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As manifestações marcadas para o 7 de Setembro entraram no radar das secretarias estaduais de segurança pública e do Congresso. Isso porque são esperados atos a favor e contra o presidente Jair Bolsonaro na maioria dos estados. Na quinta-feira(26), líderes de oposição na Câmara assinaram um requerimento para convocar o ministro da Justiça, Anderson Torres, a explicar as medidas tomadas pela pasta para evitar ataques contra instituições no feriado.
Com temor de protestos violentos, Senado, Câmara e o Supremo Tribunal Federal (STF) pediram ao governo do Distrito Federal um reforço na segurança da Esplanada dos Ministérios. Fontes ouvidas pelo Correio afirmam que, apesar de ainda não existir um planejamento especial, os militares estão preparados para conter qualquer possível ação violenta.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) decretou ponto facultativo às vésperas do feriado para evitar aglomerações e confusão. A reportagem questionou o chefe do Executivo local sobre outras estratégias para evitar conflitos e sobre os riscos de manifestações antagônicas. Ele afirmou que “manterá a segurança da população e dos manifestantes pacíficos”, e que o plano de contingência está sendo elaborado pela Secretaria de Segurança (SSP/DF).
De todo o país caravanas vão invadir as principais capitais brasileiras, principalmente Brasília e São Paulo. As manifestações em favor do presidente Bolsonaro são as mais divulgadas. O presidente vai participar dos atos democráticos em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo.
Nesta semana, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou um coronel da Polícia Militar que convocou colegas a participar de ato pró-Bolsonaro no Dia da Independência. Por lei, a participação de PMs em atos políticos é vedada. As forças de segurança também estão atentas a vídeos publicados nas redes sociais, nos últimos dias, que incitam a população a praticar atos criminosos e violentos contra o STF e o Congresso.
Também em São Paulo, a ação Fora Bolsonaro, que reúne mais de 80 movimentos e marcou manifestações contra o presidente da República em todo o país, foi proibida de fazer protestos neste 7 de Setembro. Apesar de ter marcado os atos antes dos bolsonaristas, perdeu o direito de usar a Avenida Paulista, por uma decisão da PM. Assim, mudaram a manifestação para o Vale do Anhangabaú — palco de protestos históricos das Diretas Já, na década de 1980.
fonte., Correio Braziliense