Está provado: o governo Bolsonaro tentou abafar o caso Marielle.
Mas...por quê?
Com dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, foi descoberto que o governo de Bolsonaro (PL) interferiu diretamente na veiculação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em jornais europeus.
Seis embaixadores de países europeus enviaram ofícios a veículos de imprensa sobre o caso, como mostrou o SBT News.
A ação do Itamaraty, segundo a informação obtida pelo SBT, mirava veículos de comunicação europeus que associavam a imagem de Bolsonaro ao crime que continua sem respostas.
Traduzindo...o governo de Bolsonaro não queria nada sobre o assunto na imprensa da Europa para livrar o nome – ou o sobrenome – dele no caso.
Mas...por quê?
Não caberia ao presidente da República cobrar dos órgãos de segurança a investigação para descobrir quem mandou matar a vereadora?
Caberia. Mas não ao governo Bolsonaro.
Mas...por quê?
Segundo o SBT News, canal de Sílvio Santos, sogro do ex-ministro de Bolsonaro Fábio Faria, que foi atrás das informações sobre o mistério do Caso Marielle, entre 2019 e 2020, foram encaminhados 6 telegramas de embaixadas brasileiras na Alemanha, França, Itália, Suíça, Cuba e Jamaica para veículos de comunicação sugerindo o ‘abafa’ contra o presidente brasileiro.
Mas...por quê?
Em um dos casos, o embaixador do Brasil em Roma, Hélio Vitor Ramos Filho, enviou uma carta de repúdio ao diretor do jornal La Repubblica pela reportagem “Brasile, ucciso il killer che sapeva tutto sull’omicidio di Marielle Franco” (Brasil: morto o assassino que sabia tudo sobre o homicídio de Marielle Franco).
No texto, a jornalista fala sobre a ligação do clã Bolsonaro ao miliciano Adriano da Nóbrega, morto em 9 de fevereiro de 2020, em uma operação policial na Bahia. O indício, no entanto, já havia sido descoberto por investigadores brasileiros.
Veja o que diz o trecho da reportagem:
“Uma investigação perigosa para a família de Jair e para o próprio presidente. Um entrelaçamento de relações e amizades que pode chegar até o Planalto, abrindo caminho também para as conexões entre política e crime, entre lideranças locais e milícias. Entre instigadores e autores do assassinato de Marielle Franco. Melhor fechar o jogo. Com três tiros que silenciam uma importante testemunha. Mas desconfortável”, diz a reportagem da jornalista Daniele Mastrogiacomo.
Em resposta, o embaixador Hélio Vitor disse: “A matéria, em particular seu último parágrafo, faz ilações difamatórias e infundadas, baseadas em suposições incomprovadas, tendo por objetivo exclusivo levantar suspeitas sobre a honra do (então) presidente da República Jair Bolsonaro, eleito democraticamente pelo povo brasileiro”.
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Bolsonaro havia decretado sigilo de 100 anos sobre as informações, mas a Controladoria-Geral da União (CGU) retirou a determinação.
Agora...quem for branco, preto, rosa, vermelho ou qualquer cor...que se segure nas tamancas, já que o Ministério da Justiça vai entrar de cabeça no caso logo depois do Carnaval.
FONTE: thaisagalvao.com.br