Augusto Aras, para apurar "possível cometimento de crime eleitoral com a
finalidade de tumultuar o segundo turno do pleito" por parte da campanha de Bolsonaro;
• aciona a Corregedoria-Geral Eleitoral para apurar eventual desvio de finalidade no uso do Fundo Partidário para a contratação de uma auditoria que embasou as denúncias:
determina o envio do caso para o Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a atuação de uma milícia digital que atenta contra a democracia.


A campanha de Bolsonaro alegou no TSE, na segunda-feira (24), que rádios deixaram de exibir inserções da propaganda eleitoral do candidato.
A campanha pediu a investigação da
denúncia e também que, para compensar, que propagandas do rival, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deixassem de ser exibidas.

Ao tomar a decisão, Moraes afirmou que
a campanha levantou suposta fraude às
vésperas da eleição "sem base documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova".
"Os erros e inconsistências apresentados
nessa pequena amostragem de oito
rádios' são patentes", prossegue o ministro.
Moraes afirma que, ao complementarem o pedido inicial protocolado no TSE, os
representantes da campanha de Bolsonaro "abandonaram o pedido inicial e passaram a indicar uma 'pequena amostragem de oito rádios', o que representa 0,16%do universo estatístico apontado".
"Diante de discrepâncias tão gritantes,
esses dados jamais poderiam ser chamados de 'prova' ou 'auditoria'', conclui Moraes após detalhar uma série de falhas encontradas no material apresentado pela coligação.
"Não restam dúvidas de que os autores
que deveriam ter realizado sua atribuição
de fiscalizar as inserções de rádio e
televisão de sua campanha - apontaram
uma suposta fraude eleitoral às vésperas
do segundo turno do pleito sem base
documental crível, ausente, portanto, qualquer indício mínimo de prova, em
manifesta afronta à Lei n. 9.504, de 1997,
segundo a qual as reclamações e
representações relativas ao seu
descumprimento devem relatar fatos,
indicando provas, indícios e circunstâncias", escreveu o ministro.

 

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O golpe de um derrotado FONTE: thaisagalvao.com.br

De Andréa Sadi, no G1

Bolsonaro queria radicalizar e propor adiar eleição; sem apoio, recua e antecipa terceiro turno

Presidente foi alertado que radicalização seria 'por sua conta e risco'

 

O presidente Bolsonaro passou as últimas semanas em busca de uma "bala de prata" para tentar reverter a vantagem obtida por Lula no primeiro turno das eleições --mas ele não só não conseguiu um fato novo "do bem" como foi atropelado por um combo explosivo: Paulo Guedes e o salário mínimo e as granadas e 50 tiros de Roberto Jefferson.
Ao ver que a expectativa de passar Lula na última semana da campanha, como projetado pelo comitê, longe dos números das pesquisas, Bolsonaro voltou às origens: passou a buscar um genérico do questionamento das urnas e das pesquisas para tumultuar o processo a quatro dias do segundo turno das eleições.

Mas o Bolsonaro que convocou a entrevista coletiva da noite desta quarta (26) foi um presidente diferente do que apareceu para falar, meia hora depois, ao lado do ministro da Justiça, Anderson Torres.
A entrevista foi uma reação à decisão do
ministro Alexandre de Moraes, do TSE, de negar pedido da campanha de para investigar a alegação de irregularidades em inserções eleitorais por emissoras de rádios.
Bolsonaro, ao dizer a seus assessores que ia convocar uma coletiva para radicalizar -cogitava-se propor adiamento da eleição-- foi demovido por aliados políticos com quem ele conversou nas últimas horas.

Esses políticos lembraram ao presidente que a eleição está em curso, que é preciso ter calma e que não há mudança significativa nas pesquisas que justificasse um discurso de ruptura. E, de longe, deixaram claro um subtexto: o de que, se Bolsonaro escalasse para essa proposta de perdedor, pedindo
adiamento das eleições, seria por sua conta e risco --não teria apoio de ninguém.
E a foto no Alvorada deixou claro: não havia nenhum neoaliado, nem do centrão nem de lugar algum a não ser da cozinha do Planalto --como o general Heleno.

Anderson Torres, ministro da Justiça, ficou ao lado do presidente mas não falou --apenas saiu na foto. Torres é visto como um nome da cota pessoal de Bolsonaro. Todos os demais políticos e ministros chamados estavam com as agendas ocupadas com absolutamente nada, já que optaram por não arriscar sair numa foto às vésperas da eleição com um presidente em vídeo e som
patrocinando um golpe.
Ao se ver em voo solo, Bolsonaro recuou da velocidade 5 da radicalização e ajustou para a velocidade 3 --ao falar que iria questionar TSE e sugerir suposto boicote de rádios na campanha.
Nas palavras de um aliado, o discurso
"podia ser pior".

Terceiro turno


Com isso, Bolsonaro antecipa o terceiro
turno da eleição, se for derrotado.
Ministros do STF já receberam informações da campanha jurídica de Bolsonaro de que, se ele perder a eleição domingo, ele vai tentar impugnar o resultado.
Tudo do jogo, dentro das regras e do direito querer questionar no TSE--assim como fez Aécio em 2014 e perdeu. Mas Bolsonaro inova ao tentar anular o jogo com a bola rolando --simplesmente por achar que pode.

Pode muito o presidente, mas não pode tudo. A regra é clara e o plano B de Bolsonaro, caso ele perca a eleição, cristalino: o terceiro turno vem aí.

FONTE: thaisagalvao.com.br

Folha: Senador Jean Paul aponta que cortes de Bolsonaro para área social em 2023 ultrapassam 5 bilhões FONTE: thaisagalvao.com.br

 Da coluna Painel, na Folha de S. Paulo desta quinta-feira (27):

Facão

Levantamento do gabinete do senador Jean Paul Prates (PT-RN) mostra que, para 2023, os cortes de Bolsonaro na área social somam R$ 5,6 bilhões. De acordo com os dados, as reduções nas despesas foram feitas para acomodar as emendas de relator, cuja previsão já sancionada pelo presidente é de R$ 19,4 bilhões.

FONTE: thaisagalvao.com.br

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