quarta-feira, 9 de julho de 2025

PEC do fim da reeleição também deve parar no STF

 

Tem tudo para acabar no Supremo Tribunal Federal a proposta do fim da reeleição, que só aguarda decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para ser votada. O projeto, com assinaturas da oposição e do governo, ganhou emenda do senador Ciro Nogueira (PP-PI) que é questionada por especialistas. Wallyson Soares, vice-presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-PI, disse que proposta que “estica” o mandato e dá fim à reeleição é inconstitucional.

Soares diz que a emenda permite que quem está no segundo mandato dispute um terceiro de 6 anos. Seriam 14 anos ininterruptos no poder.

“Uma das características da República é a alternância de poder, é a periodicidade do voto”, explica o advogado a inconstitucionalidade.

Soares chama a proposta de “imoral e antidemocrática” com tendência de favorecer quem está no poder. “É uma proposta perigosa”, conclui.

Enquete do Senado também aponta para rejeição da proposta, que é subscrito por lulistas e bolsonaristas: 68,4% são contra o texto.

Diário do Poder

Tremor em Currais Novos foi causado por detonação em mineradora, diz geofísico da UFRN

 

O suposto tremor de terra registrado em Currais Novos nesta segunda-feira (7) não foi, na verdade, um abalo sísmico natural, mas sim uma detonação feita pela mineradora que atua na região. A informação foi confirmada pelo geofísico Eduardo Menezes, do Laboratório de Sismologia da UFRN, em entrevista ao Sistema Rural de Comunicação.

Segundo o especialista, ele próprio estava na estação de monitoramento próxima à mina no momento da detonação e sentiu a vibração no solo. “Houve um desmanche de carga para retirada de material. Eu senti o chão vibrar, escutei o barulho. Mas a informação de que o tremor teria sido sentido em Currais Novos não é precisa. Pela distância, é pouco provável”, esclareceu.

Eduardo reforça que esse tipo de vibração é comum em áreas próximas às mineradoras e costuma ter magnitude entre 1,5 e 1,8 — suficiente para ser registrada por equipamentos e, às vezes, percebida por moradores próximos. “Não foi um evento natural. As detonações geram vibração semelhante a tremores naturais, mas são diferentes em profundidade e intensidade”, explicou.

O Laboratório de Sismologia da UFRN mantém monitoramento contínuo da área há mais de três meses e articula com a Defesa Civil uma parceria para envio de dados em tempo real ao seu centro em Natal. “Ainda não registramos nenhum tremor natural na região de Currais Novos. Mas com a retirada constante de material e a presença de falhas geológicas adormecidas, é importante o acompanhamento técnico para detectar possíveis mudanças no comportamento do solo”, destacou.

Eduardo também lembrou que em outras regiões do Brasil, como na Bahia, tremores com magnitude acima de 3.0 já causaram danos estruturais próximos a áreas de mineração.

A UFRN conta hoje com mais de 40 estações espalhadas pelo Nordeste e integra a Rede Sismográfica Brasileira. Além do monitoramento, o laboratório também atua em ações educativas e produção de mapas de risco, com apoio à Defesa Civil e outros órgãos.

Por Marcos Dantas

Declaração política de padre em defesa de Bibi Costa gera insatisfação entre fiéis e comunidade escolar em Caicó

 

 

A recente declaração do Padre Costa, que afirmou em programa de rádio que “Bibi Costa é o sucessor natural e legítimo do legado de Vivaldo”, gerou reações negativas entre fiéis da Igreja Católica de Caicó e, especialmente, entre pais, alunos de alunos do Colégio Diocesano Seridoense de onde diretor.

A fala do sacerdote, feita no programa Falando por Você, na Rádio Rural de Caicó, na última quarta-feira (9), foi interpretada por muitos como uma interferência indevida no processo político e eleitoral do município. Para críticos, a atuação do padre, que deveria estar restrita à evangelização, descambou para o proselitismo político, ao endossar publicamente a pré-candidatura do ex-prefeito Bibi Costa a deputado estadual em 2026.

O episódio reacende uma velha polêmica na Diocese de Caicó: a influência do ex-bispo Dom Antônio Carlos Cruz, conhecido por posicionamentos políticos durante seu tempo à frente da Igreja local. Muitos consideram Padre Costa um de seus discípulos mais fiéis, mantendo viva uma prática que, segundo alguns católicos, fere a neutralidade que a Igreja deveria manter nos processos eleitorais.

“Não cabe ao altar ou à batina definir rumos políticos”, comentou um membro da comunidade paroquial, que pediu anonimato. A insatisfação cresce nos corredores do tradicional colégio católico da cidade, onde alunos e familiares demonstram desconforto com a politização vinda de membros do clero.

Para muitos, a missão da Igreja deve ser clara: evangelizar, não fazer campanha.

POSTAGEM EM DESTAQUE

PEC do fim da reeleição também deve parar no STF

  Tem tudo para acabar no Supremo Tribunal Federal a proposta do fim da reeleição, que só aguarda decisão do presidente do Senado, ...