O governo João Doria (PSDB) multou o presidente Jair Bolsonaro, um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, por não usarem máscara durante ato com motoqueiros em São Paulo. O valor da autuação é de R$ 552,71, para cada.
"O documento endereçado às três autoridades pontua a necessidade da manutenção das medidas preventivas já conhecidas e preconizadas pelas autoridades sanitárias internacionais, como uso de máscara e distanciamento", diz a nota do governo de São Paulo.
A autuação destaca a importância do uso de máscaras para frear a disseminação da covid-19. "O uso (...) é amplamente preconizado pela comunidade científica mundial internacional e o governo do Estado de São Paulo tornou obrigatória a sua utilização em seu território", diz a justificativa da multa. "O Estado de São Paulo conta atualmente com mais de 3,4 milhões de casos e mais de 117 mil óbitos, com uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 84,1%".
Veja o documento abaixo.
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Adversário de Bolsonaro, Doria já havia dito na quarta-feira, no Palácio dos Bandeirantes, que, caso o presidente não usasse a proteção durante a motociata, seria multado por desrespeito às normas sanitárias. “Ele será multado como qualquer outro cidadão que não usar máscara”, disse. Nesta sexta-feira, 11, Bolsonaro respondeu questionando se Doria era o “doninho” de São Paulo.
No dia 21 de maio, o presidente foi multado pelo governo do Maranhão por descumprir as medidas sanitárias para enfrentamento da pandemia em vigor no Estado, comandado por Flávio Dino (PCdoB), uma das principais lideranças de oposição ao bolsonarismo.
O auto de infração citou como irregularidades a falta do uso de máscara de proteção facial e a promoção de evento com aglomeração em Açailândia, município localizado a 526 quilômetros da capital São Luís, onde o presidente esteve para entrega simbólica de títulos de terra.
Ato reúne milhares; Bolsonaro anda com capacete irregular
Milhares de motociclistas fazem manifestação em apoio ao presidente na manhã deste sábado. A concentração de apoiadores começou na zona norte da Capital e seguiu pela Marginal do Tietê. O destino é o Parque do Ibirapuera.
Durante o passeio de moto, Bolsonaro utiliza um capacete do tipo coquinho, que não protege o maxilar nem possui viseira. O uso desse equipamento é proibido pela Resolução 453/2013 do Conselho Nacional de Trânsito. É considerado uma infração grave, sujeita a multa. Ao sair para a motociata, Bolsonaro agradeceu o convite dos manifestantes e disse “acelera para Cristo”.