terça-feira, 17 de agosto de 2021

LULA CRITICA MILITARES E DIZ QUE SÓ CONVERSARÁ COM FORÇAS ARMADAS SE FOR ELEITO

 

Foto: Roberto Stuckert Filho

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os militares em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (16), em Pernanbuco, e disse que só se sentará para conversar com eles quando for eleito presidente. Membros das Forças Armadas rejeitam publicamente o retorno de Lula, em razão das condenações do petista na Lava Jato. O ex-presidente teve as condenações anuladas pelo Supremo após o juiz Sergio Moro ser considerado parcial pela Corte.

“O que nós vamos fazer com as Forças Armadas é ela cumprir o seu papel constitucional. As Forças Armadas existem para garantir a soberania nacional contra possíveis inimigos internos. Ela tem que tomar conta das nossas fronteiras, das nossas fronteiras terrestres, das nossas fronteiras marítimas. Ela tem que tomar conta do nosso espaço aéreo e ela precisa proteger o povo brasileiro. É isso que ela tem que fazer. E não se meter em política. Se quiser se meter em política, tira a farda, vai virar um cidadão comum e pode ser candidato a qualquer coisa, nós já tivemos”, disse.

O ex-presidente afirmou ainda que somente conversará com militares se for eleito. “Quando eu ganhar, eu vou conversar porque, aí, eu vou ser chefe deles e vou dizer o que eu penso e qual é o papel deles. Porque a democracia definitivamente não comporta um estado civil governado por quase 6 mil militares que estão em postos de confiança no governo Bolsonaro”.

No dia 4 de agosto, a CNN revelou que Lula prepara uma manifestação pública para tentar se aproximar dos militares. O ex-ministro da Justiça e do STF Nelson Jobim foi escalado para tentar fazer essa interlocução, mas vem encontrando dificuldades. Segundo petistas, isso irritou Lula, que resolveu então criticar abertamente militares.

A rejeição dos militares é baseada nas condenações pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva além dos processos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, todos ligados à operação Lava Jato. O ex-presidente foi condenado em segunda instância e chegou a ficar preso por 580 dias.

Militares da ativa e da reserva com que a CNN conversou disseram que a fala de Lula nesta segunda agrava uma situação de aproximação que já era difícil. Militares rejeitam o retorno de Lula para o Palácio do Planalto, sob o argumento de que se trata de alguém condenado por corrupção que só teria, na visão deles, sido absolvido em um movimento do Judiciário para trazer à arena eleitoral alguém capaz de vencer o presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

CNN Brasil

 

AVIÃO MILITAR COM CAPACIDADE PARA 100 PASSAGEIROS DECOLOU DO AFEGANISTÃO COM MAIS DE 600 A BORDO

 

Avião militar para 100 passageiros decolou do Afeganistão com mais de 600 a bordo – Defense One – 15.ago.21/Reuters

Com centenas de pessoas tentando fugir desesperadamente do Afeganistão, em cenas dramáticas no aeroporto internacional de Cabul, horas depois de o Talibã assumir o controle do governo, uma aeronave militar americana transportou, em segurança, 640 pessoas a bordo — a capacidade “oficial” do avião é de cerca de 100 passageiros.

De acordo com relatos publicados pela imprensa dos EUA, o C-17 Globemaster III operado pela Força Aérea dos EUA estava prestes a decolar rumo à base de al-Udeid, no Qatar, com alguns passageiros selecionados pelos americanos, na noite de domingo.

Contudo, a aeronave foi invadida, e centenas de pessoas se amontoaram no chão. Segundo o site Defense One, citando fontes do Departamento de Defesa, a tripulação “tomou a decisão de partir”, e cerca de 640 pessoas desembarcaram no destino final, em segurança. Inicialmente, falava-se em até 800 passageiros.

O aeroporto da capital afegã tem registrado cenas surreais de desespero de moradores buscando fugir da cidade. Na mais chocante delas, ao menos duas pessoas morreram após se alojar junto ao trem de pouso de um gigantesco cargueiro militar americano em plena decolagem —não se sabe se seria o mesmo C-17 que levou os cerca de 640 passageiros.

Dezenas de civis fizeram o mesmo com outros aviões militares e invadiram duas aeronaves comerciais estacionadas na pista. Ao menos sete pessoas morreram, de acordo com a agência de notícias Associated Press.

O aeroporto de Cabul foi transformado em uma espécie de embaixada de países ocidentais, que transferiram seu pessoal de helicóptero, para que fossem removidos em cargueiros. Além dos americanos, britânicos, franceses e alemães fizeram o mesmo, dando apoio a outros aliados ocidentais.

Após a manhã desta segunda-feira (16), os americanos suspenderam até mesmo os pousos militares, obrigando um avião alemão a desviar para o vizinho Uzbequistão.

Isso não impediu empurra-empurra e mais violência. Ao menos duas pessoas foram mortas, de acordo com o Pentágono, por se aproximarem armadas de barreiras com soldados americanos.

Além disso, os EUA recomendaram que empresas aéreas evitem voar também sobre o Afeganistão. Desde domingo, isso foi acatado por United Airlines, British Airways e Virgin Atlantic. Nesta segunda, foi a vez de Qatar Airways, Singapore Airlines, Taiwan’s China Airlines, Air France, KLM e a Lufthansa.

Os americanos ocupavam o Afeganistão com tropas militares desde 2001, após os atentados terroristas de 11 de setembro, quando os americanos retiraram o Taleban do poder. Antes, o grupo fundamentalista governou o país por cinco anos, em um regime marcado pela violência e pelo desrespeito aos direitos humanos.

Após 20 anos de guerra, no entanto, as tropas ocidentais não conseguiram fortalecer o Estado afegão, e bastou o anúncio do governo Joe Biden de que retiraria os militares do país para que, em poucas semanas, o Taleban retomasse o poder, numa ofensiva militar que se concretizou neste domingo.

Até aqui, o grupo fundamentalista islâmico tem cumprido sua promessa de não impedir a saída de pessoal ocidental do Afeganistão. É incerto, contudo, o que fará em relação a afegãos com a mesma ideia.

Folha de São Paulo

‘ESTOU CHORANDO DIA E NOITE’: O DRAMA DAS AFEGÃS DIANTE DO TALEBÃ

 

 

Foto: Reuters

“Não acredito que o mundo abandonou o Afeganistão. Nossos amigos vão ser mortos. Eles vão nos matar. Nossas mulheres não terão mais direitos”, lamentou, com voz embargada, uma passageira afegã que havia acabado de desembarcar na Índia vinda de seu país natal.

Seu desespero é compartilhado por muitos, sobretudo mulheres, no Afeganistão. Elas temem um retrocesso em seus direitos com o país novamente sob o controle do grupo extremista Talebã.

Algumas das que fugiram de áreas controladas pelo Talebã disseram que os militantes exigiam que as famílias entregassem meninas e mulheres solteiras para se tornarem esposas de seus combatentes.

Muzhda, de 35 anos, uma mulher solteira que fugiu de Parwan para Cabul com suas duas irmãs, afirmou que tiraria a própria vida a permitir que o Talebã a obrigasse a se casar.

“Estou chorando dia e noite”, disse ela à agência de notícias AFP.

Mulheres de áreas controladas pelo Talebã também descreveram ser forçadas a usar burcas — veste que cobre todo o corpo, e possui uma estreita tela, à altura dos olhos, através da qual se pode ver — e militantes espancaram pessoas por infringirem as regras sociais.

A vida sob o Talebã na década de 1990 forçou as mulheres a usar a vestimenta. Os islamistas radicais restringiram a educação para meninas com mais de 10 anos e punições brutais foram impostas, incluindo execuções públicas.

No domingo — dia útil nos países muçulmanos, um tuíte de uma ex-embaixadora da juventude da ONU, Aisha Khurram, sobre a situação na Universidade de Cabul viralizou.

No domingo, o Talebã tomou a capital afegã e passou a controlar a totalidade do país.

A ofensiva relâmpago do grupo extremista ocorre pouco meses após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de que iria retirar as tropas americanas do país, com previsão para a saída total em setembro.

Desde então, o Talebã foi ganhando cada vez mais terreno — e impôs suas regras nas áreas que passou a controlar.

Foi o caso do distrito onde vive a parteira Nooria Haya (nome fictício), de 29 anos.

Em entrevista à BBC, ela disse que seus dias de trabalho incluíam regularmente reuniões e discussões com médicos do sexo masculino. Mas, recentemente, ela descobriu que essas interações entre pessoas de sexos opostos estavam proibidas.

Segundo Nooria, foi a primeira ordem que o Talebã deu a eles quando o grupo assumiu o controle da região.

“Há muitas restrições agora. Quando saio de casa, tenho que usar a burca, conforme ordenado pelo Talebã, e um homem tem que me acompanhar”, relatou.

Pela primeira vez, portanto, ela pôde sentir na pele como seria sua vida dali em diante.

Assim como Haya, muitas mulheres jovens nunca tinham presenciado a maneira como o Talebã fazia justiça e governava as áreas sob seu controle — o grupo extremista governou o Afeganistão de 1996 a 2001, quando o país foi invadido por tropas internacionais lideradas pelos Estados Unidos.

“De repente, a maior parte de nossas liberdades foi retirada de nós”, disse Nooria. “É tão difícil. Mas não temos escolha. Eles são brutais. Temos que fazer o que eles dizem. Eles estão usando o Islã para seus próprios fins. Todos somos muçulmanos, mas suas crenças são diferentes.”

BBC

 

PF prende cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária no Rio por favorecer traficantes

Secretário Raphael Montenegro foi preso por negociar com bandidão 'Marcinho VP'

acessibilidade:
Raphael Montenegro, secretário de Administração Penitenciária (Seap) do RJ, é preso por negociar com Comando Vermelho
 
 

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (17), o secretário estadual de Administração Penitenciária (Seap) do Rio, Raphael Montenegro, junto de dois subsecretários do órgão, Sandro Farias Gimenes, superintendente, e Wellington Nunes da Silva, da gestão operacional.

De acordo com as investigações, as principais cadeiras da Seap teriam realizado acordos com as cabeças do Comando Vermelho (CV), a maior organização criminosa do estado.

A PF apontou que dentre as negociações, o CV teria pedido o retorno de presidiários internados na Penintenciária de Catanduvas, Paraná, para as prisões do Rio de Janeiro. Os criminosas também teriam pedido a entrada de pessoas e objetos proibidos.

O CV também negociou com a pasta a soltura do traficante Wilson Carlos Rabello Quintanilha, conhecido como abelha, considerado pelo Estado como “um criminoso de altíssima periculosidade”. 

 

 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Nota de pesar pelo falecimento do 3º Sargento PM André Lima...

 

É com imenso pesar, que a Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte comunica o falecimento do 3º Sargento PM André Luiz Ferreira de Lima, aos 45 anos de idade.
Sgt André Lima ingressou na corporação no ano de 2000 e atualmente estava lotado no 8ª BPM, na cidade de Nova Cruz/RN.
O Praça não resistiu aos ferimentos causados após se envolver em um acidente automobilístico, madrugada deste domingo (15), no município de Logradouro/PB.
A Polícia Militar lamenta a morte prematura e trágica deste honrado profissional de segurança pública, externando aos amigos, companheiros de trabalho e familiares, os nossos sentimentos de mais profundo pesar.

sábado, 14 de agosto de 2021

Festa da Pedra Pão de Açúcar em caiçara/PB acontece neste domingo 15/08/2021

prefeituras de Tacima, Logradouro e Caiçara realizam neste domingo, 15 de agosto a festa da pedra pão de açúcar, este ano celebrando 103 anos de tradição.



Seguindo a tradição, no começo da manhã, uma procissão dedicada à Nossa Senhora da Boa Morte (Nossa Senhora da Assunção), santa do dia, parte da matriz de Caiçara até a base da rocha. No local será celebrada uma missa. Em seguida, apresentações culturais e shows se revezarão durante todo o dia, com Forró dos primos, Geovany, Roberto Sanfoneiro, Júnior Pressão e Zé Carlos.

As 08h30 sairá do Braga de Tacima uma cavalgada seguindo até a pedra.

Para marcar a data o pesquisador Jocelino Tomaz de Lima, com apoio das prefeituras envolvidas, lançara o livreto “Festa da Pedra, Cem Anos de Fé, Tradição e Turismo”, sobre as curiosas histórias em torno dessa rocha.

O rochedo, de 108m de altura, localiza-se no território de Tacima/PB..

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Aras alerta que prisão de Jefferson é censura prévia, e inconstitucional

 

PGR afirma que se manifestou nos autos contra ordem do ministro Moraes


Procurador-geral da República Augusto Aras. Foto: Antonio Augusto/SecomPGR
 

Através de nota pública divulgada na tarde desta sexta-feira (13), o procurador-geral da República, Augusto Aras, esclareceu que, ao contrário de afirmações divulgadas em reportagens, a Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se tempestivamente, alertando que representaria uma censura prévia à liberdade de expressão, vedada pela Constituição Federal, a prisão preventiva do ex-deputado federal Roberto Jefferson, determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

O presidente nacional do PTB foi preso na manhã desta sexta, acusado de atacar instituições democráticas, no inquérito contra milícias digitais. E Aras ressaltou, em sua nota de esclarecimento, que a “PGR não contribuirá para ampliar o clima de polarização que, atualmente, atinge o país, independentemente de onde partam e de quem gere os fatos ou narrativas que alimentam os conflitos”.

Além de prender seu crítico contumaz, que tem usado ataques e xingamentos contra sua atuação e de ministros do STF, Alexandre de Moraes determinou bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em rede sociais e a apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento de dados.

Veja os esclarecimentos de Aras sobre o caso, divulgados pela Secretaria de Comunicação Social da PGR:

– Ao contrário do que apontam essas matérias, houve, sim manifestação da PGR, no tempo oportuno, como ocorre em todos os procedimentos submetidos à unidade.

-Em respeito ao sigilo legal, não serão disponibilizados detalhes do parecer, que foi contrário à medida cautelar, a qual atinge pessoa sem prerrogativa de foro junto aos tribunais superiores. O entendimento da PGR é que a prisão representaria uma censura prévia à liberdade de expressão, o que é vedado pela Constituição Federal.

-A PGR não contribuirá para ampliar o clima de polarização que, atualmente, atinge o país, independentemente de onde partam e de quem gere os fatos ou narrativas que alimentam os conflitos.

– O trabalho do PGR e de todos os Subprocuradores-Gerais da República (SPGRs) que atuem a partir de delegação estabelecida na Lei Complementar 75/1993 – seguirá nos termos da Constituição Federal, das leis e da jurisprudência consolidada no STF, todos garantidos pela independência funcional.

-As diretrizes acima mencionadas serão observadas na análise dos procedimentos referentes a posicionamento do presidente da República sobre o funcionamento das urnas eletrônicas: haverá manifestação no tempo oportuno, no foro próprio e conforme a lei aplicável às eventuais condutas ilícitas sob apreciação do Ministério Público. fonte, diariodopoder.com.br

 

 

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PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas por tentativa de golpe de Estado Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/pf-indiciamento-bolsonaro-militares-suposta-tentativa-golpe-estado/ Copyright © 2024, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.

Além de Bolsonaro, o vice na chapa à reeleição em 2022, Braga Netto, também teve o indiciamento pedido pela PF.|  A Polícia Federal indiciou...