O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, adora posar de gestor eficiente e independente. Mas sua narrativa tem buracos convenientes — e bem calculados.
Por (mau) exemplo, Allyson nunca menciona os mais de R$ 100 milhões em obras viabilizadas com recursos do Finisa. O motivo? Esse financiamento foi conquistado ainda na gestão da ex-prefeita Rosalba Ciarlini (PP). A história começa antes dele, mas Allyson faz questão de reescrevê-la.
Também não há menção, em seus discursos e postagens, aos quase R$ 50 milhões que sua gestão recebeu por meio do mandato do ex-deputado Beto Rosado (PP). Recursos que estão sendo usados para pavimentação de ruas, construção de UBSs e outras melhorias. A origem desses valores parece não importar, desde que ele possa colher os louros.
E o novo anel viário de Mossoró? Allyson fala da obra, mas silencia sobre como ela se tornou possível: um projeto aprovado pelo senador Rogério Marinho (PL) ainda no governo Bolsonaro, com mais de R$ 60 milhões agora sendo liberados pelo governo Lula (PT). Uma soma de esforços — estaduais e federais — ignorada pelo marketing municipal.
Ser gestor é também reconhecer parcerias e respeitar a verdade dos fatos. O prefeito pode até tentar parecer bonzinho, mas sua omissão é tudo, menos inocente.
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