Rompidos na esfera nacional desde o impeachment, partidos negociam acordos regionais para 2018
Igor Gadelha,
O Estado de S.Paulo
24 Setembro 2017 | 03h00
BRASÍLIA - Rompidos no plano nacional desde o impeachment da
presidente cassada Dilma Rousseff, PT e PMDB já negociam alianças para
as eleições de 2018 em pelo menos cinco dos nove Estados do Nordeste. A
aproximação se dá por uma combinação de fatores. A força que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tem na região atrai os
peemedebistas, ao passo que o fato de o PMDB ser o partido com maior
tempo de TV e ter o maior número de prefeituras do País é um atrativo
para o PT.
O caso mais emblemático é o do Ceará. No Estado, o
presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), vem conversando com o
governador Camilo Santana (PT) para estarem juntos na mesma chapa em
2018. Pelas negociações, Eunício apoiaria a reeleição do petista. Em
troca, o peemedebista garantiria para ele uma das duas vagas de senador
na chapa de Santana. A outra vaga deve ir para o ex-ministro Cid Gomes
(PDT), irmão do ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato a presidente da
República.
O governador do Ceará, Camilo Santana
Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
Em 2014, Eunício e
Santana foram adversários na disputa pelo governo do Estado. Em 2018,
porém, quando precisa renovar o mandato, o peemedebista já deu
declarações públicas de que pode apoiar Lula no Ceará. “O PMDB vai fazer
coligações nos Estados livremente, com quem achar que é conveniente”,
disse o senador em entrevista nesta semana. O próprio ex-presidente dá
aval para a aliança. “Se der para fazer chapa Lula, Camilo, Cid e
Eunício, topamos discutir”, admitiu o deputado José Guimarães (PT-CE),
um dos mais próximos de Lula.
Outro
Estado em que o PMDB quer o apoio do PT é Alagoas. Ambos candidatos à
reeleição pelo PMDB, o governador Renan Filho e o pai dele, o senador
Renan Calheiros, negociam para repetir em 2018 a aliança de 2014 com os
petistas. Com base em pesquisas internas que mostram Lula na frente na
corrida presidencial, o clã Calheiros quer subir no palanque
presidencial do petista no Estado. Em agosto, deixaram isso claro, ao
acompanharem a passagem de Lula pelo Estado durante a Caravana do
Nordeste.
+ Lula se diz ser grato a Sarney e a Renan, que o 'ajudou a governar' Em Sergipe, o PT negocia para apoiar a eleição para o
governo do atual vice-governador, Belivaldo Chaga (PMDB). Em troca, terá
uma das vagas ao Senado na chapa, para a qual deve indicar o
ex-deputado Rogério Carvalho. “O Lula dá aval para essa aliança”, disse o
deputado João Daniel (PT-SE). Segundo ele, aliança entre PT e PMDB no
Estado é antiga e não sofreu abalos após o impeachment, pois a maioria
do PMDB sergipano não apoiou a saída de Dilma.
No Piauí, o PMDB conversa com o governador Wellington
Dias (PT), que tentará reeleição. A sigla quer indicar o candidato a
vice na chapa do petista. O nome mais cotado hoje, segundo apurou o Estadão/Broadcast, é o do deputado Themístocles Filho, presidente da Assembleia Legislativa do Estado.
Na Paraíba, a negociação entre PT e PMDB se dá de forma
indireta. Líder do partido de Temer no Senado, Raimundo Lira tenta
convencer a legenda a apoiar o candidato do PSB ao governo que será
indicado pelo atual governador, Ricardo Coutinho (PSB). No Estado, o PSB
tem o PT como aliado. Em troca, Lira, que precisa renovar o mandato,
seria um dos candidatos ao Senado da chapa. “A aliança é regional. Se
acontecer, o governador vai estar no palanque do Lula e eu no palanque
presidencial que o PMDB apoiar”, disse o senador.
Lados opostos. No Rio Grande do Norte, a
tendência do PMDB hoje para 2018 é se aliar a PDT e DEM para apoiar uma
possível candidatura do prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), a
governador. Lideranças peemedebistas não descartam, porém, uma aliança
com o PT, caso a senadora petista Fátima Bezerra dispute o governo.
Já no Maranhão, Pernambuco e Bahia, uma aliança entre PMDB e PT é tida hoje como impossível por lideranças das duas legendas.
No Maranhão, o PMDB lançará a ex-governadora Roseana Sarney como
adversária do atual governador, Flávio Dino (PCdoB). Na Bahia,
peemedebistas devem apoiar a eleição do prefeito de Salvador, ACM Neto
(DEM), para o governo contra o atual governador, Rui Costa (PT). Em
Pernambuco, PMDB e PT devem ter candidatos próprios ao governo. fonte .estadao.com.br
É a segunda vez em que o presidente é acusado ao Supremo. Ele é acusado do crime de organização criminosa e obstrução de Justiça
Por João Pedroso de Campos – Veja
O
presidente Michel Temer, participa do lançamento do Programa Nacional
do Voluntariado, no Palácio do Planalto, em Brasília – 28/07/2017
(Adriano Machado/Reuters)O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou nesta
quinta-feira o presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF)
pela segunda vez. Temer é acusado dos crimes de organização criminosa e
obstrução de Justiça, ao lado dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil)
e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência da República), os
ex-ministros Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-assessor
presidencial Rodrigo Rocha Loures(PMDB-PR). Também foram acusados pelo
crime de obstrução de Justiça o empresário Joesley Batista, dono do
Grupo J&F, que controla a JBS, e o diretor de relações
institucionais da empresa, Ricardo Saud, ambos delatores. Eles tiveram
os benefícios da delação premiada suspensos pelo STF. A denúncia, que tem 245 páginas, é baseada no conteúdos de
depoimentos e gravações da delação premiada da JBS, nas revelações do
doleiro Lúcio Bolonha Funaro em seu acordo de colaboração e no relatório
do inquérito que investiga a existência de uma organização criminosa no
chamado “PMDB da Câmara”.
No crime de organização criminosa, os peemedebistas são acusados por
Janot de uma “miríade de delitos”, que teria rendido ao grupo
587.101.098 reais em propina paga por empresas que mantinham contratos
com as estatais Petrobras, Furnas e Caixa Econômica Federal, além dos
ministérios da Agricultura e da Integração Nacional, da Secretaria de
Aviação Civil e a Câmara dos Deputados. Segundo Janot, o presidente mantinha “alguma espécie de ascensão”
sobre todos os outros membros do grupo. Enquanto foi presidente do PMDB e
vice-presidente da República, conforme a denúncia apresentada ao STF,
Temer combinava com Eduardo Cunha, Eliseu Padilha, Moreira Franco,
Henrique Alves e Geddel Vieira Lima a ocupação de cargos na máquina
federal e fazia as indicações do grupo aos governos do Partido dos
Trabalhadores. “Michel Temer dava a necessária estabilidade e segurança
ao aparato criminoso, figurando ao mesmo tempo como cúpula e alicerce da
organização. O núcleo empresarial agia nesse pressuposto, de que
poderia contar com a discrição e, principalmente, a orientação de Michel
Temer”, afirma o procurador-geral da República, que ressalta a
influência de Cunha e Alves, ex-presidentes da Câmara, assim como Temer,
junto a ele. Janot entende que o “escudo” de peemedebistas em torno do presidente
“fica claro” na relação dos demais denunciados com o empresariado da
construção civil, “grande responsável pela produção de caixa dois de
campanha e pelos pagamentos de propina a políticos e outros funcionários
públicos”. Com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e a chegada de
Michel Temer ao Palácio do Planalto, em maio de 2016, sustenta a PGR, a
suposta organização criminosa do PMDB da Câmara “continuou com suas
atividades criminosas” e, uma vez que seu líder se tornou presidente da
República, assumiu o protagonismo das negociatas que renderiam propina. A
PGR cita como exemplo as conversas entre Michel Temer e Joesley Batista
no Palácio da Alvorada, gravadas pelo empresário, e a indicação de
Rodrigo Rocha Loures por Temer como interlocutor de Joesley no governo
para resolver as demandas da empresa. O ex-assessor presidencial foi
flagrado pela Polícia Federal recebendo uma mala com 500.000 reais do
executivo Ricardo Saud. fonte,henriquebarbosa.com
O prefeito da cidade de Afonso
Bezerra, região Central do estado, Francisco das Chagas Felix Bertuleza, Chico
Bertuleza, é mencionado diretamente numa Recomendação oriunda do Ministério
Público do RN na referida comarca.
Protocolada sob o nº
2017/0000396464, a medida, legitimada pela promotora pública Juliana Alcoforado
de Lucena, é consequência da Notícia de Fato nº 086.2017.000315.
A instrução do fiscal da lei ao
chefe do Executivo é no sentido de que ele, enquanto gestor municipal, se
abstenha dos seguintes procedimentos: conceder vantagem, aumento, reajuste ou
adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença
judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista
no inciso X do art. 37 da Constituição; criar cargo, emprego ou função; alterar
estrutura de carreira que implique aumento de despesa; prover cargo público,
admitir ou contratar pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição
decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação,
saúde e segurança; e, contratar hora extra, salvo no caso do disposto no inciso
II do § 6º do art. 57 da Constituição e as situações previstas na Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO).
No prazo de 30 dias, o prefeito
afonso-bezerrernse deve remeter à Promotoria de Justiça cópia do cronograma das
medidas que pretende adotar no sentido de reduzir gastos com pessoal no âmbito
do Poder Executivo municipal, na forma do art. 23 da Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF).
Dentre as considerações que
elencou, a agente do MPRN frisou que o município de Afonso Bezerra publicou
Relatório de Gestão Fiscal (RGF) relativo ao primeiro semestre de 2017, conforme
art. 63, inciso II, alínea “b”, atingindo o percentual de 58,85% da Receita
Corrente Líquida (RCL) com gastos de pessoal.
Observou que, nos termos do
art. 20, inciso III, alínea “b” da LRF, as despesas com pessoal do Poder
Executivo municipal não poderá ultrapassar o limite máximo de até 54% da RCL. fonte, AngicosNotícias
Última unidade de produção funcionava em Nova Cruz, no interior, e tinha 375 funcionários.
Por Kleber Teixeira, Inter TV Cabugi
Caminhões retiram equipamentos desde a semana passada na Alpargatas (Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi)
A Alpargatas S.A. fechou a sua última fábrica no Rio Grande do Norte. A
unidade de produção ficava na cidade de Nova Cruz, a 116 quilômetros de
Natal, e tinha 375 funcionários contratados.
No dia do anúncio do fechamento do posto de costura, na quinta-feira
(31), os funcionários trabalharam normalmente. No fim do expediente
chegou o comunicado que surpreendeu as mais de 300 pessoas demitidas, a
maioria de Nova Cruz. Desde o dia seguinte, eles assistem a caminhões
entrarem e saírem do galpão onde trabalhavam, recolhendo equipamentos.
O operador de costura João Marcos Lima, há dezoito anos na empresa,
disse que a cidade vai viver um drama na economia com o fim das
atividades, por conta do dinheiro que vai deixar de circular.
Desde 2008 a empresa vem fechando unidades no Rio Grande do Norte, nas
cidades de São Paulo do Potengi, Santo Antônio e Natal. A fábrica de
Nova Cruz foi a quarta e última unidade de produção da Alpargatas que
teve as atividades encerradas no estado.
As quatro fábricas fechadas deixaram de empregar cerca de três mil
pessoas. Depois de vinte anos funcionando. O secretário geral do
Sindicado dos Trabalhadores das Indústrias do Calçados do RN, Marcones
Marinho da Silva, avalia que o Rio Grande do Norte está perdendo espaço
para estados vizinhos, como Paraíba e Ceará, que têm atraídos empresas
com benefícios fiscais.
A empresa divulgou uma nota em que explica o que motivou o fim da
produção no estado potiguar. A Alpargatas esclarece que os maiores
desafios são otimizar a produção e a falta de incentivos fiscais. A
crise financeira também teria pesado na decisão de fechar o negócio.
O prefeito de Nova Cruz, Targino Pereira, disse que não foi avisado do
fechamento, e que o Município não tem como dar incentivos ficais, porque
não cobra imposto a Alpargatas. Segundo ele, recebe apenas uma taxa
pela licença de funcionamento da fábrica no prédio que já foi cedido
pela Prefeitura. FONTE, //g1.globo.com/rn/rio-grande-do-norte/
Em um palco improvisado montado em um posto de gasolina na
beira da estrada, centenas de guarda-chuvas abrigavam do forte calor uma
multidão à espera do ex-presidente Lula, nesta terça-feira. Os moradores de Quixeré (CE) foram até o posto para ver o pré-candidato do PT à eleição do ano
que vem falar. Se possível, tirar uma selfie e dar um beijo no petista,
que está na estrada há 13 dias, percorrendo o Nordeste em uma caravana.
Rouco e um pouco abatido por uma gripe contraída no início da viagem, o
ex-presidente subiu no palco, ia apenas acenar aos seus eleitores, para
poupar a garganta. Mas não aguentou. Acostumado a discursos longos,
acabou pegando o microfone. Foi breve, em todo caso. “Eu havia combinado
com a minha equipe que só falaria hoje à noite, mas eu quero agradecer o
carinho e a presença de todos vocês”, disse, sob aplausos.
Depois
disso, seguiu viagem para a última cidade do dia, Quixadá, também no
Ceará, onde realizou um ato no início da noite. Para uma multidão, Lula,
com a voz um pouco melhor, falou sobre as eleições do próximo ano.
“Faltam 14 meses para as eleições. A gente nem sabe se vai estar vivo
[até lá]. A gente não sabe se vai poder ser candidato. Eu nem sei se o
PT quer que eu seja candidato”, disse. “Mas se eu for candidato, vocês
vão ganhar as eleições outra vez”.
As conversas sobre um possível impedimento à candidatura de
Lula – que foi condenado pelo juiz Sergio Moro no caso do triplex, e é
réu em seis ações no âmbito da Lava Jato – rondam o Partido dos
Trabalhadores, embora seus dirigentes não assumam publicamente.
Coerente com o discurso de que “não há um plano B”, Lula tem se
apresentado, durante a caravana, como o candidato único do PT. Mas na
noite desta terça-feira, acabou deixando uma interrogação no ar. “Se eu
não puder ser candidato, a gente vai arrumar alguém para ser”, disse.
A ideia da ausência de Lula na disputa eleitoral do ano que
vem não é rejeitada somente pelo Partido dos Trabalhadores. Nas praças e
calçadas, descendo do palanque, muitos de seus eleitores torcem o nariz
quando esta possibilidade é mencionada.
“Vai ser Lula sim, não tem jeito”, disse, em Quixadá, a aposentada
Lindomar Rodrigues, 63. “Se não for ele o candidato, eu não voto em
ninguém”, completou. De Currais Novos, no Rio Grande do Norte, a
aposentada Maria das Neves, 61, disse o mesmo. “Voto em quem ele
indicar, mas vai ser ele [o candidato]. Não tem chão nem gemido”.
Enquanto isso, no palco, já passaram alguns possíveis nomes
para a disputa do ano que vem, caso Lula seja impedido de concorrer: o senador Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, senadora e presidenta do PT, já estiveram com Lula em algum ponto da caravana. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que tem sido apontado como o plano B do partido,
até o momento, não apareceu no giro pelo Nordeste. Ainda resta uma
semana de caravana e dois Estados a serem percorridos, o Piauí e o
Maranhão. Lula e uma comitiva grande de assessores, dirigentes e
militantes estão na estrada há 13 dias e já percorreram sete Estados:
Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e
Ceará.
Pelas estradas por onde a caravana passa, os eleitores de
Lula correm para ver o ex-presidente passar. Em muitos locais onde não
estava programada uma parada, o ex-presidente acaba parando o comboio.
Sai do ônibus, é agarrado, abraçado e beijado por centenas de pessoas,
faz um pequeno discurso, e segue viagem.
Nós contra eles
Durante seus discursos pelas cidades por onde passa, Lula tem batido muito na tecla do nós contra eles. Sendo que eles, ora são a elite brasileira, ora o presidente Michel Temer, ora a Lava Jato
e, às vezes, a imprensa também. “Eu sei que a perseguição que eu estou
sendo hoje vitimado, não é uma perseguição ao Lula”, disse, em Currais
Novos (RN). “Porque o Lula já tem idade suficiente, o Lula já apanhou
demais, o Lula já aguenta um tanto. O que eles estão tentando é tirar do povo brasileiro as conquistas que nós tivemos nos últimos anos”, afirmou.
Em outro momento, aos gritos de fora Temer, o ex-presidente disse: "Eles
derrubaram 54 milhões de votos da Dilma e ocuparam o poder", afirmou.
"Enganaram a sociedade brasileira e a Globo tratou de mentir o tempo
inteiro, dizendo que a Dilma era a responsável pela desgraça do PT e do
Brasil. E eu pergunto: O Temer melhorou o quê?".
Outro ponto bastante lembrado tem sido o da educação. "Toda
vez que eu falo que não tenho diploma, não pense que eu tenho orgulho de
não ter diploma", disse, em Mossoró (RN). "Eu falo para provocar eles".
Em Quixadá, vestindo uma bata africana que ganhou de um dos
alunos de Guiné Bissau que estudam na Universidade da Integração
Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab), Lula disse: "Outro
dia eu fui na universidade [a Unilab] e 67 meninos da África estavam se
formando", contou. "Aí eu soube que tinha preconceito [ali] contra a
molecada da África, e eu comecei a dizer pra eles 'vocês não devem nada
ao Brasil. E o Brasil não está fazendo um favor, o Brasil está pagando
[por] 300 anos de escravidão que nós devemos ao povo africano". A Unilab
foi criada e inaugurada na gestão do petista e promove a integração
entre o Brasil e outros países de língua portuguesa, especialmente os da
África.
Longe das capitais do Sudeste, onde o ex-presidente tem o
desprezo de grande parte dos eleitores, Lula colhe ovações e elogios com
as paixões que suscita em alguns grupos. “Lula é o presidente da
humanidade, não só do Brasil”, disse o estudante de pedagogia Samora
Caetano, 23. Ele veio de Guiné Bissau, há três anos, para estudar na
Unilab. “Ele pegou a população pobre e levou para a universidade. Lula
nos representa”.FONTE, https://brasil.elpais.com/
A pedido das senadoras Fátima Bezerra,
Lídice da Mata e com o apoio dos senadores Ângela Portela e Elmano
Férrer, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo aprovou, nesta
quarta-feira (30), a realização de audiências públicas, nas cinco
regiões brasileiras, para debater a permanência do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação- FUNDEB. O primeiro debate já está programado para o próximo
dia 12 de setembro, no Senado, e contará com a presença do ex-ministro
da Educação Fernando Haddad, em cuja gestão foi instituído o Fundeb.
Em 2020, termina o prazo de vigência do
Fundeb. Por isso, a senadora Lídice da Mata apresentou a PEC 24/2017,
que torna permanente o FUNDEB. A proposta é relatada pela senadora
Fátima Bezerra, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.
Fátima destacou a importância da
Comissão debater o tema. “Como pensar em desenvolvimento regional
sustentável, com justiça social, se a gente não cuidar daquilo que é
estruturante, essencial e básico, que é a educação do nosso povo; a
educação das nossas crianças e jovens? Queremos fazer do Fundeb uma
política permanente, além de aumentar a participação financeira do
governo federal junto aos estados e municípios”, explicou. FONTE, http://blog.tribunadonorte.com.br/heitorgregorio/