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O ex-deputado Henrique Eduardo Alves se emocionou ao falar de sua trajetória política em entrevista à rádio Jovem Pan News Natal na manhã desta quarta-feira (19). Em determinado momento da conversa, o também ex-ministro do Turismo falou sobre sua prisão, deflagrada pela Polícia Federal em junho de 2017 em desdobramento da operação Lava Jato.
“Fui vítima de uma trama. Porque o procurador Janot queria ser reconduzido e o presidente Michel Temer já tinha feito chegar a ele que ele não seria reconduzido. E a partir daí ele teve como obsessão de destruir Michel e tirá-lo da Presidência. Até se dizia que ele se articulou com Rodrigo Maia, que era o presidente da Câmara e assumiria se ele saísse. E isso se confirmou quando chegou o mandado de prisão. Chegou um de Brasília, de Janot, e um do representante Regional de Janot. Chegaram os dois pedidos juntos, na mesma hora, na minha casa às 6h. E eu percebia que o oficial de Justiça que lá estava, olhava para a janela… Tinha uma multidão lá embaixo. Como podia todas aquelas pessoas lá, sabendo disso antes de mim? E daí minha revolta. […] Eu fiquei 328 dias lá em prisão preventiva, que é prender preventivamente um sujeito pelo mau que ele pode fazer à sociedade. Eu? Mau à sociedade? Um cara que teve a vida que eu tive? Só que esqueceram de mim lá. Me deixaram lá. […] E eu superei tudo isso”, disse emocionado.
Além disso, o ex-deputado falou sobre a possibilidade de entrar na disputa com o ex-senador Garibaldi Alves Filho por uma vaga na Câmara dos Deputados. Henrique relembrou que já foi deputado federal junto a Aluízio Alves, seu pai, e a Ismael Wanderley, seu cunhado. Mesmo assim, ele reforçou que ainda está avaliando a candidatura.
“Estou conversando para ouvir, para saber se vou ser candidato, se o povo quer que eu seja, se acha que eu ainda posso ajudar depois de tudo que ajudei. Só tenho gratidão. Um sujeito com 11 mandatos tem que pedir mais o quê? Tem só que agradecer e muito pelo que o Rio Grande do Norte me deu e fez. Me deu a chance de construir o que eu construí. O que vier a mais é se o povo entender que eu posso ajudar ainda mais. Não sei o que acontecerá. Mas o RN não perderá nada. Imagine o RN com Henrique e Garibaldi, com a história que têm, pelo que aprenderam nesses anos, como deputados?! Se Garibaldi chegar e eu não chegar, é bom para o RN, que terá um deputado como Garibaldi. Se eu chegar e Garibaldi não chegar, se eu for candidato, estará lá Henrique, que é um cara experiente, que pode ajudar”, disse.
Henrique ainda afirmou que, se decidir pela tentativa de chegar ao 12º mandato no Legislativo Federal, será candidato pelo MDB.
“Eu não estou no MDB. Eu sou MDB. Há uma diferença. Ouvi de Ulisses Guimarães que ‘partido não é hospedaria, partido é a sua casa’. Se as pessoas observarem o MDB como uma casa, se olhar o piso, as paredes, o teto e as janelas, verá as marcas das mãos de Henrique Eduardo Alves. E para fazer justiça, as minhas e de Garibaldi. Como posso sair dessa casa que é minha se eu não estou incomodado? Estou bem acomodado e feliz. É minha vida e minha história. Não há possibilidade de eu sair do MDB, que é minha casa. Eu quero, pelo contrário, é que venham mais pessoas. Henrique e MDB ontem, hoje e sempre”, finalizou.
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