Para monitorar o abastecimento e os preços do grão no Brasil, o governo federal assinou um acordo com os produtores e indústria do arroz. Além disso, lançou um programa para incentivar os agricultores familiares a produzir grão, como mostrado abaixo.
Na noite de quarta-feira (3), os ministros Carlos Fávaro da Agricultura e Paulo Teixeira do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Edegar Pretto, presidente da Conab, assinaram um acordo com o setor produtivo.
Agricultores e indústria se comprometeram em manter uma oferta regular de arroz e preços justos ao longo da cadeia – até chegar ao consumidor – além de manutenção de estoques nos centros consumidores e alternativas que favoreçam o abastecimento em regiões mais vulneráveis, explicou Andressa Silva, diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz).
Em contrapartida, o governo se comprometeu a não realizar leilões para importar o grão, embora a medida provisória que autoriza a operação ainda esteja vigente até setembro.
Como funcionará?
Na reunião, ficou decidido que a Câmara Setorial do Arroz vai criar um grupo de trabalho para monitorar o comportamento do mercado do grão, com a participação da Conab.
A Câmara Setorial do Arroz é um órgão consultivo do Ministério da Agricultura formado por entidades representativas do setor privado. Além disso, o governo diz que o Mapa, o MDA e a Conab vão atuar em parceria com o setor para levar arroz a preços acessíveis ao consumidor brasileiro.
Na quinta-feira (4), o governo federal também lançou o programa “Arroz da Gente”, uma das ações do Plano Safra deste ano, que é a principal política de financiamento público da agropecuária.
Segundo o governo, a medida contará com crédito a juros menores, acompanhamento técnico, garantia de comercialização, além de facilitação de acesso a pequenas máquinas, colheitadeiras e silos secadores de pequeno porte. A ideia, segundo a Conab, é zerar a colheita manual.
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