A Caixa Econômica Federal paga nesta quinta-feira (27) a parcela de
junho do novo Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição
Social (NIS) de final 9.
O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor
médio do benefício sobe para R$ 683,75. Segundo o Ministério do
Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de
transferência de renda do governo federal alcançará 20,84 milhões de
famílias, com gasto de R$ 14,23 bilhões.
Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O
Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de
bebês de até seis meses de idade, para garantir a alimentação da
criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a famílias
com gestantes e filhos de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a famílias com
crianças de até 6 anos.
No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos
últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar
informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a
composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar
as contas poupança digitais do banco.
A partir deste ano, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o
desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei
14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família. O Seguro Defeso é
pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que
não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução
dos peixes).
Cadastro
Desde julho do ano passado, passa a valer a integração dos dados do
Bolsa Família com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). Com
base no cruzamento de informações, cerca de 170 mil famílias foram
canceladas do programa neste mês por terem renda acima das regras
estabelecidas. O CNIS conta com mais de 80 bilhões de registros
administrativos referentes a renda, vínculos de emprego formal e
benefícios previdenciários e assistenciais pagos pelo Instituto Nacional
do Seguro Social (INSS).
Em compensação, outras 200 mil famílias foram incluídas no programa
neste mês. A inclusão foi possível por causa da política de busca ativa,
baseada na reestruturação do Sistema Único de Assistência Social
(Suas), que se concentra nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao
complemento de renda, mas não recebem o benefício.
Regra de proteção
Cerca de 2,58 milhões de famílias estão na regra de proteção em
junho. Em vigor desde junho do ano passado, essa regra permite que
famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50%
do benefício a que teriam direito por até dois anos, desde que cada
integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas
famílias, o benefício médio ficou em R$ 370,54.