domingo, 12 de setembro de 2021

NO 11 DE SETEMBRO, AFEGÃOS CULPAM SAÍDA DOS EUA POR SEUS PROBLEMAS

 

Foto: @Reuters

Cansados da guerra, moradores de Cabul manifestaram raiva e sentimentos de traição pelos Estados Unidos (EUA) no sábado(11), que marca o 20º aniversário dos ataques de 11 de setembro, que levaram à invasão do Afeganistão pelos norte-americanos e à derrubada do governo Talibã.

Após ocupação de duas décadas, as forças dos EUA retiraram-se abruptamente do Afeganistão no mês passado, provocando o colapso do governo, apoiado pelo ocidente, e o retorno dramático do Talibã ao poder.

“Os infortúnios que vivemos atualmente são por causa da América”, disse Abdul Waris, um morador de Cabul, enquanto as bandeiras brancas do Talibã estampadas com linhas do Alcorão eram penduradas em postes próximos.

Alguns dos jovens que falaram à Reuters reclamaram que as forças dos EUA não tentaram ajudar o povo afegão.

“Depois dos eventos de 11 de setembro, os norte-americanos estiveram em nosso país por 20 anos para seu próprio benefício”, disse Jalil Ahmad.

“Eles aproveitaram os benefícios que tinham em mente por 20 anos, enquanto nós não obtivemos nenhum benefício deles. Deixaram o país em um estado de confusão.”

Membros do Talibã com armas penduradas nos ombros eram visíveis em toda a capital, mas o clima estava calmo e tranquilo após as mudanças dramáticas das últimas semanas.

“Agora há segurança e a segurança é boa. Que Deus dê ao Talibã mais força para manter essa [calma] para sempre”, disse o morador Gul Agha Laghmni.

Agência Brasil

“ESSE SALAME É DO GOVERNADOR“, DIZ BOLSONARO SOBRE EDUARDO LEITE, EM FEIRA NO RIO GRANDE DO SUL

Foto: Reprodução/Twitter

  Em visita à feira agropecuária Expointer, na cidade de Esteio, no Rio Grande do Sul, neste sábado (11), o presidente Jair Bolsonaro, apontou para um salame e disse que seria “do governador” do Estado, Eduardo Leite (PSDB).

Os expositores da feira apresentaram peças de salame ao chefe do Executivo e à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que mostrou ao presidente um dos pedaços que recebeu, quando Bolsonaro apontou e disse: “Esse salame é do governador aqui do Rio Grande do Sul”.

Em seguida, Bolsonaro abaixou e encostou a cabeça em Tereza Cristina.

No Twitter, Eduardo Leite compartilhou a imagem e reagiu à piada de Bolsonaro: “A esse cidadão que queriam que eu desse ‘boas vindas’ na Expointer?”.

Na 6ª feira (10.set.2021), ex-deputado e atual presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, foi condenado a pagar indenização de R$ 300.ooo por ofensas homofóbicas em ação movida pelo governador gaúcho.

Em julho, Eduardo Leite assumiu sua homossexualidade durante entrevista concedida ao apresentador Pedro Bial. Ele é o único homem assumidamente gay a comandar um Estado brasileiro atualmente.

Nesse Brasil, com pouca integridade nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que se fique claro e não se tenha nada a esconder. Eu sou gay, eu sou gay. E sou um governador gay, não sou um gay governador, tanto quanto Obama, nos Estados Unidos, não foi um negro presidente, foi um presidente negro, e tenho orgulho disso”, afirmou, em trecho de divulgação do programa.

Poder 360/MSN

sábado, 11 de setembro de 2021

Prefeito de Caicó inaugura 1ª Feira do Gado no Parque de Exposições, numa parceria com o governo do RN

 


O prefeito de Caicó (RN), Dr. Tadeu, deu o pontapé inicial na nova Feira do Gado, realizada no Parque de Exposições Monsenhor Walfredo Gurgel, na zona leste da cidade. Com isso, a feira foi retirada das ruas do centro, onde ocorreu por décadas, prejudicando comerciantes e moradores do setor.

No primeiro dia da feira no novo local, mais de 24 currais foram movimentados com animais para serem negociados. Para o prefeito, isso é começar com o pé direito. “A geração de negócios será boa o suficiente para os criadores de Caicó e da região. Vamos movimentar essa feira e torná-la ainda maior. Eu estou muito feliz e por poder viabilizar esse projeto que era sonhado desde 2013. Passaram as gestões e não fizeram o projeto acontecer e nós fizemos”, disse.

Em sua fala, na solenidade de abertura, o prefeito destacou ainda a parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura, na pessoa de Guilherme Saldanha, titular da pasta, que esteve no evento. “Foram muitas as reuniões, vencemos toda a parte burocrática e agora estamos concretizando. O governo da professora Fátima Bezerra cedeu a administração do parque para a Prefeitura e com isso foi possível agir e preparar tudo para trazer a feira para esse espaço”, afirmou o prefeito.

O prefeito fez questão de dizer que a luta para viabilizar a Feira do Gado, no novo espaço, foi coletiva. Ele agradeceu a sua equipe na prefeitura, do apoio do poder legislativo e do próprio Guilherme Saldanha, que abraçou a ideia.

O secretário estadual de agricultura, Guilherme Saldanha, disse que “foi uma alegria encontrar no prefeito Dr. Tadeu, o parceiro para viabilizar o projeto. Era inadmissível que uma feira, que já acontecia há décadas, prejudicando as pessoas, continuasse como era. O parque tem uma estrutura fantástica e precisava ser aproveitado. Essa feira não será só de Caicó. Será da região”, destacou o secretário.


 

Após duas explosões em seus postos de combustíveis, rede tem caminhão envolvido em acidente nesse sábado no RN; veja vídeo

 


Um caminhão carregado com combustível (produto inflamável) se envolve em acidente na Estrada do Óleo, sentido Guamaré-RN. O local é conhecido por motoristas que trafegam naquela região como “estrada da morte”.

O veículo envolvido nesse acidente, que o blog Jair Sampaio teve acesso às imagens com exclusividade, pertence à empresa Domingos, rede de postos que teve dois empreendimentos explodidos por bandidos em oito dias.

O motorista do caminhão, conhecido como Gilmar, foi socorrido e passa bem, e segundo os seus companheiros de estrada, ele não corre risco de morte. “Ainda vai morrer muitos motoristas aqui”, reclama um trabalhador.

 

O local, segundo informações apuradas por este canal, já teve inúmeros registros de acidente do tipo, e é uma área de muito tráfego de caminhões de transporte de cargas perigosas (produto inflamável), mas sem fiscalização.

Maré baixa, infelizmente, para a Rede Domingos.

VÍDEO https://youtube.com/shorts/7nvKTzyeMeE?feature=share

 

Governador do Rio é o primeiro a aceitar negociar redução do ICMS dos combustíveis e diminuir preço

 


O Estado do Rio de Janeiro é o primeiro a aceitar negociar uma redução da alíquota de ICMS para ajudar na diminuição do preço dos combustíveis, mas quer que outros setores que influenciam na formação do valor na bomba também deem a sua contribuição, disse o governador Cláudio Castro (PL).

O Rio tem o maior ICMS do país, de cerca de 34%, e no Estado a gasolina já é vendida a 7 reais o litro em alguns postos.

“Todo mundo que abastece vê que está caro. Vamos reduzir imposto? Vamos reduzir, mas desde que seja proporcionalmente igual para todo mundo. Eu tiro dois, três por cento, as prefeituras também, o governo federal também. O que quero é garantir que vai chegar na ponta para consumidor”, disse Castro a jornalistas, durante evento no Rio.

Ele lembrou ainda que o tributo é importante para as contas do Estado.

“O ICMS é 15 por cento da minha arrecadação. Não posso abrir mão de tudo, temos que conversar. Não dá para dizer que só os Estados têm que reduzir, tem que tirar imposto local, federal. Vamos ter que negociar”, adicionou ele.

Na sexta-feira passada, a Petrobras iniciou uma campanha de esclarecimento sobre a composição dos preços finais nas bombas e apontou o ICMS como um dos principais responsáveis pelo valor final, em linha com discurso do presidente Jair Bolsonaro.

Mais cedo, em uma cerimônia com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva Luna, Castro foi ainda mais contundente.

“Não é hora de dizer que a culpa é da Petrobras, do governo, de um ou outro. A gente tem que sentar junto e ver como cada um abre mão um pouco e ver como diminui o preço, porque quem tem que ganhar é a população, sociedade e cadeia produtiva”, afirmou.

“Ninguém tem que fazer narrativa por imprensa para jogar culpa de um para o outro, a culpa é de todos nós. Não são só os 34 por cento que vão fazer o preço chegar a 7 reais, mas também não é só o preço que sai da Petrobras. Temos que fazer uma reanálise para que a gente chegue a uma fórmula mais justa”.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

 

Sem resposta do Inep após decisão do STF, alunos não sabem se farão Enem

 


Uma semana após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir pela reabertura do pedido de isenção do Enem, o MEC (Ministério da Educação) e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) não se pronunciaram a respeito, muito menos deram uma previsão para a reabertura das inscrições do exame.

No sábado, o UOL noticiou que a reabertura das inscrições, segundo técnicos do Inep, poderia provocar o adiamento da prova. A falta de posicionamento dos órgãos responsáveis tem trazido incertezas para quem já se inscreveu no exame e para quem aguarda uma nova chance.

A assistente administrativo Luciana Lima, de 43 anos, e sua mãe, Lúcia Lima, 64 anos, temem ficar de fora da edição 2021. “Espero que o MEC considere genuinamente executar essa decisão para que outras pessoas estudem, e que reconheçam aqueles que não são considerados [para o vestibular] por serem pobres”, disse Luciana. 

Ela quer usar a nota do Enem para cursar Comunicação Social. A mãe, sonha com o curso de Medicina. Elas desistiram de fazer o exame em 2020, que ocorreu em janeiro deste ano, por medo da contaminação pelo novo coronavírus. Para Luciana, o MEC “está regredindo ao não tomar uma decisão”.

A diarista Ilma Brito, 36 anos, disse estar desanimada e cheia de incertezas em relação à inscrição. “Acho que eles [MEC] estão ganhando tempo para reabrir na última hora e, assim, não dar tempo para todos nós conseguirmos nos inscrever”, explica.

O plano desse governo é que pobre continue na posição que está: trabalhando em serviços com menos ganhos, mendigando, esperando cair da mesa, sabe? A pobreza gera comoção mundial, mas, ao mesmo tempo, é vista como ‘você tem que ficar aí’.

A reabertura do pedido de isenção foi determinada pelo STF após análise de uma ação movida pela Educafro e outras entidades ligadas à educação e partidos políticos.

O edital do MEC previa que quem teve a isenção da taxa de inscrição em 2020 e faltou nos dias da prova só poderia ter novamente a gratuidade em 2021 se conseguisse justificar a ausência. Entre os motivos, não constava o medo de desenvolver a covid-19. Em meio à pandemia, a edição registrou recorde de abstenção desde 2009. No Enem digital, o índice chegou a 70% e no impresso, a 50%.

Tenho expectativa sobre aquilo que vejo, e o MEC está me apresentando o seguinte: você não tem condição, nem acesso e valorizou sua vida? Não adianta tentar, porque não vai ter o direito. Só que isso não é um favor, é um direito.”Luciana Lima, assistente administrativo que quer estudar Comunicação Social .

 

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Ministros do STF veem novas falas de Bolsonaro com desconfiança

 


Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O recuo tático do presidente Jair Bolsonaro com a nota emitida ontem foi recebido com desconfiança pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A percepção predominante intramuros é de que o chefe do Executivo fez o movimento de conciliação por medo. Por isso, a estratégia adotada pelos magistrados foi a de aguardar para ver se a bandeira branca se mantém estendida diante das novas crises que rondam o Planalto na esteira dos eventos de 7 de setembro.

Na avaliação de ministros ouvidos pela Agência Estado, a ‘Operação 7 de Setembro’ deu errado. Os organizadores das manifestações prometiam colocar 2 milhões de pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, e ao menos 1 milhão de apoiadores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os números oficiais, porém, dão conta de, respectivamente, 125 mil e 80 mil manifestantes em cada ato.

Além de entregar menos do que prometeu nas ruas, um ministro do Supremo avaliou que Jair Bolsonaro não conseguiu apoio dos policiais ao ponto de estourarem motins nos estados.

Os dias seguintes às manifestações vieram acompanhados de greve de caminhoneiros, que paralisaram rodovias em 15 estados, em apoio ao governo federal.

A demanda dos grevistas é por um encontro com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para pressionar o chefe do Congresso Nacional a reconsiderar sua posição e abrir o processo de impeachment enviado pelo presidente contra o ministro Alexandre de Moraes.

Jair Bolsonaro enviou mensagens de áudio aos caminhoneiros para pedir que se desmobilizem antes que haja desabastecimento nas cidades e o preço da greve seja pago pelo governo.

No turbilhão após o feriado da independência, o ex-presidente Michel Temer (MDB) encarnou a figura de conselheiro do governo. Ele próprio avisou ao presidente que se a greve persistir por mais uma semana sua permanência no Palácio do Planalto ficará ameaçada. A avaliação é compartilhada por ministros do Supremo.

Em 2018, Temer enfrentou nove dias de paralisação dos caminhoneiros, evento que lhe custou quedas vertiginosas de popularidade e ameaças de deposição. Na tentativa de evitar que o mesmo ocorra com Bolsonaro, o ex-presidente mediou uma conversa entre ele e o seu indicado ao STF, Alexandre de Moraes, em busca de debelar ao menos uma das crises que pairam sobre o governo.

Na Corte tramitam quatro inquéritos contra Bolsonaro e a Segunda Turma do Supremo decidirá em breve o futuro do senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) no caso das rachadinhas. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem em mãos um relatório praticamente pronto que pode levar à cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por supostos crimes cometidos na campanha de 2018. Outro fator é o peso que os ministros teriam em apoiar a deflagração de um processo de impeachment, que ganhou corpo nos últimos dias em negociações da oposição com o Centrão.

Ontem, Ao final da sessão de julgamentos desta quinta-feira, 9, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a palavra para homenagear os colegas Luiz Fux e Rosa Weber pelo primeiro ano na presidência e vice-presidência da Corte, respectivamente. Para além dos elogios, o discurso foi marcado pela mensagem de unidade do tribunal diante dos ataques recentes dirigidos pelo presidente Jair Bolsonaro e por seus apoiadores aos ministros.

“Somos um tribunal, nenhum juiz atingido aqui no desempenho de seu cargo é atingido isoladamente. Qualquer afronta atinge todos”, disse a ministra. No feriado do 7 de Setembro, aniversário da Independência do Brasil, Bolsonaro chegou a dar um ‘ultimato’ a Fux, ameaçou descumprir decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, relator de investigações que atingem a base bolsonarista e o próprio chefe do Executivo, e pedir sua destituição.

 

O procurador-geral da República, Augusto Aras, também pediu a palavra e cumprimentou Fux pelas ‘tormentas’ enfrentadas como presidente do Supremo. “Nós temos, ao lado da cadeira de Vossa Excelência, buscado contribuir modestamente para que a sociedade brasileira e o Estado mantenham um grau de estabilidade institucional devido e adequado”, disse o PGR.

Barroso contestou discurso de Bolsonaro

Na abertura da sessão do Tribunal Superior Eleitoral ontem, o presidente Luís Roberto Barroso rebateu diretamente às alegações, feitas pelo presidente Jair Bolsonaro durante os discursos em manifestações antidemocráticas do feriado de 7 de setembro. O magistrado destacou que não se pode ‘permitir a destruição das instituições para encobrir o fracasso econômico, social e moral’ que o País vive. “A democracia tem lugar para conservadores liberais e progressistas. O que nos une é o respeito à Constituição. A democracia só não tem lugar para quem pretende destrui-la”, afirmou, antes da divulgação da nota oficial na qual o presidente mudou o tom das declarações.

Em um discurso duro, assim como fez o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, na tarde quarta-feira, 8, o presidente da corte eleitoral disse que o País passa por um ‘momento grave’ e que a ‘marca Brasil’ sofre uma uma desvalorização global: “A falta de compostura nos envergonha perante o mundo. Somos vítimas de chacota e desprezo mundial, um desprestígio maior do que a inflação, do que o desemprego, do que a queda de renda, do que o desmatamento da Amazônia”.

Outro fator que aproximou o discurso de Barroso hoje no TSE com o de Fux foi a citação direta a Jair Bolsonaro, que insuflou seus apoiadores contra as instituições do Judiciário e prometeu desrespeitar decisões judiciais que venham a ser emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, integrante das duas cortes. O presidente do Supremo lembrou que o desacato a ordens da Justiça é crime de responsabilidade, que pode ensejar a abertura de processo de impeachment.

Barroso rebateu enfaticamente as afirmações de Bolsonaro, como a de que ele não poderia ‘participar da farsa patrocinada pelo presidente do TSE’. O ministro lembrou que o chefe do Executivo repete, incessantemente, as alegações de supostas fraudes na eleição que o alçou ao Palácio do Planalto, sem ter apresentado nenhuma prova, mesmo quando foi instado formalmente pela corte eleitoral – ‘teórica vazia’, ‘política de palanque’, classificou.

O ministro apontou que a live que acabou colocando o presidente na mira de mais um inquérito no STF deve figurar em ‘qualquer antologia de eventos bizarros’ e ressaltou: “Hoje, salvo os fanáticos, que são cegos pelo radicalismo, e os mercenários, que são cegos pela monetização da mentira, todas as pessoas de bem sabem que não houve fraude e quem é o farsante nessa história”, afirmou.

Em seu discurso, o presidente do TSE elencou seis acusações infundadas proferidas por Bolsonaro contra a Justiça Eleitoral e seus integrantes durante os atos de 7 de setembro, como a suposta possibilidade de fraude eleitoral devido ao sistema de votação eletrônico utilizado atualmente e a necessidade da adoção do voto impresso auditável para solucionar manipulações jamais comprovadas. De forma objetiva e firme, Barroso desmentiu cada uma das falas do presidente.

“O slogan para o momento brasileiro, ao contrário do propalado, parece ser ‘conhecerás a mentira e a mentira te aprisionará'”, disse. “Quando o fracasso bate à porta, porque esse é o destino do populismo, é preciso encontrar culpados, bodes expiatórios. O populismo vive de arrumar inimigos para justificar o seu fiasco. Pode ser o comunismo, a imprensa, ou os tribunais”.

Presidente alerta para riscos com as paralisações

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem à noite que, se o movimento dos caminhoneiros não acabar até este domingo, 12, o País terá problema de abastecimento. Na transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse que a categoria fez “uma coisa fantástica ao ajudar nesse movimento”. O presidente disse também que não influenciará na “vida” dos caminhoneiros por ser um chefe de Estado.

“Falaram que iriam manter o movimento até domingo, é um direito deles, que vão suspender depois de domingo, eu não influencio nessa área”, afirmou. O presidente declarou também que os caminhoneiros realizaram os protestos por livre e espontânea vontade e gastando dinheiro do próprio bolso. “Deram um recado para todos nós, de todos os Poderes, que estamos aqui em Brasília, que nós devemos respeitar a Constituição”, disse.Mais cedo, após reunião com Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, caminhoneiros indicaram que devem continuar mobilizados até serem recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Pacheco é pressionado pro caminhoneiros bolsonaristas a avaliar pedido de abertura de processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Caminhoneiros permanecem com mobilização

O Ministério da Infraestrutura, informou em novo boletim sobre a situação das estradas no País, que ainda são identificados pontos de concentração em rodovias federais de dez Estados, com pontos isolados em outros quatro. “Ao todo, o número de ocorrências é 11% menor do que o último boletim, com tendência de redução ao longo da noite”, diz a Pasta. As informações divulgadas têm como base dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF)

Segundo a Pasta, a região Sul continua concentrando mais da metade das ocorrências nesta noite. Aglomerações também ainda são registradas nos Estados de Rondônia, Bahia, Pará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins.

Ontem, após reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, caminhoneiros indicaram nesta quinta-feira, 9, que devem continuar mobilizados até serem recebidos pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). A intenção do grupo é pressionar o chefe do Congresso a abrir processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), principal alvo de Bolsonaro na Corte. Um pedido apresentado pelo chefe do Executivo no mês passado foi rejeitado por Pacheco.

“A gente estabeleceu uma pauta de entrega de um documento ao senador Rodrigo Pacheco e até o momento infelizmente não tivemos êxito nisso.

Permanecemos no aguardo de ser recebido pelo mesmo. E talvez existam algumas questões. Quanto tempo vai durar? Já antecipo, nós estamos aguardando sermos recebidos pelo senador Rodrigo Pacheco. Até que isso seja realizado estamos mobilizados em todo o Brasil”, afirmou Francisco Dalmora Burgardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, que disse não ser possível adiantar quais reivindicações estarão no documento destinado a Pacheco.

Tanto Chicão Caminhoneiro como o outro transportador autônomo que falou com jornalistas após a reunião afirmaram que Bolsonaro não lhes fez nenhum pedido. Na quarta-feira, pressionado pelo temor do efeito das paralisações na economia, Bolsonaro enviou um áudio pedindo que os caminhoneiros liberassem as rodovias. “O presidente não nos pediu nada (na reunião). Nós estamos aqui numa visita de cortesia visto que viemos ao Senado, infelizmente até o momento não pudemos ser recebidos, e como estamos mobilizados aqui aproveitamos a oportunidade de estar com o presidente, que foi muito cordial”, disse Chicão Caminhoneiro.   FONTE, TRIBUNA DO NORTE

 

 

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