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Foto: Evaristo Sá/AFP |
O
ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou neste sábado que o
governo vai implementar barreiras sanitárias em aeroportos, rodoviárias e
rodovias para conter a entrada da variante indiana da Covid-19.
Os
primeiros casos foram identificados no Maranhão, e a primeira medida
anunciada pela pasta será de enviar 600 mil testes rápidos para o estado
com o objetivo de acompanhar uma possível disseminação da nova
variante. Os testes devem sair de Guarulhos ainda neste domingo e
chegarão no final da tarde.
De acordo
com o ministro da Saúde, os passageiros que passarem por aeroportos ou
pelas fronteiras do estado precisarão fazer o teste rápido.
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Qualquer passageiro que tiver teste rápido positivo fará RT-PCR com a
pesquisa também genômica no intuito de detectarmos a possibilidade da
variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem
surgir em outros estados, e a conduta será a mesma — explicou Queiroga.
Rodrigo
Otávio Cruz, secretário executivo do Ministério, explicou que a pasta
está seguindo uma estratégia de busca ativa dos casos.
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A ideia é que a gente faça uma busca ativa em locais de circulação e
pontos de saída buscando pessoas sintomáticas e assintomáticas — disse.
Queiroga disse também que não há indícios de transmissão comunitária da variante indiana, mas que a pasta faz monitoramento.
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Mas antes da vedação dos indianos no Brasil chegavam pessoas da Índia.
Estamos buscando tudo isso para avaliar esses casos e conter uma
possível transmissão comunitária desse vírus — afirmou.
O processo
Os
testes serão feitos em locais de circulação de pessoas e pontos de
saída, como rodoviárias, aeroportos e rodovias, neste último caso, em
parceria com a Polícia Rodoviária Federal.
Ônibus
e carros que tiverem o Maranhão como origem também serão monitorados no
Terminal do Tietê, em São Paulo, e nas rodovias Fernão Dias e Dutra.
O
processo vai funcionar da seguinte forma: o viajante vai fazer um teste
rápido de Covid-19. Se der positivo, será submetido a um RT-PCR, que
tem uma precisão maior para o diagnóstico. No caso de um segundo
resultado positivo, essa pessoa precisará ser monitorada e isolada por10
dias.
No caso negativo, os passageiros receberão orientação de formas de prevenção e detecção de sintomas.
O vírus do caso positivo será coletado como parte do monitoramento genético para descobrir qual a variante.
A
decisão foi anunciada após uma reunião do ministro com o secretário de
Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, na manhã deste sábado. No
encontro, o secretário sugeriu um plano de ações que incluía a
instalação de barreiras sanitárias e triagem de pessoas provenientes do
Maranhão e da Argentina, onde a nova variante já foi identificada.
O
ministro citou esse encontro durante a entrevista coletiva, e disse que
também conversou com o secretário de Saúde da cidade do Rio de Janeiro,
Daniel Soranz.
Expansão
O secretário executivo do ministério afirmou que a ideia é que essa estratégia se expanda para outros municípios.
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As equipes de saúde farão uma triagem dos passageiros, dos grandes
equipamentos de movimentação de pessoas. A gente vai buscar as pessoas
sintomáticas e assintomáticas para fazer o teste, em caso de resultado
positivo se isola e vai investigar pra ver se o vírus corresponde a uma
variante indiana.
O Brasil chegou a suspender voos da
Índia na semana passada, após recomendação da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa). Voos de origem na Inglaterra, Irlanda do
Norte e África do Sul também estão suspensos porque a variante também
foi identificada nesses países.
O
ministro afirmou que a distribuição dos 3 milhões de testes que a pasta
tem vai começar com prioridade no Maranhão, devido ao caso da variante
indiana, e também a regiões de fronteira e aeroportos.
Na
segunda-feira, haverá reunião com representantes do Conselho Nacional
dos Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasem) com a
pasta para definir parâmetros para a distribuição mais ampliada de
testes.
fonte, O Globo