Por Redação Click Política Última
Atualização 11 nov, 2017
18/03/2016- São Paulo- SP, Brasil- Ex-presidente Lula,
durante ato em defesa da democracia, na avenida Paulista. Foto: Ricardo
Stuckert/ Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria em todos
os cenários se as eleições presidenciais fossem hoje.
De acordo com pesquisa do
Instituto Vox Populi, realizada a pedido da CUT, Lula teria 53% dos votos se
disputasse um segundo turno com Jair Bolsonaro (PEN) ou com o prefeito
paulistano, João Doria (PSDB). E teria 52% no confronto com Marina Silva (Rede)
ou com Geraldo Alckmin (PSDB).
Nesses cenários simulados pela pesquisa, Bolsonaro aparece com 17% dos votos,
enquanto Alckmin, Doria e Marina alcançariam 15% do total de votos.
Na sondagem de intenção de voto manifestada espontaneamente
pelo entrevistado, Lula cresceu mesmo depois que o juiz Sérgio Moro pediu a
condenação do ex-presidente no caso do tríplex de Guarujá.
Em junho, antes da
sentença, 40% dos entrevistados disseram que votariam no ex-presidente. No fim
de julho, o percentual aumentou para 42%.
Nesta quinta-feira, numa manobra
vista pelos advogados de Lula como mais uma demonstração de prática de lawfare
(perseguição judicial com objetivos políticos), o juiz Moro determinou o
“confisco” do apartamento.
O imóvel pertence à OAS e está retido pela Caixa
Federal em razão de dívidas judiciais da empreiteira.
“Eu quero que eles saibam que nós vamos voltar”, afirmou
Lula nesta quinta (3) em encontro com movimentos de moradia em São Paulo.
“Quando eu digo ‘nós’, não é o Lula”, acrescentou, “é o povo trabalhador deste
país.”
Para o diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra, vários
componentes da pesquisa podem explicar por que a decisão de Moro não afetou as
intenções de voto positivas no ex-presidente.
“Um deles, muito importante, é
que, para 42% dos entrevistados, Moro não provou a culpa de Lula no caso do
tríplex do Guarujá.
Para 32%, Moro provou e, outros, 27% não souberam ou não
quiseram responder.”
No cenário em que os entrevistados não recebem cartela com
nomes e citam espontaneamente em quem pretendem votar para presidente da
República em 2018, o segundo colocado é Bolsonaro, com 8% das intenções de
voto.
Marina vem em terceiro, com 2%; com 1% dos votos aparecem Moro (sem
partido), Ciro Gomes (PDT), Joaquim Barbosa (sem partido) e os tucanos Doria,
Fernando Henrique Cardoso e Alckmin.
O senador mineiro e presidente afastado do PSDB, Aécio
Neves, zerou novamente, como na pesquisa de junho.
Aécio, um dos principais
articuladores do impeachment de Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, é
alvo de denúncias de corrupção feitas pela Procuradoria-Geral da República, que
chegou a determinar seu afastamento do mandato no Senado.
Na pesquisa estimulada, Alckmin atinge 6% e Lula, 47%.
Bolsonaro tem 13%, Marina, 7%, e Ciro, 3%.
Quando o nome tucano na disputa é o
de Doria, Lula tem 48% das intenções de voto, Bolsonaro, 13%, Marina, 8% e o
prefeito de São Paulo empata com Ciro Gomes, com 4%.
“O pessimismo dos brasileiros com o momento econômico e
político atual e o descrédito no governo Temer, aliados as lembranças de um
passado recente de que a vida era melhor nos governos do PT, ajudam a explicar
por que as intenções de voto no presidente Lula são as que mais crescem em
todos os cenários da pesquisa”, analisa Coimbra.
Segundo Coimbra, outros dados da pesquisa CUT-Vox, ajudam a
entender essa tese. Um deles é o aumento de 49% para 55%, entre junho e julho,
do percentual de entrevistados que apontam Lula como o melhor presidente que o
Brasil já teve – o outro nome lembrado é o de Fernando Henrique Cardoso,
com
15%.
Além disso, 58% dos brasileiros consideram Lula um bom
administrador, 65% dizem que ele é trabalhador e 61% afirmam que a vida
melhorou nos 12 anos de governos do PT.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, ressalta que o
pessimismo dos brasileiros com o governo Temer vem aumentando mês a mês por
causa do desemprego recorde – mais de 13,5 milhões de trabalhadores estão
desempregados – e das medidas de ataques a direitos e a programas sociais.
Segundo a pesquisa, com Temer, a vida piorou para 61% dos entrevistados – em
junho o percentual era de 52%.
Aumentou também o pessimismo e a descrença na capacidade de
Temer de controlar a inflação – em junho, 62% achavam que a inflação vai
aumentar.
Em julho, esse percentual pulou para 75%. Cresceu também o percentual
dos que acham que vai aumentar o desemprego no Brasil – de 68%
para 72%.
“O povo quer votar em quem tem compromisso com a classe
trabalhadora tanto para voltar a ter uma vida melhor, quanto para reverter as
medidas que Temer tomou para acabar com a CLT e a aposentadoria, entre tantas
outras desgraças desta gestão golpista”, afirma Vagner.
A pesquisa CUT/Vox Populi, realizada de 29 a 31 de julho,
entrevistou 1.999 pessoas com mais de 16 anos, em 118 municípios, em áreas
urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões
metropolitanas e no interior.
A margem de erro é de 2,2 %, estimada em um
intervalo de confiança de 95%. fonte: http://suedeprosperidade.blogspot.com.br