sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Desigualdade entre municípios cai 22,8% em 30 anos

fonte o estadao

A desigualdade no rendimento domiciliar médio per capita nos municípios brasileiros caiu 22,8% em 30 anos, informou hoje o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o Instituto, o índice de Gini dos municípios recuou de 0,31 em 1980 para 0,24 em 2010. Para analisar a diferença de renda entre municípios, o instituto empregou a mesma metodologia que o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) utiliza para medir a desigualdade (índice Gini) entre pessoas. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior a desigualdade.
A queda mais expressiva ocorreu na década de 1990, quando o índice de Gini dos municípios saiu de 0,32 e atingiu 0,26 em 2000. O estudo do Ipea, porém, não identifica as causas das variações. "São inúmeros fatores, desde a elaboração da Constituição Federal de 1988 que promoveu descentralização dos recursos, até o padrão de crescimento da região", afirmou o assessor técnico da presidência do Ipea André Calixtre. "O comunicado apenas constata o processo, mas não olha os determinantes", completou.
A região que registrou maior queda no grau de desigualdade no rendimento domiciliar médio per capita entre os municípios foi a Nordeste, que passou de um índice de 0,219 em 1980 para 0,133 em 2010. "Existe uma tendência de desconcentração no País, há uma difusão para outras regiões", afirmou Calixtre. A Região Norte, por outro lado, teve a menor queda, de 0,215 para 0,183 no mesmo período. No Sudeste, a diferença caiu de 0,234 em 1980 para 0,173. No Sul, de 0,193 para 0,136 e no Centro-Oeste, de 0,191 para 0,119.
Na análise por Estados, a maior queda é a da Paraíba (de 0,20 para 0,11), enquanto Roraima apresentou a maior elevação do índice Gini (de 0,15 para 0,19) e hoje ocupa o posto de Estado mais desigual, segundo o índice do Ipea. As unidades da federação com menores graus de desigualdade no rendimento domiciliar per capita médio dos municípios são Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Mato Grosso do Sul, Goiás e Ceará, todos com 0,11 em 2010. O Estado de São Paulo reduziu o índice de 0,18 em 1980 para,12 em 2010.

Revista policial na Favela da Rocinha aborda até caminhão de lixo



RIO - A TV por assinatura Sky não perdeu tempo. Nesta quinta-feira, instalou uma barraquinha para vender pacotes promocionais na entrada da Via Ápia, um dos principais acessos à Favela da Rocinha. "Começamos cedo. São oito vendedores. O pacote mais barato é R$ 49,90, mas depois que entrar a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) vai ter um desconto de R$ 10", disse a funcionária Bianca Ribeiro, ao lado de cartaz com a frase "Deixe a Sky fazer parte da sua vida" e uma foto da modelo Gisele Bündchen segurando um controle remoto.

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Assim como a prometida pacificação, o fim da chamada 'gatonet' está próximo na Rocinha. O clima ontem era de apreensão e aparente tranquilidade. A Escola Americana, no alto da Estrada da Gávea, outro acesso à favela, não abriu, mas muitas lojas e botecos da Rocinha funcionavam normalmente até o fim da tarde.

Na descida para a Gávea, policiais do Choque munidos de fuzis faziam uma blitze e paravam todo mundo, sem distinção, pelo menos no período de meia hora acompanhado pela reportagem. O motorista de um Jaguar X-Type, que teve o porta-malas revistado, elogiou a operação. "É isso mesmo. Agora vou ver minha casa valer mais", comentou. Um ônibus escolar, vans, um Volvo XC60, vários caminhões-baú, motos, táxis e até um caminhão da Companhia Municipal de Limpeza que levava entulho na caçamba foram inspecionados.

Gari comunitário na Rocinha há nove anos, Ronaldo Severino da Silva, de 56, manteve sua rotina. "Lá em cima está mais tenso, mas eu pensava que ia ser pior. Espero que continue assim", disse. "Tomara que a polícia não mate nenhum inocente", acrescentou Silva, que disse torcer pela pacificação. "O pessoal comentava que teria resistência. Eu achava que ele (o traficante Nem) só sairia daqui morto." Nascido e criado na favela, Silva comentou que o povo lá precisa de "segurança, saúde e educação".

Medo. A operadora de caixa de supermercado Fernanda Morais, de 23 anos, estava mais tensa. Pediu para trocar de horário e sair mais cedo. "Tá todo mundo com medo." Derrotado na recente eleição para a associação de moradores da Rocinha, Adelson Guedes, filiado ao PSL, disse que se deve "ficar atento para que com a pacificação não venha o miliciano". Na eleição, ele teve apenas 100 votos, ante 3.964 do candidato vencedor.

A visitação da Rocinha por turistas seguiu normalmente. A reportagem encontrou grupos de ingleses, escoceses, franceses e alemães. Dos oito ouvidos, todos tinham sido informados das prisões ocorridas na véspera, mas mesmo assim quiseram conhecer a favela. E gostaram.

Muitos moradores pareciam tentar seguir a vida normalmente, mas alguns pretendiam sair da Rocinha até tudo acalmar. Comerciantes se diziam preocupados. "Vão começar a estuprar e roubar", comentou um deles.

A segurança no Shopping Fashion Mall, que fica perto da Rocinha, foi reforçada. A assessoria de imprensa do estabelecimento confirmou a informação, mas sem quantificar o aumento do número de seguranças privados. Na passarela da Rocinha, o sobrevoo de helicópteros fazia a alegria de crianças. Perto dali, um menino brincava com um revólver de plástico, dizendo aos repórteres que queria usá-lo para proteger sua mãe da polícia   fonte o estadao

IMAGEM FORTE - Em Nova Cruz-RN. Homem é morto por disparos de arma de fogo e tem faca cravada na boca com um bilhete

José Geraldo da Silva, vulgo Zezinho da cela, de aproximadamente 60 anos, foi alvejado por vários disparos de arma de fogo, vindo a óbito no local. O crime aconteceu nas proximidades da Escola Municipal Márcio Marinho, bairro do Planalto, em Nova Cruz-RN.

O acusado, ainda não identificado, deixou cravada na boca da vítima, uma faca peixeira junto de um bilhete.

Zezinho da cela já tinha várias pasasgens pela polícia. Já respondeu por homicídio, quando matou sua companheira e por crimes de outra natureza. Era detento de regime semiaberto.

Com a vítima, peritos do ITEP encontraram uma quantia de drogas que, caracteriza tráfico de entorpecentes.

No bilhete estava escrito o motivo do homicídio. O acusado acrescentou ainda que pretende, antes do final do ano, executar um policial militar do 8º BPM-RN. O militar seria Fábio Melo.

Fábio Melo é proprietário da casa onde a vítima residia e, de acordo com o bilhete, deixado pelo homicida, Zezinho estava alegando que não estava pagando a dívida no tráfico por está sofrendo pressão para pagar o aluguel da casa. Zezinho teria, inclusive, pedido que o militar fosse quebrado (assassinado).

Vítima

Bilhete deixado pelo acusado
Em seu orkut, o militar esclareceu o envolvimento do seu nome no bilhete:

"Pessoal, veja a que ponto chegamos;
Hoje, 10/11/2011, por volta das 20h00m, foi assassinado a pessoa de José Geraldo da Silva, mais conhecido por Zezinho da cela, nas proximidades da Escola Municipal Márcio Marinho, bairro do Planalto nesta cidade, onde o mesmo residia de aluguel em minha casa, que fora alugada por sua esposa. E que a pessoa de Zezinho da cela era envolvida com o tráfico de drogas, e detento de regime semiaberto, onde o mesmo estaria devendo a traficantes, segundo bilhete deixado cravado com uma faca peixeira em sua boca, onde o conteúdo deste bilhete, cita ameaças claras a minha pessoa, como vocês verão na foto que tirei momento após o crime, pois estando de serviço no dia.

Peço a meus amigos que alguma informação referente a esse crime, por favor me informem; ou a Polícia Militar, para que possamos tomar as  medidas cabíveis. Pois estou sentindo-me ameaçado, porém não AMEDRONTADO." Escreveu o Militar.

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