terça-feira, 13 de abril de 2021

86 profissionais da saúde morreram de Covid-19 no RN desde o início da pandemia

 

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
O médico João Joaquim Cavalcante Neto, de 61 anos, conhecido como Doutor João, trabalhava em Natal como pediatra nas UPAs do Potengi e de Cidade da Esperança, além do Hospital dos Pescadores e da UBS de Mãe Luiza durante pandemia da Covid-19. No início de março deste ano, ele contraiu o vírus e não resistiu à doença, morrendo no dia 29 – após 19 dias de internação no Hospital de Campanha. A família do médico ainda viveu o drama de ver a filha dele, a estudante de medicina Emilly Cavalcante Belarmino, de 25 anos, morrer dois dias depois do pai, também vítima da doença.

Em janeiro deste ano, a enfermeira mossoroense Suely Gurgel, de 40 anos, também perdeu a vida depois de quase dois meses internada lutando contra a Covid-19. Ela morreu sem saber da morte da mãe, um mês antes. Doutor João e Suely estão entre os casos recentes do total de 86 profissionais de saúde que morreram de Covid-19 em todo o Rio Grande do Norte desde o início da pandemia. Os dados constam em um relatório do Centro Estadual de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest/RN) e foram repassados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) ao G1.

Segundo a pasta, ainda há 12 óbitos de profissionais da saúde sendo investigados, para saber se ocorreram por Covid-19. Os dados são referentes até o dia 4 de abril. Seis profissionais estão internados no momento.

Em relação aos casos de Covid-19, o Rio Grande do Norte registrou, ao todo, 9.816 casos confirmados da doença em profissionais de saúde, o que corresponde a uma parcela de 4,9% de todos os casos registrados no estado. Além disso, há 1.586 casos que seguem como suspeitos, além de 7.902 inconclusivos.

Segundo o relatório do Cerest, houve um aumento de casos confirmados em meados de junho de 2020, “o que permite afirmar, que neste período houve uma intensa campanha para testagem dessas categorias, utilizando os testes rápidos”. O documento aponta também que a categoria que mais se contaminou foi a de técnicos e auxiliares de enfermagem, com 3.247 casos confirmados – aproximadamente 33% do total dos mais de 9 mil casos entre os profissionais de saúde do RN. Os enfermeiros estão em segundo lugar entre os contaminados: foram 1.553 casos confirmados, que representam cerca de 15,8%. Entre os médicos, foram 789 – 8% do total. Veja mais em G1RN

 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Em conversa com senador, Bolsonaro pede CPI da Covid ampla e diz temer “relatório sacana”

 

Em conversa com senador, Bolsonaro pede CPI da Covid ampla e diz temer “relatório sacana”

Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília

SÃO PAULO (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro disse em conversa telefônica com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), divulgada pelo parlamentar, que uma CPI da Covid precisa investigar governadores e prefeitos e disse temer um “relatório sacana” da comissão caso a apuração se concentre apenas no governo federal.

No diálogo, Kajuru, que divulgou a conversa em suas redes sociais no domingo, afirma concordar com o presidente e diz que trabalhará para ampliar o escopo da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Ele é parabenizado por Bolsonaro ao afirmar que entrou no Supremo Tribunal Federal para obrigar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) a dar andamento ao pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Olha só, o que você tem que fazer. Tem que mudar o objetivo da CPI, tem que ser ampla. Daí você vai fazer um excelente trabalho para o Brasil”, afirma Bolsonaro a Kajuru na conversa, cujo áudio foi divulgado pelo parlamentar.

 

“Se mudar (o objeto da CPI), dez para você, porque nós não temos nada a esconder”, disse. “Se não mudar, a CPI vai simplesmente ouvir o (ex-ministro da Saúde Eduardo) Pazuello, ouvir gente nossa para fazer um relatório sacana.”

No sábado, antes da divulgação da conversa entre Kajuru e Bolsonaro, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou no Twitter que protocolou pedido para que a CPI, cuja abertura foi determinada em decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, também investigue a gestão da pandemia por prefeitos e governadores.

Na conversa com Kajuru, Bolsonaro diz que ele e o senador estão “100% afinados”, ao ouvir o parlamentar reclamar que ele “generalizou” ao criticar publicamente o escopo d CPI.

“Kajuru, depois que nós conversamos aqui, nós estamos afinados. Nós dois. É CPI ampla e investigar ministro do Supremo, ponto final. Dez para você”, afirma Bolsonaro na conversa.

O presidente atacou Barroso na semana passada depois de o ministro atender a pedido de Kajuru e Vieira para obrigar Pacheco a abrir a CPI. Bolsonaro acusou o ministro do Supremo de fazer “politicalha” com a oposição no Senado e disse que a CPI visava apenas desgastar seu governo ao concentrar as investigações em eventuais omissões do governo federal na gestão da pandemia.

Também em suas redes sociais, Kajuru confirmou o teor de uma matéria do jornal O Estado de S. Paulo na qual ele afirma que avisou Bolsonaro que publicaria a gravação da conversa 20 minutos antes de colocá-la em suas redes.

“Kajuru, se não mudar o objetivo da CPI, ela vai vir só para cima de mim”, disse Bolsonaro na conversa com o senador.

“Tem que mudar para colocar governadores e prefeitos. Presidente da República, governadores e prefeitos”, acrescenta o presidente.

Procurado, o Palácio do Planalto não respondeu imediatamente a um pedido por comentários.

(Reportagem de Eduardo Simões)

 

 

 

Daniella Ribeiro lamenta fechamento de agências do Banco do Brasil na PB

 

A senadora Daniella Ribeiro (Progressistas) lamentou nesta segunda-feira (12) o fechamento de quatro agências do Banco do Brasil na Paraíba, sendo duas em João Pessoa, uma em Campina Grande e outra em Alagoa Grande, apesar dos esforços feitos através de reuniões com a presidência do BB em Brasília, no início deste ano.

O fechamento de agências, na prática, representa acúmulo de trabalho para os funcionários do banco e filas ainda mais longas para a população. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários na Paraíba, Lindonjohnson Almeida, o que está acontecendo é um plano de desmonte do Banco do Brasil no país.
Diante disso, a senadora lamentou o fechamento das agências e destacou que a população como um todo acaba sendo prejudicada, além dos próprios servidores. “A situação que já não era favorável, fica ainda pior. Infelizmente temos muitos municípios onde já não há agência, e as pessoas precisam se deslocar para outra localidade para sacar dinheiro. Isso causa um prejuízo para a economia local, além de causar transtornos para o cidadão que acaba pagando a mais ao ter que se deslocar para ter acesso ao serviço bancário”, declarou.
A senadora teve reunião em fevereiro com o então presidente do BB, André Brandão, que falou da necessidade de reestruturação do banco em todo o país. Na ocasião, Daniella pediu que as agências do Nordeste fossem as últimas a serem atingidas pelo tal plano, considerando o já insuficiente número de agências. Na mesma reunião, o presidente falou ainda sobre a abertura de postos de atendimento e do programa de demissão voluntária.
“Vamos continuar lutando pela categoria dos bancários, que também será duramente penalizada em tudo isso. Se as agências fecham, as filas aumentam. E se as filas aumentam, o bancário trabalha mais, o que acarreta danos à sua saúde devido à carga que muitas vezes é excessiva”, afirmou a senadora.
Daniella disse ainda que o fechamento das agências e o consequente aumento das filas acontece em um momento arriscado, devido à pandemia do novo coronavírus, uma vez que a Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta o distanciamento social como uma das medidas de prevenção ao vírus.

NÃO É PAPEL DO SENADO INVESTIGAR GOVERNADORES E PREFEITOS, DIZ SENADOR DO RN SOBRE CPI DA COVID

 

O senador Jean Paul Prates (PT-RN)  –  Foto: Reprodução / CNN

Em entrevista à CNN neste domingo (12), o líder da minoria no Senado Jean Paul Prates (PT-RN) disse que não é atribuição do Senado investigar governadores e prefeitos, como pedem requerimentos para ampliar o escopo da CPI da Covid.

“É preciso ter em conta que não é papel do Senado precipuamente analisar, a não ser em casos muito concretos, governadores de estados e prefeitos. Para isso, estão as Assembleias Legislativas, os TCEs em auxílio a elas e as Câmaras Municipais. Cada instância no seu lugar”, declarou. “O papel aqui é de investigar a situação nacional, que se refletiu no Amazonas como um dos pontos agudos”.

Ele se referiu ao fato usado como justificativa para abertura do procedimento, o caos em Manaus em janeiro deste ano, quando pacientes morreram por falta de oxigênio suplementar.

“Acredito que a intenção [dos pedidos] foi passar uma imagem de que há equilíbrio, de que ninguém vai perseguir o presidente em si, o que não é a intenção de jeito nenhum, que é de apurar fatos”, continuou. Para ele, a inclusão de governadores e prefeitos também inviabilizaria o processo.

“Acho que é desnecessário e acho que é diversionismo, mas entendo. Acho que nenhum governador tem que temer, que o presidente também não devia temer”.

“Se todo mundo fez certo, ninguém deve temer CPI nenhuma.”

Jean Paul Prates (PT-RN)

Ele disse também discordar das afirmações que agora não seria o momento para abrir esse processo. “Acho que se deixar para depois, como em todas as pandemias na história da humanidade, quando acaba há um clima de euforia natural e de ‘deixa disso’. Mas morreram 350 mil pessoas, não é qualquer coisa, não é para deixar para trás”.

O senador também ressaltou que a comissão visa apurar a responsabilidade sobre os acontecimentos, e não de um indivíduo em particular. “A investigação é sobre um fato, não sobre pessoas. As pessoas são quem corroboram os fatos. Vamos investigar o governo e todos os envolvidos, empresas, pessoas físicas, governadores. Mas o foco é em quem é o maior responsável por conduzir esse processo, o Ministério da Saúde e, em segunda instância, o governo federal”.

CNN Brasil

Saiba quando tomar a vacina contra Covid-19 se você já teve ou está com a doença

 

Foto: Estadão

 Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre quando receber a vacina contra a Covid-19– principalmente as que já tiveram a doença ao longo do último ano. Tomar a vacina também se torna mais complicado para aqueles que recentemente foram diagnosticados com a Covid-19 ou foram infectadas no intervalo entre as duas doses.

As pessoas precisam levar em consideração vários fatores ao receber a vacina, de acordo com a analista médica da CNN Leana Wen, médica de emergência e professora visitante de política e gestão de saúde na Escola de Saúde Pública do Instituto Milken, na Universidade George Washington.

A especialista explica que, se você foi diagnosticado com a Covid-19, é importante monitorar os sintomas e se certificar de que está saudável ao receber a vacina contra o novo coronavírus. Além disso, caso você tenha testado positivo para a Covid-19 ou esteja apresentando sintomas da doença, é preciso consultar o seu médico.

Se eu tive Covid-19, devo tomar a vacina?

Se você é elegível para receber a vacina contra a Covid-19, é importante tomá-la, disse Wen. A vacina fornece “proteção melhor, mais longa e certamente mais consistente do que a imunidade natural”, acrescentou ela.

“Também não sabemos por quanto tempo a proteção irá durar depois de ter o coronavírus, então você ainda deve ser vacinado”, disse Wen.

Pesquisas recentes sugerem que os imunizantes da Pfizer-BioNTech e da Moderna fornecem um alto nível de imunidade durante seis meses. Como as vacinas contra o vírus são novas, os pesquisadores não sabem quanto tempo dura a imunidade, mas “seria de se esperar que durasse bem além de seis meses”, disse Wen, apontando para as projeções atuais.

Se fui recentemente diagnosticado com Covid-19, devo tomar a vacina?

Não há um número definido de dias que alguém deve esperar até receber a vacina, de acordo com Wen. Nesses casos, os pacientes devem monitorar os seus sintomas e certificar-se de que não estão apresentando nenhum sintoma grave da Covid-19, incluindo febre.

O período de isolamento atual após um diagnóstico positivo de Covid-19 é de 10 dias após o início dos sintomas, então a médica recomenda que as pessoas sigam essa orientação e permaneçam isoladas nesse período.

“Se já se passaram 10 dias, e elas apresentam sintomas mínimos ou nenhum sintoma, não há problema em receber a vacina a partir de então”, disse Wen.

Devo tomar as duas doses da vacina?

Se você estiver recebendo uma vacina de dose dupla, é crucial tomar as duas doses do imunizante, disse Wen. As vacinas foram estudadas sob a suposição de que as pessoas tomariam duas doses, explica ela, então a eficácia se aplica desde que as pessoas recebam as duas doses.

A primeira dose dá alguma proteção, mas os especialistas em saúde não sabem quanto tempo ela dura, acrescentou a médica.

E se eu for diagnosticado com Covid-19 no intervalo entre a primeira e a segunda dose da vacina?

Wen disse que essa situação já aconteceu antes. A primeira dose da vacina oferece alguma proteção, mas não tanto quanto as duas doses, então há a possibilidade de contrair o vírus no intervalo entre as aplicações da vacina.

Se você for diagnosticado com Covid-19 nesse intervalo, Wen recomenda esperar para receber a segunda dose até que os sintomas desapareçam.

“Seu sistema imunológico já está acelerado e respondendo ao coronavírus, então você não precisa da vacina para estimulá-lo ainda mais nesse momento”, disse Wen.

É importante dar ao seu corpo uma chance de se recuperar, então é melhor esperar até que os sintomas desapareçam. Depois disso, está tudo bem para receber a segunda dose, disse Wen.

CNN Brasil

Manifestantes entram em confronto com a polícia nos EUA após morte de homem negro

 


Foto: Nick Pfosi/Reuters

Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Minneapolis, no estado de Minnesota, nos Estados Unidos, neste domingo (11), depois que um policial matou um homem negro.

A vítima foi identificada por parentes no local como Daunte Wright, de 20 anos, segundo o jornal “Star Tribune”. O caso ocorreu a cerca de 16 km de onde George Floyd foi morto, em maio do ano passado, também durante uma ação policial.

Um grupo chegou a jogar pedras em policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e tiros com balas de borracha. Em um comunicado, a polícia do Brooklyn Center disse que os policiais pararam um homem devido a uma infração de trânsito, pouco antes das 14h, e descobriram que ele tinha um mandado de prisão pendente.

Enquanto a polícia tentava levá-lo preso, ele voltou a entrar no veículo e um policial atirou, segundo o comunicado. O motorista ainda dirigiu por vários quarteirões antes de atingir outro veículo e morrer no local.

O governador de Minnesota, Tim Walz, disse que estava monitorando a situação. “Estamos orando pela família de Daunte Wright, enquanto nosso estado lamenta outra vida de um homem negro levado por policiais”, escreveu Walz no Twitter.

A morte ocorre durante o julgamento de Derek Chauvin, ex-policial de Menneapolis acusado de matar George Floyd, que entra hoje em sua terceira semana de depoimentos. Em uma abordagem policial, Chauvin ajoelhou-se sobre o pescoço de Floyd, que já estava algemado, asfixiando-o até a morte. POR G1

 

Professor de 36 anos morre vítima da Covid-19, em João Pessoa

 Vinicius Lins apresentou piora no quadro de saúde nas últimas 24 horas e buscou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento Oceania, na Capital

Morreu, neste domingo (11) em João Pessoa, o professor de química Vinicius Lins, aos 36 anos, vítima da Covid-19. Ele estava tratando a doença em casa há seis dias. De acordo com informações de familiares, ele apresentou piora no quadro de saúde nas últimas 24 horas e buscou atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Oceania, na Capital.

O jovem aguardava transferência para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Santa Isabel, mas não resistiu. O professor tinha uma filha, estava noivo e conforme a família, não tinha comorbidades.

Vinicius era especializado em Fundamentos da Educação, tinha mestrado em química e estava fazendo doutorado em Ciência dos Materiais.


 

 

 

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