Ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta – Foto: Isac Nóbrega/PR
A
Comissão Parlamenta de Inquérito (CPI) da Covid no Senado ouve, nesta
3ª feira-feira (04), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.
Cada
integrante da CPI terá 5 minutos para questionar os ex-ministros. Esses
terão 5 minutos para responder. Haverá, se necessário, 3 minutos de
réplica e 3 minutos de tréplica.
São 18 integrantes do colegiado,
os quais devem ter prioridade para fazerem seus questionamentos. Segundo
o regimento interno da Casa, entretanto, todos os senadores que
quiserem podem fazer perguntas. Estes, entretanto, só terão 3 minutos
para isso.
O Ministério da Saúde começa a distribuir nesta
segunda-feira (3), 1 milhão de doses da vacina da Pfizer/BioNTech aos
26 estados do país e ao Distrito Federal. A distribuição começa após
pedido de estados e municípios, que solicitaram mais tempo para
organizar o armazenamento do imunizante, que precisa ser mantido em
temperaturas baixas.
No total, a pasta recebeu 1 milhão de doses na última quinta (29). Nesta
remessa, serão enviadas 499,5 mil doses para a primeira aplicação,
divididas de forma proporcional e igualitária entre todos os estados e
Distrito Federal. As doses para a segunda aplicação serão distribuídas
nas próximas semanas.
De acordo com o ministério, a vacina da Pfizer está sendo destinada para
vacinação de pessoas com comorbidades, gestantes e puérperas, e pessoas
com deficiência permanente. A comprovação das comorbidades pode ser
realizada com exames, receitas, relatório ou prescrição médica, entre
outros.
A logística de distribuição das vacinas da Pfizer foi montada levando em
conta as suas condições de armazenamento, que difere dos demais insumos
já adquiridos e distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No Centro de Distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos, as doses
estão armazenadas a uma temperatura de -90 graus Celsius (°C) a -60°C.
Ao serem enviados aos estados, os imunizantes estarão expostos a
temperatura de -20°C. Nas salas de vacinação, onde a refrigeração é de
2ºC a 8°C, as doses precisam ser aplicadas em até cinco dias.
Por causa dessas particularidades, o Ministério da Saúde orienta que,
neste momento, a vacinação com o imunizante se restrinja às 26 capitais
brasileiras e ao Distrito Federal, de forma a evitar prejuízos e
garantir o esquema vacinal de 12 semanas entre uma dose e outra.
Doses distribuídas
De acordo com nota do ministério distribuída hoje, a campanha de
vacinação contra a covid-19, que começou em 18 de janeiro já distribuiu
cerca de 70 milhões de doses, incluindo este lote da Pfizer, alcançando
aproximadamente 43,7 milhões de brasileiros.
Três em cada quatro brasileiros perderam alguém para a covid-19, indicou
um levantamento divulgado hoje pela Confederação Nacional da Indústria
(CNI). Entre aqueles que conhecem alguém que morreu na pandemia, 53%
disseram ter perdido um amigo, 25% um parente que mora em outra
residência e 15% um colega de trabalho.
Os porcentuais, que
fazem parte da pesquisa “Os brasileiros, a pandemia e o consumo”,
divulgado hoje pela CNI, são indícios do impacto da pandemia do novo
coronavírus sobre as famílias brasileiras. Até a noite de ontem, mais de
407 mil pessoas já haviam morrido de covid-19 no País, conforme dados
compilados pelo consórcio dos veículos de imprensa, formado por Estadão,
G1, O Globo, Extra, Folha e UOL.
O levantamento da CNI,
realizado pelo Instituto FSB Pesquisa, mostra que 75% dos brasileiros
conhecem alguém que já morreu de covid-19. Foram entrevistadas 2.010
pessoas com mais de 16 anos, nas 27 unidades da Federação, entre os dias
16 e 20 de abril. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos
porcentuais, com intervalo de confiança de 95%.
A pesquisa
mostrou ainda que 56% da população brasileira possui atualmente um medo
“muito grande” ou “grande” da covid-19. O porcentual sugere um aumento
das preocupações, na esteira da segunda onda da pandemia neste ano de
2021. Em julho do ano passado, quando outro levantamento foi realizado,
este porcentual era de 47%.
Entre 22% da população o medo atual
da pandemia é classificado como “médio” e 9% o qualifica como “pequeno”
ou “muito pequeno”. Em julho de 2020, 29% das pessoas diziam que o medo
da pandemia era “médio” e 10% que era “pequeno” ou “muito pequeno”.
A
relação dos brasileiros com a pandemia traz impactos diretos para a
atividade econômica. Por meio de nota à imprensa, o presidente da CNI,
Robson Braga de Andrade, defendeu que “enquanto não houver uma vacinação
em massa, a pandemia será motivo de grande preocupação para a população
e continuará afetando o funcionamento das empresas, dificultando a
esperada retomada da economia”.
Conforme o consórcio de
imprensa, 31.875.681 pessoas haviam recebido pelo menos a primeira dose
de vacina contra a covid-19 até o último domingo, 2. O número
corresponde a apenas 15,05% da população brasileira. Na prática, de cada
20 brasileiros, somente 3 já receberam uma dose da vacina. O porcentual
de quem já recebeu as duas doses é de apenas 7,49% da população.
Neste
cenário, a pesquisa da CNI mostrou que 89% dos brasileiros consideram a
pandemia no Brasil “muito grave” ou “grave”. Outros 6% a classificam
como “mais ou menos grave”, enquanto apenas 10% dos brasileiros a tratam
como “pouco grave” ou “nada grave”. Em julho de 2020, 84% das pessoas
consideravam a pandemia “muito grave” ou “grave”.
O Rio Grande do Norte recebeu nesta
segunda-feira (3), um novo lote de vacinas contra Covid-19. De acordo
com dados do governo, são 108.770 doses de vacinas, sendo 101.750 doses
da AstraZeneca e 7.020 doses da Pfizer.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina da Pfizer está sendo
destinada para vacinação de pessoas com comorbidades, gestantes e
puérperas, e pessoas com deficiência permanente. A comprovação das
comorbidades pode ser realizada com exames, receitas, relatório ou
prescrição médica, entre outros.
Por causa dessas particularidades, o Ministério da Saúde orienta que,
neste momento, a vacinação com o imunizante se restrinja às capitais
brasileiras e ao Distrito Federal, de forma a evitar prejuízos e
garantir o esquema vacinal de 12 semanas entre uma dose e outra.
Já as doses da AstraZeneca devem ser distribuídas aos 167 municípios do Rio Grande do Norte.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse
hoje (3) que o governo tem como prioridade a vacinação e como horizonte
imunizar toda a população contra o coronavírus ainda em 2021. “Estamos
muito entusiasmados com a perspectiva de vacinar toda a nossa população
até o final do ano. Isso é plausível”, enfatizou ao participar de um
evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Segundo ele, o governo tem buscado ampliar a vacinação, mas enfrenta a
falta de doses que afeta todo o mundo. “Não temos doses de vacinas
suficientes, isso não é só um problema do Brasil, é um problema do mundo
inteiro”, ressaltou após dizer que já foram contratadas mais de 530
milhões de doses de imunizantes.
Além da vacinação, Queiroga disse que deve ser ampliada a testagem e o
uso de protocolos sem medicamentos, como as máscaras, nos próximos
meses. De acordo com o ministro, as medidas são necessárias para
promover a reabertura da economia que enfrenta diversas restrições
devido as quarentenas para evitar a disseminação do vírus. “Não há como o
governo continuar através de auxílios emergenciais segurando a nossa
população. Sem desmerecer o auxílio emergencial que no ano passado foi a
mais potente política social praticada no mundo contra a covid-19”.
O ministro disse que devido aos cortes até mesmo o atual orçamento
destinado à saúde “é insuficiente para cumprir todas as necessidades”.
No entanto, Queiroga disse que já busca tais recursos com a área
econômica. “O ministro Paulo Guedes já me assegurou que serão feitos as
modificações necessárias [no orçamento] para que não falte dinheiro para
a assistência à saúde”, acrescentou.
O Departamento Estadual de Trânsito do RN
(Detran) abre, a partir desta segunda-feira (03), o setor de Registro de
Veículos em Natal (sede administrativa) e em Mossoró para atendimento
ao público de maneira gradual. Nesse primeiro momento, os serviços
retomados nos dois polos de atendimento presencial compreendem a
transferência de propriedade de veículo, primeiro emplacamento,
reposição de placas veicular, mudança de característica de automóveis,
abertura de processo com vistoria já realizada e vistoria de transporte
escolar.
O coordenador de Registro de Veículos do Detran,
Carlos Silvestre, alertou que todos os serviços presenciais oferecidos
em Natal e Mossoró devem ser agendados, pois somente assim o cidadão
poderá garantir o atendimento. A medida visa controlar e organizar o
fluxo de pessoas dentro do Órgão no intuito de evitar aglomerações,
seguindo rigorosamente as regras de prevenção e combate ao novo
coronavírus determinadas pelas autoridades sanitárias.
Os
agendamentos devem ser realizados no endereço online no site do Detran
(www.detran.rn.gov.br). Na primeira página, o usuário vai no ícone
Agendamentos e seleciona o serviço desejado. Na opção Veículos, estão
disponíveis “Abertura de processos”, “Liberação de Veículos Apreendido”,
“Vistoria”, entre outros. O usuário seleciona e serviço desejado e,
dentro das opções disponíveis, escolhe dia e horário para realizar.
Um
ponto importante é que para entrar nas unidades do Detran em Natal e
Mossoró, os usuários precisam levar o comprovante do agendamento e
utilizar máscara de proteção facial. Somente será permitido o acesso de
uma pessoa por veículo e a entrada nas dependências do Detran só será
liberada 30 minutos antes do horário marcado para o serviço, a fim de
evitar aglomeração de pessoas no espaço físico do órgão.
A
retomada dos serviços presenciais do Detran também abrange a
Coordenadoria de Habilitação de Condutores que desde a semana passada
atender em Natal (sede administrativa) e Mossoró. Outra medida tomada
pela Direção do Órgão, dessa vez no sentido de beneficiar os cidadãos do
interior do Estado, foi a retomada dos testes práticos itinerantes de
habilitação de condutores, que são aqueles que vão aos municípios para
serem aplicados.
A proporção de mortes de
idosos com 80 anos ou mais caiu pela metade no Brasil após o início da
vacinação contra a covid-19. Os dados fazem parte de um estudo liderado
pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O percentual médio de
vítimas dessa faixa etária era de 25% a 30% em 2020 e passou para 13% no
final de abril. Quando teve início a imunização, em janeiro de 2021, o
percentual era de 28%.
De acordo com o Cesar Victora,
epidemiologista e líder da pesquisa, outros estudos já demonstraram a
associação entre a vacinação e a queda nas internações e nas mortes, por
exemplo a partir dos dados da população de Israel. A novidade desta
análise é que o mesmo se confirma em um cenário com predominância da
variante P1. Em Israel, a imunização alcança mais de 55% da população,
segundo dados da plataforma Our World in Data, da Universidade de
Oxford.
A pesquisa liderada pela UFPel indica que pelo menos
13,8 mil mortes de brasileiros com 80 anos ou mais em um intervalo de
oito semanas foram evitadas. O país registra 407.639 mortes por
covid-19, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada nesse
domingo (2). Em 24 horas, foram 1.202 novas mortes. A aplicação da
primeira dose alcança cerca de 14% dos brasileiros; e 6,5% receberam as
duas doses.
Os dados utilizados na análise foram
disponibilizados pelo Ministério da Saúde e referem-se ao período de 3
de janeiro a 22 de abril. Nessas datas, 171.454 pessoas morreram pelo
novo coronavírus no Brasil.
No começo de 2021, a taxa de
mortalidade entre pessoas de 80 anos ou mais era 13,7 vezes maior do que
para pessoas com zero a 79 anos. De acordo com o estudo, essa relação
caiu para 6,9 vezes no início de abril.
As estimativas dos
pesquisadores apontam que, com a nova cepa, se o número de mortes entre
os mais idosos tivesse continuado no mesmo ritmo observado para grupos
etários mais jovens, seriam esperadas quase 48 mil mortes contra as
34.168 registradas no período.
Os níveis nacionais de cobertura
vacinal com a primeira dose nessa faixa etária chegaram a 50% na
primeira quinzena de fevereiro, a 80% na segunda quinzena do mês e ficou
em 95% em março. Os pesquisadores apontam que os resultados de queda da
mortalidade encontrados são compatíveis com o efeito protetor da
primeira dose e deve aumentar a partir da segunda.
O estudo
também confirma que as vacinas aplicadas no Brasil protegem mesmo em um
cenário em que a P1 predomina. Pesquisas com profissionais de saúde
vacinados em Manaus e São Paulo já demonstravam essa proteção.