O ex-presidente Lula
desembarcou em Brasília nesta segunda-feira (3/5) com uma missão
central em sua agenda: articular o auxílio emergencial de R$ 600 até o
fim da pandemia para os mais pobres. O petista deve manter conversas com
diversas lideranças políticas, inclusive do Congresso Nacional, nesse
sentido.
Como
explicou a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), ao jornal O
Globo, tanto o partido quanto Lula estão certos de que garantir um
valor emergencial de R$ 600 não afeta as finanças brasileiras. “É
possível e razoável fazer isso”, disse a deputada federal pelo Paraná.
Além
de possível, o auxílio emergencial mais alto é extremamente necessário,
num momento em que o desemprego afeta mais de 14 milhões de pessoas e a
fome atinge mais de 19 milhões de brasileiras e brasileiros.
Lula chega a Brasília no início da CPI da Covi
Coincidência ou não, o ex-presidente Lula chegou no DF na véspera dos depoimentos na CPI da Covid, no Senado, que ouvirá nesta terça-feira (4/5) o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM).
O PT acredita que Bolsonaro praticamente se inviabilizou
eleitoralmente por causa da má gestão na pandemia. O partido afirma que o
mandatário é réu confesso e que prescreveu a Cloroquina para enganar e
matar brasileiros.
“A
cloroquina foi peça fundamental na propaganda negacionista de Bolsonaro
e um dos motivos de ele trocar médicos por um general no comando do
Ministério da Saúde”, diz o site da legenda.
Além de Mandetta, a
CPI da Covid no Senado ainda irá ouvir Nelson Teich e Eduardo Pazuello
—, além do atual ocupante da pasta, Marcelo Queiroga, e do presidente da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra
Torres.
Segundo o partido de Lula, as audiências serão uma oportunidade de,
entre outras coisas, explicar ao país por que Jair Bolsonaro defendeu
tanto o uso da hidroxicloroquina e outras drogas sem eficácia, o
famigerado Kit Covid. Hoje, já ficou claro que o atual presidente nunca
se importou com o fato de os remédios funcionarem ou não contra o novo
coronavírus. A principal função desses medicamentos sempre foi dar aos
brasileiros uma falsa sensação de segurança.