Mesmo diante da maior crise de saúde sanitária que mundo já viveu,
onde deveria prevalecer a união e fraternidade de TODOS, sejam eles,
governos, empresas, instituições e sociedade civil, na prática
encontramos um ambiente de ódio, de retórica política para todos os
lados, de fazer o oposto do outro só para ser contraponto.
Penso que temos vários genocidas nessa pandemia, e vou explicar o
porquê. Todos aqueles que politizaram ou tentaram tirar qualquer
vantagem, seja individual ou coletiva, pode-se dizer um protótipo de
genocida.
Se por um lado tivemos a nossa nacional liderança nacional agindo de
forma “desadequada ou irresponsável”, pensando apenas na
sustentabilidade da economia, fator determinante para avaliação de um
governo, consequentemente elemento fundamental para sua aprovação
popular e reeleição.
Por outro, tivemos governadores, montando “governo central paralelo”.
Criaram um consórcio para realizar ações unicamente políticas, já que
de concreto só houve o gasto inútil de dinheiro público, com compras
irregulares e fraudes, sendo assim, apenas mais um puxadinho para
abrigar alguns com supersalários. Em paralelo fizeram o movimento do
fecha tudo, somente para desestabilizar a economia com fins eleitorais.
Ciência envolvida nessas decisões? Balela.
Se houvesse ciência, que sentido faz o transporte público funcionar
quando aplicada uma política de Lockdown total? Nenhum. Apesar de
previsto no artigo 6º da constituição como direito social, em uma
situação de guerra, como essa que estamos vivendo, também precisaria ter
sido repensado seu funcionamento.
O que é mais agressivo, pequenos comércios onde boa parte são
operados pelos seus próprios donos ou funcionários com acesso ao
transporte individual, estes, seguindo os protocolos de segurança? Ou os
ônibus e suas paradas devidamente lotados e sem qualquer medida
protetiva?
Vivemos um verdadeiro neoconstitucionalismo promovidos por operadores
do direito extremamente politizados, o STF tem declarado constitucional
o inconstitucional, proferindo decisões políticas, desagregadoras, num
momento em que se espera equilibro e imparcialidade daqueles que julgam o
destino das pessoas.
Parte da imprensa também carrega sua parcela de culpa, quando colocam
lideranças e gestores contra a parede sem critérios, num momento de
grandes incertezas, em que nada se sabia e pouco se sabe da doença,
portanto, passaram a desinformar por não concordar com governante “a” ou
“b”, jogando-os como inimigos para sociedade, apenas por eles pensarem
ou agirem diferente de como eles gostariam.
Tivemos um Ministro da Saúde, a segunda maior liderança nacional no
combate à pandemia, que toda sua narrativa se mostrou política, quando
pasmem, em meio a pandemia se coloca como pré-candidato a presidente
república, “se o Brasil achar que eu deva ser, estou pronto”, pelo amor
de Deus ex-Ministro, a única coisa que o Brasil acha, ou quer achar, é
uma luz no fim do túnel para esse terror que estamos vivendo. Vamos
deixar eleição para 2022!
São planos, planos e mais planos, ambos unicamente com objetivo de
poder, nenhum pensando em buscar um caminho único, o de salvar vidas.
E povo, não tem culpa? Sua parcela de culpa é clara com a
desobediência aos protocolos sanitários estabelecidos, e a falta de
responsabilidade social, são os “fura filas” da vacina, são os excessos
com aglomerações, festas…etc.
Faço aqui meia culpa como cidadão, pois optei por me candidatar 2020,
e, durante o período eleitoral, circular, ainda que com medidas de
cautela e proteção, pois sempre existem falhas. Faltou sensibilidade da
justiça eleitoral em perceber a dimensão do problema e prorrogar o
processo, ainda que isso significasse em fazer concessões
constitucionais. A segunda onda já era prevista pelos especialistas, e o
cálculo da justiça eleitoral foi realizar a eleição nesse intervalo,
como declarado em entrevista pelo presidente do TSE.
Por fim, muitos erraram e continuam errando, faltou e falta união de
fato, só existe no discurso, e muitas vezes, nem nele. Assim, antes de
apontar para alguém como e classificá-lo como genocida, dê uma olhadinha
no espelho.
Somos um país não apenas de um, mas de muitos genocidas!
Alexandre Teixeira
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