O presidente Jair Bolsonaro (PL) respondeu com um enfático “não” à sugestão do ex-presidente Michel Temer de revogar o decreto que concedeu o “perdão” à pena imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).
Em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (22/4), Temer argumentou: “Como a decisão do STF sobre o processo contra o deputado Daniel Silveira ainda não transitou em julgado, o ideal, para evitar uma crise institucional entre os Poderes, é que o presidente da República revogue, por ora, o decreto e aguarde a conclusão do julgamento”.
Na quarta-feira (20/4), a Suprema Corte condenou Silveira a 8 anos e 9 meses de prisão, inelegibilidade e multa de R$ 200 mil. No dia seguinte (21/4), Bolsonaro assinou decreto de indulto que perdoa os crimes pelos quais o deputado foi condenado. O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Veja a íntegra do comentário feito pelo ex-presidente Michel Temer sobre o caso:
Como a decisão do STF sobre o processo contra o deputado Daniel Silveira ainda não transitou em julgado, o ideal, para evitar uma crise institucional entre os poderes, é que o Presidente da República revogue, por ora, o decreto, e aguarde a conclusão do julgamento. Somente depois disso, o Presidente poderá, de acordo com a Constituição Federal, eventualmente, utilizar-se do instrumento da graça ou do indulto. Este ato poderá pacificar as relações institucionais e estabelecer um ambiente de tranquilidade na nossa sociedade. Nesse entretempo poderá haver diálogo entre os Poderes. O momento pede cautela, diálogo e espírito público.
Governadores do Nordeste se manifestaram contra o fim do estado de emergência instaurado para conter a pandemia de covid-19. Portaria que reduz o status da doença no país foi assinada na 6ª feira (22.abr.2022) pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Com o fim da Espin (Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional) da covid-19, autorizações emergenciais concedidas a vacinas e remédios contra a doença, como a CoronaVac, e até compras públicas podem ser afetadas.
Normas municipais e estaduais atreladas ao estado de emergência, como contratações temporárias de profissionais, ampliação de serviços e aquisição de insumos, também precisarão ser revistas.
Foi estabelecido o prazo de 30 dias para as administrações se adequarem.
O Consórcio do Nordeste –autarquia formada por todos os Estados da região– emitiu um documento com críticas à medida. Eles consideram a “flexibilização exagerada” e classificam a mudança no status da covid como precipitada e equivocada. Eis a íntegra (1 MB) do boletim com data de 4ª feira (20.abr).
“Evidências científicas mostram que ainda é prematuro considerar que a pandemia acabou”, avalia o consórcio. “No dia 13 de abril, ou seja, há apenas 2 semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que a pandemia da Covid-19 continua a ser uma ‘Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional’ (…). Isto significa que o vírus da Covid-19 continua circulando no mundo, e que poderá ocorrer o surgimento de novas variantes de preocupação, provocando novas ondas da doença”, alerta o documento.
A autarquia cita que o Brasil ainda registra mais de 14.000 novos casos de covid e mais de 100 mortes por dia. E conclui que “o relaxamento exagerado das medidas de contenção da Covid-19 no momento é prematuro, pois poderá dar à população uma falsa sensação de segurança, que poderá resultar em novos casos e mortes evitáveis”.
Sobre a dispensa do uso de máscaras em ambientes fechados (adotada por vários Estados), o Consórcio avalia como “uma medida precipitada, desnecessária e equivocada”.
O desfile da Rosas de Ouro na manhã deste domingo (24) transformou um personagem que representava o presidente Jair Bolsonaro num jacaré depois que ele recebeu uma dose de vacina.
Sexta escola a entrar na avenida no segundo dia de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, a Rosas de Ouro trouxe um enredo que falou sobre rituais e caminhos para curar todos os males por meio da fé, da magia, da ciência e, claro, do samba.
Em dezembro de 2020, Bolsonaro disse que não tomaria vacina e que, se a pessoa optasse por tomar e virasse um jacaré, o problema seria dela. À época, Bolsonaro se referiu a uma cláusula da Pfizer de que não se responsabilizaria por eventual efeito colateral da vacina.
“E na Pfizer [contrato da Pfizer] tem lá: nós [Pfizer] não nos responsabilizados. Se eu virar um chi, se eu virar um jacaré, se você virar super homem, se nascer barba em alguma mulher, ou algum homem começar a falar fino… e o que é pior: mexer no sistema imunológico das pessoas”, falou Bolsonaro. Com informações do G1/Carnaval 2022/SP
A falta de roçagem nas vielas e o mato que cresce até em algumas sepulturas são as principais reclamações
NOVA CRUZ POVO , reclamam que o local não tem limpeza periódica e está tomado por mato. A moradora Helen de Souza procurou o BLOGUEIRO zelimadoagres para afirmar que o cemitério "está abandonado".
"Nos últimos dias piorou a situação, porque a chuva fez o mato crescer. Tem deles que já mais de um metro de altura. Está abandonado", relata a moradora.
Ainda segundo ela, há espaços dentro do cemitério que está intrasitávell. Além desse problema, o acúmulo de lixo pode levar risco de doenças à população. "Temos que lidar com essa situação. Queria saber para onde o dinheiro vai, porque não vejo melhora no cemitério", desabafa Helen.
Uma outra moradora, que preferiu não se identificar, disse que se sente muito triste ao ver a situação do cemitério. Para ela, deve ser dada maior atenção ao local, já que "lá estão os entes queridos".
"Cuidamos dos túmulos, mas os arredores estão cheios de mato. Ainda tem a chuva que faz o barro descer para cima dos túmulos. A gente fica sem saber o que fazer porque não tem nenhuma orientação sobre isso", diz.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) registrou o maior número de alistamentos eleitorais realizados na faixa etária de 16 e 17 anos, em relação às duas últimas eleições. Entre janeiro e março de 2022, o Brasil ganhou 1.144.481 novos eleitores, enquanto nos pleitos de 2018 e 2014, foram emitidos 877.082 e 854.838 novos títulos, respectivamente.
De acordo com as estatísticas oficias, até janeiro deste ano, o TSE registrava, no total, pouco mais de 730 mil títulos emitidos para jovens de 16 a 17 anos de idade. Para esta faixa etária, o voto é facultativo. Todo jovem que completar 16 anos ou mais até 2 de outubro de 2022 está apto a tirar o título de eleitor.
As novas inscrições acontecem em meio a uma campanha de mobilização promovida pela Justiça Eleitoral, já que nas eleições municipais de 2020 foi registrada uma queda drástica no número de eleitores nessa faixa etária. Na época, apenas 992 mil jovens tinham o documento no dia da votação.
Prazo de regularização
O cadastramento eleitoral permanece aberto até o dia 4 de maio, que é também a data-limite para que o eleitor solicite o título, transfira o domicílio eleitoral e regularize eventuais pendências com a Justiça Eleitoral.
Inspeção da Sethas na terça-feira (19) em unidades de Mossoró recomendou suspensão do fornecimento dos alimentos. Pasta estuda contratação emergencial de uma nova empresa para evitar descontinuidade do serviço.
Restaurante popular em Mossoró — Foto: Isaiana Santos/Inter TV Costa Branca
Quatro unidades do Restaurante Popular tiveram as atividades suspensas pela Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), sendo três em Mossoró e uma em Baraúna, na Região Oeste do Rio Grande do Norte.
O motivo, segundo a pasta, foi a condição precária de armazenamento na produtora dos alimentos, que fica sediada no Restaurante Popular Alto de São Manoel, em Mossoró. O local fornece alimentos para as quatro unidades.
Diante disso, foi solicitado à Superintendência de Vigilância em Saúde do RN (Suvisa) e à Vigilância Sanitária de Mossoró, “a interdição imediata do espaço” e “a suspensão do fornecimento para quatro unidades de Restaurante Popular em Mossoró e Baraúna“.
A Sethas informou que o problema foi constatado nesta terça-feira (19) através de uma inspeção de rotina em Mossoró.
Foram suspensas as atividades portanto nos restaurante populares de:
Alto de São Manuel (Mossoró); Santo Antônio (Mossoró); UERN (Mossoró); de Baraúna.
Na UERN, o café da manhã continua sendo servido porque é preparado por uma empresa diferente da que é responsável pelas outras unidades.
A empresa responsável pelo fornecimento das refeições, que foi interditada, tem cinco dias para se adequar as normas. Ainda há a possibilidade de contratação emergencial de outra empresa.
“A Sethas, executora do Programa Restaurante Popular, estuda a viabilidade de contratação emergencial de empresa para fornecimento de refeições nas unidades afetadas, com o objetivo de evitar a descontinuidade do serviço de segurança alimentar e nutricional”, disse em nota a secretaria.
Ao todo, Mossoró conta com cinco restaurantes populares – três deles agora fechados temporariamente.
Aposentada que tem doença rara toma 9 comprimidos de sildenafila por dia e depende da Unicat para receber o medicamento
19/04/2022 | 15:51
Iara Feitoza tem 53 anos e convive há 11 com hipertensão pulmonar - Foto: Reprodução
Tiago Rebolo Da Redação da 98 FM
A aposentada natalense Iara Feitoza, de 53 anos, é uma das 100 mil brasileiras que convivem com hipertensão arterial pulmonar (HAP). Ela descobriu que tem a doença há 11 anos, depois de uma pneumonia, e agora depende de doses diárias de sildenafila (mesmo princípio ativo do Viagra) para sobreviver e retardar a progressão da doença.
Desde que descobriu a doença, a vida de Iara, que à época era auxiliar administrativa, mudou radicalmente. Por causa da hipertensão pulmonar, ela não consegue desenvolver atividades simples do dia a dia, como uma caminhada ou afazeres domésticos. Tudo a deixa com uma falta de ar extrema, que, se não for amenizada com remédios imediatamente, pode levar a uma obstrução arterial fatal.
A HAP é uma doença rara que atinge apenas 25 pessoas a cada 1 milhão de habitantes. Trata-se de uma condição grave que, mesmo sendo tratada com remédios, leva quase metade dos pacientes à morte em três anos, sendo dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia. Os principais sintomas são falta de ar, inchaço na região das pernas e fadiga.
Como diz Iara, há 11 anos com a doença, ela é uma “sobrevivente” que desafia as estatísticas todos os dias.
O dia a dia
A aposentada conta que, para controlar a hipertensão pulmonar e alongar a expectativa de vida, toma 9 comprimidos por dia de sildenafila – mesmo princípio ativo do Viagra, tradicional remédio usado para impotência sexual, mas que na dose de 20 mg salva a vida de pacientes com HAP.
Iara Feitoza conversou na tarde desta terça-feira (19) com a reportagem do PORTAL DA 98 FM e falou sobre sua rotina. Ela tem residência em Natal, mas hoje está morando em Extremoz, perto de uma praia, para respirar ar mais puro.
Além de tomar sildenafila diariamente, ela usa balão de oxigênio durante a noite para poder dormir melhor. A família a ajuda nas atividades domésticas. Ela tem dois filhos, que são saudáveis e não herdaram a condição. Iara faz tratamento no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), com uma equipe especializada nesse tipo de assistência.
“A doença provoca inchaço nos meus tornozelos e falta de ar. Não posso ficar sentada nem em pé muito tempo. Não posso fazer grandes esforços, nem natação, hidroginástica, porque compromete o coração, que também é afetado. Não posso fazer nenhum tipo de esforço. Só lavo louça e tomo banho”, afirma a aposentada.
Ela conta que vê com preocupação a polêmica em torno da compra de sildenafila e diz que depende do medicamento para sobreviver.
“A sildenafila é um vasodilatador. Se eu não tomar, não consigo andar até a porta, até o banheiro. Ontem eu esqueci de tomar e passei mal. Ela dilata as artérias. Alivia a pressão pulmonar e o oxigênio pode passar. Se não acontecer esse processo, a artéria obstrui e a gente é intubado e pode morrer”, afirma.
Iara Feitoza diz que, antes de ser diagnosticada com hipertensão pulmonar, achava que tinha asma. Os sintomas estavam presentes desde a infância, a ponto de ela ser impedida de fazer educação física quando era estudante. A situação piorou depois dos 40 anos – idade quando normalmente os pacientes descobrem que têm HAP.
A aposentada diz que a sildenafila é essencial para sua sobrevivência. “O medicamento representa o meu respirar. Sem ele, eu não posso respirar. Ele significa vida, sobrevivência, anos de vida. Sem ele eu não tenho expectativa de vida. Só de morte”, acrescenta.
Pacientes acionam Justiça para ter medicamento
Iara Feitoza conta que sua renda não é suficiente para comprar o sildenafila. Ela pega o medicamento na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), ligada ao Governo do Estado. Ela diz que nunca precisou acionar a Justiça para ter acesso ao remédio, mas conhece pessoas que chegaram a essa situação.
“Com o tratamento da sildenafila, a pessoa pode sobreviver. Eu já vou com 11 anos. Vai aumentando a dose. Eu dependo da Unicat. Quando a gente começa a tomar o medicamento, não pode interromper ou diminuir a dosagem. Já é bem grave. Posso piorar do quadro, vir a internar, onerar mais ainda o dinheiro público. Posso vir a óbito. Quando fui buscar mês passado, meu médico disse que iria faltar. Mas parece que agora compraram”, conta ela.
Ela diz que a aquisição pela Unicat é fundamental, pois a família toda depende da renda dela. “O meu marido não pode trabalhar porque é meu cuidador”, registra.
Aposentada é influenciadora digital
Para passar o tempo e evitar a depressão, Iara tem como hobby a alimentação de um perfil no Instagram (@respirandovidahp), no qual conta o dia a dia com hipertensão arterial pulmonar. Clique aqui e acesse.
“Mostro às pessoas que existe vida além da hipertensão pulmonar. Faço poesias e sou digital influencer”, finalizou.
Na última publicação, ela postou: “Não é fácil, mas a gente segue lutando, por algo, ou por alguém”.