Foto: Marcus Leoni/Folhapress
Ao receber Faustão em seu programa, o Brasil Urgente, no fim da tarde desta sexta-feira (14), José Luiz Datena tentava fazer com que o convidado falasse mais sobre o seu novo programa na Band, que estreia na segunda (17), quando foi questionado por uma pergunta do ex-astro da Globo: “Eu vim aqui na verdade, não só pra rever você, que eu estava com saudade, mas todo mundo quer saber: você vai ser candidato ou não? Porque em cima do muro você não fica mesmo”, disse Fausto.
“Vou, vou”, respondeu Datena. “Candidato ao Senado. Eu não posso falar mais nada porque senão me ferram, mas isso [candidatura ao Senado] com certeza, isso eu cravei”, completou.
“Olha, esse aqui. Não sei quanto tempo ele fica lá, porque ele não é de hipocrisia. Conchavo não é com ele”, reagiu Faustão para a câmera. Em seguida, Datena emendou: “Cara, me deram uma rasteira pra presidência da Republica. Me disseram: ‘Olha, você vai lá e fala que você é candidato à presidência, saiu até na Veja. ‘Sou candidato à presidência, vou ganhar, vou ser presidente…’. Depois os caras fizeram uma fusão e eu me fusão”.
“Lógico, os caras têm medo. Se você vai pra valer nisso…”, reagiu Faustão.
“Até que eu estava bem na pesquisa, 3% não estava ruim”, disse Datena, ao que o outro respondeu: “Claro, você não tinha nem admitido pra valer e já estava daquele jeito!”
A seguir, Datena retomou o fio da meada sobre o programa “Faustão na Band”.
Antes de sair do estúdio, Fausto reforçou o convite para que Datena vá à nova atração, o que será combinado de acordo com o que “a legislação deixar”, esclareceu, referindo-se às restrições impostas pelo TSE para a participação de candidatos oficiais em programas de rádio e TV aberta.
Em novembro, Datena filiou-se ao PSD, de Gilberto Kassab.
Ao longo do Brasil Urgente, Datena defendeu insistentemente a competência das polícias civil e militar. Atribuiu às instituições adjetivos como “transparente” e “gloriosa”, com profissionais que “agem com habilidade, e se precisar, metem o pé na porta”, com “ações heroicas”, que deixam “muita gente de queixo caído, com ações fantásticas”.
Ao relatar novos casos de roubo de celular motivadas pelas facilidades de transferência de dinheiro por meio de PIX, o apresentador criticou a falta de ação do ministério da Economia para coibir crimes do gênero.
Datena reconheceu que fez campanha publicitária para o PIX, mas afirmou que só o fez porque “sou profissional e fui pago para fazer, mas eu digo: não usem mais PIX”, completou, reforçando que “só a polícia” vem trabalhando para frear roubo via PIX.
Folha de S.Paulo