Deputado paraibano derrotou Marcel van Hattem (Novo-RS) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).
foto rede sociais;
O Conselho Federal de Medicina (CFM) cumprimenta o deputado Hugo
Motta (Republicanos-PB) por sua eleição à presidência da Câmara dos
Deputados, ocorrida neste sábado, 1º de fevereiro de 2025. Aos 35 anos,
Hugo Motta é médico formado pela Universidade Católica de Brasília e
iniciou sua trajetória política em 2010, quando se tornou o deputado
federal mais jovem da história do país aos 21 anos.
“A ascensão de um médico à presidência da Câmara dos Deputados é
motivo de orgulho para toda a classe médica. Desejamos ao deputado Hugo
Motta uma gestão profícua e o CFM segue atuante, à disposição do
Congresso Nacional para fornecer dados técnicos e científicos que
subsidiem o trabalho legislativo”, afirmou o presidente do CFM, José
Hiran Gallo.
Hugo Motta ao lado de Manoel Vital, prefeito de Boa Ventura (PB) (Foto: Reprodução / Redes Sociais)
O
deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB) foi eleito neste sábado
(1º) presidente da Câmara dos Deputados e ficará no comando da Casa
pelos próximos dois anos, até 2027.
Ele é o mais jovem a ocupar o
posto na história da Casa, com 35 anos. Motta obteve 444 votos, a
segunda maior votação para um presidente da Câmara. A primeira foi a do
seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL), com 464 votos em 2023.
Dos 513 deputados, 499 votaram. Marcel van Hattem (Novo-RS) teve 31 e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) teve 22 votos.
Além
de definir as pautas de votação do plenário, o presidente da Câmara
tem, entre outras prerrogativas, a de abrir, ou não, um processo de
impeachment para afastar o presidente da República.
Antes de ser eleito, Motta, um dos expoentes do Centrão, fez um discurso no qual deu o tom de seu mandato: a defesa da Câmara.
Motta
destacou a necessidade de uma Câmara independente, capaz de atuar sem
interferências externas e de forma harmônica com os demais Poderes.
Juntos,
vamos fortalecer institucionalmente a Câmara, manter a sua autonomia e
independência em relação aos demais Poderes. É salutar compreendermos
que uma boa gestão de país se faz com respeito, pressuposto da
harmonia", afirmou.
O deputado também enfatizou que a imunidade
parlamentar deve ser garantida e respeitada, argumentando que essa
prerrogativa é essencial para a atuação dos congressistas. "Queremos uma
Câmara forte, com a garantia de nossas prerrogativas e em defesa de
nossa imunidade parlamentar", disse.
Apoio da esquerda, do centro e da direita
Motta
foi eleito com o apoio de quase todos os partidos com representantes na
Casa, as exceções são PSOL e Novo, que lançaram candidatos próprios.
Com
um arco de apoio de 18 partidos, que foi do PL ao PT, o deputado se
comprometeu a distribuir cargos, assegurou a governistas que não será um
adversário da gestão Lula e fez acenos a avanços de pautas defendidas
pela oposição.
Além disso, prometeu dar maior previsibilidade à
agenda de votações e defender prerrogativas de deputados e o
fortalecimento da Câmara.
O paraibano foi escolhido pelo então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), como candidato a sua sucessão.
Trajetória
Motta
está em seu quarto mandato como deputado federal. Chegou à Câmara em
2011 pelo PMDB. Em 2018 mudou para o PRB, que alterou o nome para
Republicanos em 2019.
Na Câmara, Motta tem um perfil discreto, mas
de muita articulação nos bastidores. Ele atua alinhado ao setor
financeiro, ao agronegócio e tem bom diálogo com a bancada evangélica.
Se
tornou líder do Republicanos em fevereiro de 2021 e ficou na posição
até fevereiro do ano seguinte e assumiu a cadeira novamente em janeiro
de 2023.
Também foi líder do bloco formado por MDB, PSD, Republicanos e Podemos de novembro de 2023 a abril de 2024.
Na
atual legislatura, Motta foi suplente da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), titular da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) e
suplente da CPI que investigou fraudes nas Americanas.