quarta-feira, 23 de junho de 2021

COVID-19: 40% DA POPULAÇÃO ADULTA FOI IMUNIZADA COM A PRIMEIRA DOSE

 

Foto: Fabio Rodrigues

Segundo informou o Ministério da Saúde no início da noite de hoje (23), o Brasil chegou à marca de 90 milhões de doses de vacina contra a covid-19 aplicadas no público-alvo.

Em nota publicada em redes sociais, a pasta informa que “a vacinação segue em ritmo acelerado e nas próximas 48 horas mais 7 milhões de doses serão distribuídas para todo o país.”

Mais cedo, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou o recebimento de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) suficiente para produzir 6 milhões de doses da vacina AstraZeneca. A instituição reportou que as metas que foram acordadas com o laboratório sueco têm sido cumpridas nos prazos estabelecidos.

O Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac e pela ButanVac – que ainda não está em circulação -,  também informou hoje o recebimento de 6 mil litros de IFA até o próximo sábado (26), o que deve inserir no sistema de vacinação mais 10 milhões de doses contra covid-19.

Segundo o ministro Marcelo Queiroga, a expectativa é que todos os brasileiros acima de 18 anos tenham sido imunizados com a primeira dose de alguma das vacinas ofertadas pelo Sistema Público de Saúde até setembro.

Agência Brasil

EM NOVO DECRETO, GOVERNO DO RN REFORÇA PROIBIÇÃO A FESTAS JUNINAS E FOGUEIRAS

 

Foto: Divulgação

Novas regras serão mais flexíveis de forma gradativa para eventos corporativos. Toque de recolher será reduzido para o período entre 23h e 05h

Na semana do São João, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte reforça a proibição de festas populares, bem como a realização de fogueiras, como forma de controle do coronavírus e prevenção às doenças respiratórias e acidentes que possam aumentar a demanda nas unidades de saúde.

O novo decreto, que estabelece as medidas sanitárias de combate à pandemia, será publicado na edição desta quarta-feira (23), no Diário Oficial, visto que o atual é válido até amanhã.

O documento, que modifica o decreto n.º 30.562/2021, prorroga a vigência das medidas restritivas até o dia 07 de julho.

Na noite desta terça-feira (22), a chefe do Executivo estadual presidiu a reunião realizada, de forma virtual, com prefeitos de diversas cidades do estado.

Apesar da ênfase quanto à proibição de eventos de massa e de fogueiras, o Governo do RN adota a flexibilização gradual de algumas atividades da economia, graças aos indicadores epidemiológicos registrados no Rio Grande do Norte, e divulgados esta semana pela Secretaria de Estado da Saúde Pública.

Após a exposição dos dados epidemiológicos, a subsecretária Lyane Ramalho declarou que mesmo com queda na incidência de novos casos e diminuição na taxa de internações na maioria das regiões do estado, os cuidados com a vigilância sanitária devem continuar.

“Há 20 dias, a taxa de ocupação de leitos críticos era de praticamente 100%, hoje podemos dizer que estamos em uma situação de conforto em termos de leitos. A fila praticamente zerou”, disse. No entanto, ela chamou a atenção para a 8ª Região, do Vale do Açu, em que os indicadores negativos estão um pouco acima da média.

Está prevista, no novo decreto, a redução do horário do toque de recolher, que passa a ser das 23h às 05h, todos os dias da semana; e o calendário de retomada de setores econômicos, que será efetivado em cinco fases, considerando a classificação do indicador composto de cada município e mediante prévia autorização. A flexibilização das novas regras fica condicionada, portanto, ao comportamento epidemiológico verificado nas regiões e nos municípios. “O decreto não libera festa. Não podemos sofrer um revés como foi o do carnaval”, enfatizou Raimundo Alves.

A governadora e equipe de governo destacaram o papel importante dos gestores municipais para a diminuição de casos de covid-19 no estado, bem como a retração da ocupação dos leitos. Especialmente no Alto Oeste e no Vale do Açu, regiões que tiveram decretos mais rígidos devido aos altos índices da pandemia registrados há algumas semanas.

EVENTOS CORPORATIVOS

I – Fase 01: a partir de 25 de junho de 2021, observada a ocupação máxima de 20% (vinte por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 150 (cento e cinquenta) pessoas;

II – Fase 02: a partir de 09 de julho 2021, observada a ocupação máxima de 40% (quarenta por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 300 (trezentas) pessoas;

III – Fase 03: a partir de 23 de julho de 2021, observada a ocupação máxima de 60% (sessenta por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 450 (quatrocentos e cinquenta) pessoas;

IV – Fase 04: a partir de 06 de agosto de 2021, observada a ocupação máxima de 80% (oitenta por cento) da capacidade do local, limitada à frequência máxima simultânea de 600 (seiscentas) pessoas;

V – Fase 05: a partir de 20 de agosto, permitida a ocupação de 100% da capacidade do local.

EVENTOS SOCIAIS

A primeira fase dos eventos sociais só começa em 24 de julho – também limitado a 20% e 150 pessoas.

RN: TRABALHADORES TERCEIRIZADOS DA SAÚDE SOFREM COM O ATRASO DE SALÁRIOS

 

Os trabalhadores da empresa terceirizada SAFE, que presta serviço para alguns hospitais do Rio Grande do Norte, ainda não receberam seus salários referentes ao mês passado. Esse já é o 4° mês consecutivo que a empresa não repassa em dia o pagamento dos seus funcionários, que sofrem com o atraso salarial.

O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN-   Sindsaúde/RN, noticiou a situação desses trabalhadores no início de junho, e de lá pra cá nada foi resolvido. Impedidos de paralisar suas atividades, os funcionários da SAFE continuam desempenhando suas funções diariamente, mesmo sem perspectivas de quando serão pagos. Vale lembrar que a Sesap e o Governo do Estado também têm responsabilidade sobre estes trabalhadores e devem garantir que eles não sejam prejudicados. Quando questionada a SAFE culpabiliza a Sesap e vice e versa.

Pàra o Sindsaúde/RN  que apoia a luta dos terceirizados da SAFE e cobram providências quanto a situação dessas pessoas, esses trabalhadores estão passando dificuldades financeiras, com as contas atrasadas e sem dinheiro até mesmo para comprar mantimentos para suas casas. 

OPERAÇÃO FAROESTE: STJ REVOGA PRISÃO DE DESEMBARGADORA DO TJBA

 

Foto; Reprodução

O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), revogou a prisão da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Maria Ramos Cunha Lima, investigada pela Operação Faroeste, que apura a venda de decisões judiciais no TJ-BA.

A decisão de Og Fernandes foi proferida na segunda-feira (21) e confirmada nesta terça (22) pela defesa de Lígia Ramos. Ainda de acordo com a defesa da desembargadora, ela já deixou o presídio onde estava, em Brasília.

Segundo o advogado João Daniel Jacobina, que defende a desembargadora, na decisão que revogou a prisão de Lígia Ramos, o ministro Og Fernandes decretou as seguintes medidas cautelares alternativas: afastamento do cargo, não comparecer ao TJ-BA e não manter contato com demais investigados.

Na decisão, o ministro ainda autoriza os advogados da desembargadora a ingressar em seu gabinete, no TJ-BA, a fim de acessar documentos que possam ser úteis à defesa dela.

O advogado João Daniel Jacobina afirmou que “a decisão reconhece o que a defesa vem sustentando desde sempre: a prisão é uma medida gravíssima, sem nenhum sentido, haja vista as cautelares alternativas decretadas”.

Prisão da desembargadora

Lígia Maria Ramos Cunha Lima teve mandado de prisão cumprido em 14 de dezembro de 2020. No dia seguinte, o STJ converteu a prisão temporária da desembargadora em domiciliar, porque ela havia passado por uma cirurgia nos dias anteriores e estava em fase de recuperação.

Em 20 de dezembro de 2020, a desembargadora teve a prisão temporária convertida para preventiva. No dia seguinte, ela foi transferida para um presídio no Distrito Federal.

Em janeiro deste ano, a desembargadora, seus filhos Arthur e Rui Barata, e mais três advogados foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), por organização criminosa. Na denúncia, o MPF pediu que os seis denunciados fossem condenados por organização criminosa e que, em caso de condenação, seja decretada a perda da função pública, no caso dos que têm essa condição. Também foi pedido que os envolvidos paguem, de forma solidária, indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 950 mil.

G1

terça-feira, 22 de junho de 2021

Huck se diz golpeado pela Globo ao usar Leifert para substituir Faustão, afirma colunista

 

Luciano Huck, que já foi anunciado como o novo dono dos domingos da Globo em 2022, teria demonstrado todo seu descontentamento com a escolha de Tiago Leifert como substituto temporário de Faustão pelos próximos nove meses.

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De acordo com colunista do programa “A Tarde É Sua”, da Rede TV!, Huck teria enviado uma reclamação formal à direção da emissora, na última sexta-feira (18), dizendo-se “muito chateado” com a situação.


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O marido de Angélica teria ainda reclamado que a escalação de Leifert não foi algo justo com sua imagem e que ele acreditava ser o único profissional apto a substituir Faustão. Ainda segundo o colunista, Huck teria usado a expressão “golpeado” sobre sua situação.

Isso porque existiria uma garantia em contrato de que, assim que Faustão saísse do ar, o “Caldeirão do Huck” também deixaria a grade da emissora, algo que não aconteceu.

Outro ponto tratado na mensagem de Huck, segundo continua o colunista, é o tempo que Leifert deve ficar à frente do dominical. Segundo Luciano, não é uma simples substituição, já que o período que a Globo afirma ser temporário é o mesmo dado a uma temporada completa do programa de Angélica, “Bem Simples”, por exemplo.

Repórter atacada por Jair Bolsonaro recebe apoio nas redes

 

Laurene Santos, repórter da TV Vanguarda que foi alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) na última segunda-feira (21), recebeu mensagens de apoio na internet.

Em seu Instagram, Laurene recebeu diversas mensagens de solidariedade de internautas em suas últimas publicações. “Toda a minha solidariedade. Você foi brava!!”, comentou um. “Meus parabéns pelo seu profissionalismo hoje. Sua altivez, sua coragem e sua calma fazem a diferença e ajudam a iluminar o momento histórico grave que vivemos. Força e continue sempre em frente. Viva o jornalismo. Vamos juntas!”, escreveu a jornalista Vera Magalhães.

“Parabéns pela coragem, Laurene! Você foi gigante!”, “Laurene, parabéns!!! Você é uma repórter especial e incrível! Mostrou como ser uma excelente profissional, obrigada pela coragem!!” e “parabéns pelo seu profissionalismo e coragem, hoje! Que seja abençoada e protegida por Deus e todas as deusas!” ainda estavam entre as mensagens.

 

Laurene questionou o presidente sobre a obrigatoriedade do uso da máscara, já que ele chegou ao evento, que aconteceu em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, sem o acessório de proteção. Vale lembrar que, no último sábado (19), o Brasil atingiu a tenebrosa marca de 500 mil mortos pela Covid-19.

Laurene perguntou por que ele tinha chegado à cidade sem máscara mesmo tendo sido multado recentemente em São Paulo por não usar a proteção. Bolsonaro disse: “eu chego como eu quiser, onde eu quiser, eu cuido da minha vida”; e tirou novamente a máscara. Ela, então, tentou explicar que o uso da máscara é exigência de lei, mas ouviu Bolsonaro lhe mandar “calar a boca”. O presidente ainda insultou a Rede Globo com palavrões.

O que se sabe sobre o paradeiro de Carlos Wizard, bilionário investigado pela CPI da Covid

 Carlos Wizard se apresenta como um empreendedor social de sucesso  

© Instagram | Reprodução Carlos Wizard se apresenta como um empreendedor social de sucesso

O empresário Carlos Wizard, um dos investigados pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19, deve finalmente prestar depoimento aos senadores no próximo dia 30. A informação foi confirmada pelo presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM).

O anúncio do depoimento ocorre um dia depois de Aziz ter afirmado à Folha de S.Paulo que iria pedir ajuda à Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para localizar o paradeiro do empresário.

O depoimento de Wizard é um dos mais aguardados da CPI.

Ele seria um dos membros do chamado "gabinete paralelo", grupo de pessoas que não fazem parte do Ministério da Saúde e que teriam aconselhado o presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia.

O empresário não compareceu à primeira convocação da CPI, prevista para o dia 17 de junho, alegando estar fora do país. Com a ausência, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a condução coercitiva e apreensão do passaporte de Wizard.

Na quinta-feira, a Polícia Federal tentou cumprir a condução coercitiva na casa do empresário em Campinas, no interior de São Paulo, mas ele não foi encontrado.

Três dias antes, no dia 14, os advogados dos empresário enviaram um ofício ao senador Omar Aziz afirmando que Wizard não participaria presencialmente da CPI por estar "fora do território nacional".

Segundo eles, o empresário saiu do Brasil em 30 de março, passou pelo México, e chegou aos Estados Unidos. Desde então, ele está no país "acompanhando o tratamento médico de um familiar", afirmaram os defensores.

No documento, os advogados afirmam que, caso Wizard deixasse os EUA para depor à CPI, não poderia retornar por causa das medidas de restrição impostas pelo governo americano a pessoas saídas do Brasil. Ele teria que ficar em quarentena em um terceiro país antes de voltar aos EUA.

Os defensores pediram que o empresário falasse à CPI por videoconferência, o que não foi aceito pelos membros da comissão. Segundo Aziz, um depoimento à distância atrapalharia as investigações.

Também no dia 14, Wizard participou de uma live nas redes sociais com o coach Marcos Rossi. Durante a transmissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AC), vice-presidente da CPI, fez um comentário no perfil do empresário.

"Olá, sr. Carlos Wizard. Vim lembrar vc do seu compromisso na próxima quinta (17), na CPI da covid", escreveu o parlamentar.

Wizard havia sido originalmente convocado como testemunha e, agora, é oficialmente investigado pela comissão, junto com outras 13 pessoas.

Sigilo quebrado

Empresário e ex-ministro Eduardo Pazuello se conheceram em 2018 em Roraima  

© Instagram | Reprodução Empresário e ex-ministro Eduardo Pazuello se conheceram em 2018 em Roraima

O bilionário teve seus sigilos telefônico e bancário quebrados pela CPI, mas seus advogados tentam pela segunda vez reverter essa medida no STF. O primeiro pedido foi negado pela ministra Rosa Weber.

A Corte havia concedido na quarta-feira (16/6) a Wizard um habeas corpus para que ele pudesse ficar em silêncio e não se incriminasse diante dos senadores.

Mas o depoimento não ocorreu porque, de acordo com sua defesa, não houve tempo hábil para que o bilionário providenciasse seu retorno ao país após a decisão do STF.

A BBC News Brasil tentou contato com a equipe de advogados de Wizard, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Por que Wizard é investigado?

Carlos Wizard é investigado por seu suposto envolvimento no "gabinete paralelo" que teria aconselhado o presidente Bolsonaro no combate à pandemia.

A médica Nise Yamaguchi admitiu à CPI ter participado de um "conselho científico independente" com o empresário.

Ele também foi citado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que confirmou em seu depoimento ter sido aconselhado pelo empresário e que chegou a oferecer um cargo a ele na sua pasta.

Wizard já teria declarado em uma entrevista à TV Brasil ter passado um mês em Brasília no ano passado como conselheiro do então ministro e sido convidado por ele para assumir uma secretaria.

O empresário preferiu não aceitar o cargo para, segundo ele, seguir atuando de forma independente junto ao governo federal, que tinha um conselho paralelo ao Ministério da Saúde sobre as ações de combate à pandemia, segundo o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).

"Foi neste momento que eu tive, então, a oportunidade de conhecer autoridades médicas que são reconhecidas tanto no Brasil quanto no exterior, como a doutora Nise Yamaguchi, doutor Roberto Zeballos, doutor Anthony Wong, Dante Serra, e muitos outros que participam desse conselho científico independente", disse Wizard.

"Ou seja, são voluntários que estão dedicados, dedicando seu tempo, sua habilidade, sua experiência, compartilhando com a população o tratamento precoce."

Em seu depoimento à CPI, o general Pazuello afirmou que foi ele quem convidou Wizard a contribuir.

O general afirmou que conheceu o empresário em 2018, durante a operação realizada em Boa Vista, em Roraima, para receber o grande número de imigrantes venezuelanos que chegavam ao Brasil fugindo da crise em seu país.

Pazuello coordenou estes esforços em Roraima. Wizard e sua mulher, que são mórmons, atuaram por dois anos em atividades sociais para acolher os venezuelanos no Estado. O empresário e o ex-ministro se tornaram amigos por causa disso.

"Quando fui chamado pra cá, o puxei, e pedi ajuda por ele ser um grande link entre o Ministério da Saúde e a compreensão da parte social, do público", disse Pazuello na CPI.

Por causa de suas empresas, Wizard não aceitou o convite para ser secretário, de acordo com o ex-ministro.

Pazuello disse que Wizard propôs reunir médicos em um conselho para ajudar o ministério. O ex-ministro disse, no entanto, que fez apenas uma "meia reunião" e que isso foi suficiente para "não aceitar" a proposta.

"Na primeira vez que sentei para ouvir as ideias dos médicos, não gostei da dinâmica da conversa. Foi uma única vez, não tive aconselhamento nem assessoramento de grupos de médicos."

Pazuello declarou ainda que nunca viu Wizard em Brasília para falar com o presidente da República.

O empresário terá agora de esclarecer qual foi seu papel junto ao governo no combate à pandemia.

Quem é Carlos Wizard

Empresário fundou a rede de escolas Wizard e adotou o nome do negócio 

 © Instagram | Reprodução Empresário fundou a rede de escolas Wizard e adotou o nome do negócio

O curitibano Carlos Roberto Martins tem 64 anos e é mais conhecido por ter criado em 1987 a franquia de escolas de inglês Wizard, da qual adotou o nome.

Ele conta que teria aprendido o método de ensino usado nestas escolas na Igreja dos Santos dos Últimos Dias, da qual é seguidor.

Wizard comprou outras empresas de educação, criando o Grupo Multi, e, conforme noticiou o jornal Valor, decidiu vender o negócio para o grupo britânico Pearson, por R$ 1,95 bilhão, em 2013.

Ele criou então uma gestora de investimentos, a Sforza, à frente da qual também estão dois de seus seis filhos, Charles e Lincoln. A gestora tem em seu portfólio empresas de alimentação, educação, esportes e serviços financeiros, entre outros.

Wizard prefere se apresentar hoje como um empreendedor social e faz as vezes de guru dos negócios.

É autor de livros como Desperte o milionário que há em você, Sonhos não têm limite (sua biografia), Do zero ao milhão e Meu maior empreendimento.

Ele também costuma dar lições a quem deseja ser um empreendedor de sucesso por meio de suas redes sociais.

"O impossível é só uma opinião", diz em um dos seus posts no Instagram, sua rede social mais popular, com 282 mil seguidores.

"Líderes não aguardam, líderes agem", afirma ele em outra publicação.

"Líderes focam na solução, não no problema", diz Wizard em mais um post.

Foi o que ele fez diante da pandemia, quando se tornou um dos principais defensores do uso da cloroquina e de outros medicamentos contra a covid-19, mesmo que não houvesse comprovação científica de eficácia.

Wizard teria formado um conselho de especialistas, do qual Nise Yamaguchi (ao centro) fez parte, para aconselhar o governo Bolsonaro  

© Instagram | Reprodução Wizard teria formado um conselho de especialistas, do qual Nise Yamaguchi (ao centro) fez parte, para aconselhar o governo Bolsonaro

Wizard disse à revista Época que o que o motivou a agir assim foi ter perdido um sobrinho para a doença e acreditar que ele poderia ter sido salvo caso tivesse recebido um suposto tratamento precoce.

O empresário também falou contra as medidas mais rígidas de isolamento social, porque teriam um impacto negativo sobre a economia e seriam pouco eficazes no combate à pandemia.

"Todos os estudos indicam que o lockdown, por si só, não reduz o número de óbitos", afirmou à revista IstoÉ em agosto do ano passado.

Sem formação na área - ele é graduado em ciência da computação e estatística por uma universidade dos Estados Unidos, onde morou -, ele se apoiava num conselho de especialistas que ele próprio havia formado.

Proximidade com o governo

Empresário tornou-se uma figura frequente na órbita do governo federal  

© Instagram | Reprodução Empresário tornou-se uma figura frequente na órbita do governo federal

Seja por essa afinidade com as opiniões do governo seja pela amizade com Pazuello, Wizard tornou-se uma figura frequente na órbita do governo Bolsonaro.

Exibe nas redes sociais fotos com os principais nomes do primeiro escalão do Planalto, como o vice-presidente Hamilton Mourão, os ministros Paulo Guedes, Damares Alves e André Mendonça, além da primeira dama Michele e do próprio presidente.

Apesar disso, costuma dizer que não é político nem tem pretensões políticas.

Nos últimos tempos, o empresário se empenha em uma campanha, junto com Luciano Hang, dono da rede Havan e um dos aliados de primeira hora de Bolsonaro.

Wizard se refere a Hang como seu amigo e diz que eles têm trabalhado juntos para aprovar no Congresso Nacional uma lei que permita a empresas comprar vacinas.

O texto já foi aprovado na Câmara e está desde o início de abril no Senado. A demora na sua apreciação já rendeu críticas de Wizard aos senadores.

"Enquanto o Senado não aprova a doação de vacinas aos trabalhadores pelos empresários, o prefeito de Nova York oferece vacinas gratuitas aos brasileiros. Em sua opinião, qual é razão do Senado aprovar a CPI da Covid e desaprovar a doação de vacinas aos trabalhadores? Qual será a real motivação?", perguntou o empresário em uma rede social.

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