A festa feita para arrepiar ao ver jorrar as primeiras gotas de água do rio São Francisco no Rio Grande do Norte, não arrepiou. Não teve água. O rio Piranhas/Açu marcava hoje a mesma quantidade de água de dias atrás. Água recebida das chuvas. Obrigada São Pedro. A informação do portal Saiba Mais, de que a água esperada como parte do espetáculo de inauguração da transposição no RN, foi confirmada ao Blog por José Procópio, membro diretor do Colegiado do Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu, representando o SEAPAC (Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos), que estuda e acompanha a transposição desde que as obras foram iniciadas. As águas do PISF – Projeto de Integração do Rio São Francisco – só deverão começar a pingar, ou na noite desta quarta ou somente nesta quinta, sem testemunha do presidente Jair Bolsonaro nem de seus ministros. O Blog vai mostrando a medição sempre que for feita, para comparar com a medida desta quarta.
Segundo Procópio, “as comportas com as águas do PISF foram abertas com uma vazão de 23m3/s, porém, o cálculo de tempo foi errado por falta de conhecimento hidrológico do rio”. Por isso a água não chegou ao Rio Grande do Norte e a foto esperada, de Bolsonaro + água, não pôde ser publicada.
No evento dentro de um ginásio, teve música, teve gente, mas não teve água.
Chegaram ao Rio Grande do Norte na madrugada desta quinta-feira (10).
Por falha no cálculo do tempo a água não chegou no momento da inauguração, ontem em Jardim de Piranhas, mas como o Blog adiantou, o rio Piranhas/Açu, logo na comunidade Barra de São Pedro, a cerca de 10 km de Jardim, começou a receber as águas na madrugada.
O Rio Grande
do Norte já está recebendo as águas do Rio São Francisco. É o que foi
anunciado ontem, dia 9 de fevereiro, pelo presidente Jair Bolsonaro no
município de Jardim de Piranhas, a 300 km de Natal, no Seridó Potiguar,
porta de entrada das águas da transposição no estado do RN. Com ele, o
ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, dentre outros
ministros de Estado, prefeitos, deputados e vereadores comemoraram a
chegada das águas junto à uma multidão de apoiadores no evento que mudou
a rotina da cidade. O anúncio representa a conclusão dos eixos Norte e
Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF).
Fisicamente, porém,
ainda não foi possível verificar mudança no leito do rio seridoense. A
chegada da água do Velho Chico foi representada simbolicamente com um
banho de mangueiras dado na plateia pelo próprio presidente e pelo
ministro Rogério Marinho ao final do evento. Na cidade, a notícia é
comemorada pela população que já viu o rio secar na última estiagem.
"Era
algo muito esperado por todos nós. Acreditamos que vai mudar muito
porque teremos a garantia de água. A cidade sobrevive da água. Quando
falta, é um sufoco. A seca castigou muito e o rio chegou a secar", disse
o morador Franco Nery da Silva, 40, ao lembrar que precisou fazer uso
de carro-pipa no período da estiagem. Ele participou do evento da
chegada das águas e levou o filho para visitar o rio.
O
agricultor Zilmar Bento da Silva, 54, também foi ao rio Piranhas para
conferir algum vestígio das águas do Velho Chico. "É muito bom porque a
água não vai mais secar. Já presenciei esse rio secar. Ficou só uma
fileira de água no meio. Sofremos muito e agora vai melhorar pra todo
mundo, pra quem pesca, pra ter água em casa, pro agricultor", comemorou.
Logo cedo, as
principais ruas de Jardim de Piranhas começaram a receber uma
movimentação diferente de pessoas vestidas principalmente com roupas nas
cores verde e amarelo. Eram os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro
que chegavam para participar do evento da chegada das águas do Rio São
Francisco ao Rio Grande do Norte. Em carros particulares e caravanas, os
apoiadores se amontoavam, a maioria usando máscaras, para receber o
presidente. Contudo, a aglomeração era inevitável. No Clube Atlético
Piranhas, onde ocorreu o evento, foi proibido o acesso com álcool, mesmo
que para higienizar as mãos.
"Eu nunca tinha
visto a cidade ficar tão cheia de repente. Ainda mais a presença de um
presidente da república né?", comentava a vendedora ambulante Fabiana
Maria da Silva, 49. Ela sempre morou em Jardim de Piranhas bem próximo
ao rio por onde passarão as àguas do Velho Chico e aproveitou para
aumentar a venda dos seu produtos neste dia atípico. "Sempre morei ali
na beira do rio. Esse rio é tudo para nós, nossa cidade depende dele e
hoje parecia uma capital de tão movimentada. Vendi muita coisa, sorvete,
lanche...", disse ela.
Barracas com camisetas,
lenços e bonés com a imagem de Bolsonaro e da bandeira do Brasil também
lotavam as ruas. E, no Clube Atlético Piranhas, os participantes
ocuparam os três pavilhões do local, mais os três estandes montados de
proporção semelhante aos pavilhões. Por se tratar de uma região de
fronteira com a Paraíba, muitos dos presentes eram do estado paraibano.
Nas palavras de
Rogério Soares, prefeito de Jardim de Piranhas, o dia de ontem foi
histórico. "Inauguramos a obra da chegada do Rio São Francisco ao nosso
Rio Piranhas. Um marco que põe fim a quase dois séculos de espera e
concretiza o grande sonho do sertanejo de ver seu rio cheio", disse o
prefeito.
Ele ressaltou que a obra vai
estimular a economia local. "Nosso agricultor poderá cultivar suas
frutas e verduras, produzindo mais, poderá comercializar mais,
movimentando a nossa economia", declarou.
Custo
Para
a adução (transporte) das águas do Velho Chico, os estados terão um
custo que no Rio Grande do Norte o Governo estadual prevê que fique em
R$ 69,8 milhões por ano, possivelmente diluídos na conta de água dos
consumidores.
A Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA) informou que os valores das tarifas do PISF em
2022 ainda serão definidos, sendo que o início do pagamento pelos
estados receptores das águas depende da assinatura dos contratos entre
os estados e a operadora federal do empreendimento.
Nesta quarta-feira (9), as águas do Velho Chico finalmente chegam ao
Rio Grande do Norte. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro do
Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, participam agora do evento de
chegada simbólica das águas, na cidade de Jardim de Piranhas (RN).
“Foi este Governo que deu operacionalidade ao Projeto São Francisco.
Quando assumimos, apenas 31,54% das estruturas do Eixo Norte tinham
condições de operar e as águas sequer haviam saído do estado originário,
Pernambuco. Fomos nós que garantimos os investimentos e as condições
para que elas chegassem ao Ceará e ao Rio Grande do Norte. Muito do que
havia sido construído, estava praticamente abandonado, sem uso, se
deteriorando”, afirma o ministro Rogério Marinho. “Não medimos esforços
para resolver problemas, corrigir erros estruturais, recuperar e retomar
obras. E hoje, podemos dizer que 100% dos dois eixos (Norte e Leste)
estão operacionais e que as águas do São Francisco finalmente chegaram
aonde já deveriam estar há muito tempo”, completa.
Quando todas as obras complementares estiverem concluídas, mais de
16,47 milhões de brasileiros, de 565 municípios de sete estados
nordestinos, serão beneficiados pelas águas do Rio São Francisco.
“Para nós, é um acontecimento extraordinário e justifica tudo o que
foi feito. Todo o trabalho, todo o esforço e todo o suor coletivo,
porque esta é uma ação do Estado brasileiro, é fruto da determinação, da
priorização dada pelo presidente Bolsonaro, que não mediu esforços para
dar a condição de chegarmos a esse momento. Um momento em que nós,
literalmente, abraçamos o Nordeste brasileiro, com ações efetivas de
mudanças estruturais”, destaca Marinho.
Em terras potiguares, o Governo Federal deu início ao Sistema Seridó,
que vai abastecer cerca de 280 mil pessoas em 24 municípios potiguares.
Já estão sendo produzidos o projeto executivo e estudos complementares
necessários para o começo das obras. A estimativa é de que sejam
investidos cerca de R$ 280,6 milhões para a construção de mais de 330
quilômetros de canais adutores, estações de bombeamento e de tratamento e
pontos de captação de água.
JUCURUTU
Antes do evento de chegada das águas, o presidente Jair Bolsonaro e o
ministro Rogério Marinho visitam as obras da Barragem de Oiticica, em
Jucurutu, cujas obras começaram em 1952. Porta de entrada das águas do
Rio São Francisco no Rio Grande do Norte, a estrutura está praticamente
pronta e vai atender cerca de 330 mil pessoas de oito cidade potiguares,
além de contribuir com o controle das cheias na região e permitir uma
ampliação de até 10 mil hectares da área irrigada da Bacia de
Piranhas-Açu. O Governo Federal já disponibilizou cerca de R$ 300
milhões para a estrutura desde 2019.
Durante a agenda, também será assinada ordem de serviço para a
segunda etapa da obra de pavimentação em Jucurutu, interligando a sede
do município ao distrito de Serra de João do Vale. Com investimentos de
R$ 6,9 milhões, serão executados serviços de terraplanagem, drenagem e
obras de arte corrente, sinalização, pavimentação e interseção com a
BR-226/RN.
O ministro das Comunicações, Fábio Faria, já anunciou em seu discurso
na cerimônia de conclusão da Transposição do Rio São Francisco, em
Jardim de Piranhas, que “quem esperar briga com Rogério Marinho vai
quebrar a cara”.
“Nos vamos nos unir e vamos derrotar aqueles que esperam isso”, disse Fábio.
Ele não poupou críticas à governadora Fátima Bezerra, a quem acusou de plantar mentiras contra o Governo Federal.
Fábio anunciou que eles irão sentar para definir como será o projeto para 2022. Ele falou tudo com os aplausos do presidente.
✅ Após receber em Caicó, na tarde desta terça-feira, 8, o presidente da república, Jair Bolsonaro, o prefeito Dr. Tadeu e o vice-prefeito, Toinho Santiago, fizeram a entrega de algumas lembranças alusivas ao município.
“Receber a maior autoridade do país, dar acolhida numa boa noite de sono e servir um pouco da nossa rica culinária foi uma honra pra gente. Uma das características do caicoense é receber bem suas visitas, e fizemos questão de entregar uma imagem da Santana Conselheira ao presidente Bolsonaro, além dos deliciosos biscoitos Caicó”, afirmou o prefeito.
Dr. Tadeu deu ênfase a importância das duas obras que receberam investimentos do governo federal: “tanto a Barragem de Oiticica quanto a chegada das águas pela transposição do Rio São Francisco em Jardim de Piranhas, tem uma importância histórica para nosso estado, nosso Seridó e Caicó. Ficamos lisonjeados com a vinda do presidente Bolsonaro e gratos por estas obras que trazem água para nossa gente”, reconheceu.
O ex-juiz Sergio Moro em tour pelo Nordeste – Foto: /Divulgação
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/moro-escorrega-na-geografia-do-nordeste-e-cita-regiao-que-nao-existe/
Em sua tentativa de buscar votos na região Nordeste, o presidenciável Sergio Moro (Podemos) cometeu um erro de geografia em sua passagem pelo Ceará nesta terça-feira, 9.
Ao
registrar um evento de sua pré-campanha no Twitter, o ex-juiz afirmou
ter ouvido de “agricultores do agreste cearense que as maiores
dificuldades enfrentadas por eles são a falta de chuva, de crédito e de
seguro”.
Acontece que o agreste cearense não existe. Todo o estado
fica na área de Sertão, caracterizado pelo clima quente e seco — uma
subregião com o menor índice de chuvas de todo o país.
Já o
agreste que Moro mencionou fica entra a Zona da Mata e o Sertão.
Considerada uma área de transição, seu clima é semiárido e estende-se
pelos estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio
Grande do Norte.
É a segunda vez este ano que o pré-candidato do
Podemos faz um tour pela região, onde tem o pior índice de intenção de
voto na pesquisa Quaest divulgada nesta quarta, 9. Moro registra 3%
entre os eleitores do Nordeste, atrás de Lula (61%), Bolsonaro (13%) e
Ciro Gomes (8%)
Em sua live, Ciro Gomes, que foi governador do Ceará, aproveitou a situação para tirar uma casquinha do adversário e lembrou que não há agreste no estado.