domingo, 27 de agosto de 2017

Entrega de título de cidadão a Lula se transforma em comício na Capital

O petista chegou ao Ponto de Cem Réis, no centro de João Pessoa, acompanhando pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) e da vice-governadora Lígia Feliciano
Mais política | Em 26/08/17 às 23h10, atualizado em 26/08/17 às 23h28 | Por André Gomes
André Gomes
lula 
A entrega do título de cidadão pessoense ao ex-residente Luís Inácio Lula da Silva acabou se transformando em um comício fora do período eleitoral. O petista chegou ao Ponto de Cem Réis, no centro de João Pessoa, acompanhando pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), da vice-governadora Lígia Feliciano, dos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Fátima Bezerra (PT-RN), além de deputados estaduais paraibanos.

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O primeiro ato foi a instalação da sessão solene da Câmara de João Pessoa feita pelo vereador Tibério Limeira (PSB) para entrega do título de cidadão. Logo após, o vereador Marcos Henriques (PT) fez a entrega lembrando que a propositura foi feita em 1997 pelo então vereador Júlio Rafael.

Lula agradeceu o título, mas o mote do discurso foi a Operação Lava Jato e a possibilidade de chegar a presidência da República nas eleições do próximo ano. “Não queria que esse título fosse destinado ao Lula, mas ao povo brasileiro porque sem ele não teria feito metade do que pude fazer quando presidente”, disse.

O ex-presidente fez também promessas durante o discurso. Disse que se chegar a Presidência da República vai desmanchar muita coisa feita pelo atual governo. “Eles estão vendendo o Brasil. Eu não sei o que eles estão tramando, mas terão que trabalhar muito. Eu não tenho para onde ir se não para o meu país governador com o povo brasileiro”, destacou.
Ainda no ato político, o ex-presidente Lula recebeu uma carta contendo reivindicações feitas pelos movimentos sociais paraibanos. O petista também recebeu homenagens de estudantes do IFPB de Cabedelo e de índios Tabajaras.

Antes do presidente discursar, o governador Ricardo Coutinho falou sobre a passagem de Lula pela Paraíba. O socialista se mostrou solidário a Lula em relação as investigações da Operação Lava Jato. Ricardo lembrou que neste domingo (27) o petista chegará em Campina Grande com água nas torneiras da população. “Eles tentaram impedir na Justiça, mas não conseguiram. Você (Lula) chegará em Campina com água nas torneiras”, afirmou.

Lava Jato - O petista disse que até prometeu não falar sobre a Operação Lava Jato durante as viagens. “Nessa viagem eu decidi que não iria falar da Lava Jato porque eu estou deixando para o Moro e os meus advogados discutir isso. Eu terei no dia 13 um novo depoimento em Curitiba e isso não vai parar”, disse.

E o ex-presidente continuou. “Essa gente já está há três anos com a Operação. Já prenderam governador, empresários e muitos foram presos de forma arbitrária. Eu defendo para todo mundo o que defendo para mim. Todo mundo é inocente até que se prove o contrário”, afirmou.

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O povo apoia Lula porque a ficha caiu, diz Ricardo em entrevista à imprensa nacional

27/08/2017 | 14h45min

Aproveitando a passagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Paraíba, o Brasil 247, um dos portais de notícias mais acessado do País, fez uma entrevista exclusiva com o governador Ricardo Coutinho (PSB), que em Em 2016, teve uma atuação firme contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Na entrevista publicada pelo Brasil 247 neste domingo (27), Ricardo defende o ex-presidente Lula e diz que a “ficha caiu” da população brasileira. “A caravana está mostrando que a ficha caiu. E é por isso que em João Pessoa assistimos, numa noite de sábado como esta, a mobilização de milhares de pessoas que saíram de casa no fim de semana para lotar este lugar, um centro de comércio, onde os edifícios e ruas sempre ficam vazios, no fim de semana. O Brasil se descobre. Nessa situação a resistência que Lula demonstra é um fator muito importante”, pontuou o governador paraibano.

Ricardo Coutinho: povo apoia Lula porque a ficha caiu

Minutos antes de tomar a palavra no comício da noite de sábado (26), que lotou o Ponto dos Cem Réis, no centro de João Pessoa, o governador Ricardo Coutinho (PSB) deu uma entrevista ao Brasil 247. Duas vezes prefeito da capital, no segundo mandato como governador da Paraíba, Coutinho é um personagem estratégico na resistência.
Em 2016, teve uma atuação firme na denúncia do golpe sem crime de responsabilidade. Na semana passada, nos dias anteriores à chegada da caravana de Lula pelo Estado, no sábado, o governador travou e venceu uma luta política e simbólica para decretar o fim do racionamento d’água em Campina Grande, segunda maior cidade paraibana.
Com os reservatórios reforçados pela chegada das águas trazidas pela transposição do São Francisco, Coutinho assinou decreto que dava um fim a um transtorno que se tornara desnecessário na rotina das famílias da região, quando as torneiras secavam regularmente às terças e quintas. 
O problema é que, por decisão de uma juíza de   primeira instância, que alegou que o nível das águas não permitia a volta à normalidade, a decisão foi revogada. Mas Coutinho recorreu ao Tribunal, e, com apoio da área técnica, derrubou a decisão inicial.  Ponto para a caravana de Lula que, ao lado de Dilma, foi um dos responsáveis pela transposição do São Francisco, obra que chegou a ser cogitada pelo imperador Pedro II e só foi inaugurada em abril de 2017, numa festa que estudiosos da política paraibana definem como a maior mobilização popular da história do Estado.
Leia abaixo a entrevista concedida por Ricardo ao portal Brasil 247:
A ENTREVISTA
– Existia algum fundamento técnico na decisão judicial que tentava prorrogar o racionamento?
Nenhum. Tudo era um jogo político. O que se queria era impedir que a população tivesse acesso a um direito histórico, que é o acesso à agua.
– Mas se alega que o nível de água continua baixo…
– A rigor, nossa decisão foi prudente. Eu poderia ter encerrado o racionamento há um mês, quando fui autorizado pela área técnica, pelo DNOCS e pela Agencia Executiva das Águas do Estado. Mas resolvi aguardar para que houvesse uma nova melhora e os reservatórios saíssem do volume morto. 
– Mesmo assim o nível dos reservatórios se encontra em 8,2%…
– O importante é que o nível da água está subindo. Hoje está mais baixo do que no início do racionamento. Mas naquele momento o nível estava caindo. Agora está subindo. Essa é a diferença.   
– A mobilização em torno da caravana de Lula tornou-se um elemento importante da situação política do país. Qual o significado disso?
– A caravana está mostrando que a ficha caiu. E é por isso que em João Pessoa assistimos, numa noite de sábado como esta, a mobilização de milhares de pessoas que saíram de de casa no fim de semana para lotar este lugar, um centro de comércio, onde os edifícios e ruas sempre ficam vazios, no fim de semana. O Brasil se descobre. Nessa situação a resistência que Lula demonstra é um fator muito importante.
– Qual a importância de se defender a candidatura de Lula?
– Não se trata de defender uma candidatura de qualquer maneira. Como o próprio Lula tem dito e repetido, o problema é anterior e envolve uma questão jurídica. Antes de saber se ele será candidato ou não, é essencial reconhecer que não há nenhuma prova para que seja condenado. Este é o mais importante. Seus direitos estão sendo atingidos e isso é errado com qualquer pessoa, candidata ou não à presidência da República. Não há uma prova que poderia levar a uma condenação e impedir Lula gozar da liberdade que é um direito de qualquer pessoa. A situação seria muito diferente se surgisse uma prova concreta de responsabilidade num ato criminoso. Não há.
– Mesmo assim as pressões são grandes. Por que?
– Vivemos uma conjuntura muito mais complexa do que se poderia imaginar. Há uma desilusão, uma descrença, que é resultado da criminalização da política. Não estou falando de investigar e condenar quem pode e deve ser acusado. Mas da criminalização da própria atividade política. Depois de assistir à queda de uma presidente eleita, o povo vê que a corrupção não diminuiu enquanto o desemprego aumentou. Temos hoje em Brasília, governo que não tem o menor interesse pelas necessidades da maioria.  A capital federal, hoje, é uma cidade onde não há lugar para os trabalhadores, nem para os indígenas, ou para qualquer outro brasileiro necessitado.  Não há espaço para eles. Apenas para aqueles que querem fazer negócios. É sintomático que, numa crise como esta que o país está vivendo, seja possível discutir se é correto ou não cortar 10 reais do salário mínimo.
Paraíba já  fonte;  http://www.paraiba.com.br/

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