terça-feira, 1 de junho de 2021

Opinião ARTIGO: O Brasil de muitos genocidas

 

Mesmo diante da maior crise de saúde sanitária que mundo já viveu, onde deveria prevalecer a união e fraternidade de TODOS, sejam eles, governos, empresas, instituições e sociedade civil, na prática encontramos um ambiente de ódio, de retórica política para todos os lados, de fazer o oposto do outro só para ser contraponto.

Penso que temos vários genocidas nessa pandemia, e vou explicar o porquê. Todos aqueles que politizaram ou tentaram tirar qualquer vantagem, seja individual ou coletiva, pode-se dizer um protótipo de genocida.

Se por um lado tivemos a nossa nacional liderança nacional agindo de forma “desadequada ou irresponsável”, pensando apenas na sustentabilidade da economia, fator determinante para avaliação de um governo, consequentemente elemento fundamental para sua aprovação popular e reeleição.

Por outro, tivemos governadores, montando “governo central paralelo”. Criaram um consórcio para realizar ações unicamente políticas, já que de concreto só houve o gasto inútil de dinheiro público, com compras irregulares e fraudes, sendo assim, apenas mais um puxadinho para abrigar alguns com supersalários. Em paralelo fizeram o movimento do fecha tudo, somente para desestabilizar a economia com fins eleitorais. Ciência envolvida nessas decisões? Balela.

Se houvesse ciência, que sentido faz o transporte público funcionar quando aplicada uma política de Lockdown total? Nenhum. Apesar de previsto no artigo 6º da constituição como direito social, em uma situação de guerra, como essa que estamos vivendo, também precisaria ter sido repensado seu funcionamento.

O que é mais agressivo, pequenos comércios onde boa parte são operados pelos seus próprios donos ou funcionários com acesso ao transporte individual, estes, seguindo os protocolos de segurança? Ou os ônibus e suas paradas devidamente lotados e sem qualquer medida protetiva?

Vivemos um verdadeiro neoconstitucionalismo promovidos por operadores do direito extremamente politizados, o STF tem declarado constitucional o inconstitucional, proferindo decisões políticas, desagregadoras, num momento em que se espera equilibro e imparcialidade daqueles que julgam o destino das pessoas.

Parte da imprensa também carrega sua parcela de culpa, quando colocam lideranças e gestores contra a parede sem critérios, num momento de grandes incertezas, em que nada se sabia e pouco se sabe da doença, portanto, passaram a desinformar por não concordar com governante “a” ou “b”, jogando-os como inimigos para sociedade, apenas por eles pensarem ou agirem diferente de como eles gostariam.

Tivemos um Ministro da Saúde, a segunda maior liderança nacional no combate à pandemia, que toda sua narrativa se mostrou política, quando pasmem, em meio a pandemia se coloca como pré-candidato a presidente república, “se o Brasil achar que eu deva ser, estou pronto”, pelo amor de Deus ex-Ministro, a única coisa que o Brasil acha, ou quer achar, é uma luz no fim do túnel para esse terror que estamos vivendo. Vamos deixar eleição para 2022!

São planos, planos e mais planos, ambos unicamente com objetivo de poder, nenhum pensando em buscar um caminho único, o de salvar vidas.

E povo, não tem culpa? Sua parcela de culpa é clara com a desobediência aos protocolos sanitários estabelecidos, e a falta de responsabilidade social, são os “fura filas” da vacina, são os excessos com aglomerações, festas…etc.

Faço aqui meia culpa como cidadão, pois optei por me candidatar 2020, e, durante o período eleitoral, circular, ainda que com medidas de cautela e proteção, pois sempre existem falhas. Faltou sensibilidade da justiça eleitoral em perceber a dimensão do problema e prorrogar o processo, ainda que isso significasse em fazer concessões constitucionais. A segunda onda já era prevista pelos especialistas, e o cálculo da justiça eleitoral foi realizar a eleição nesse intervalo, como declarado em entrevista pelo presidente do TSE.

Por fim, muitos erraram e continuam errando, faltou e falta união de fato, só existe no discurso, e muitas vezes, nem nele. Assim, antes de apontar para alguém como e classificá-lo como genocida, dê uma olhadinha no espelho.

Somos um país não apenas de um, mas de muitos genocidas!

Alexandre Teixeira

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