A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do
Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, é a próxima testemunha a ser ouvida
pela CPI da Covid.
O depoimento dela está marcado para esta terça-feira (25/5), às 9h. O
Blog do Esmael transmite a sessão ao vivo para o Brasil e o mundo [assistir abaixo].
Na
noite desta sexta-feira (21/5), Mayra conseguiu junto ao Supremo
Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio se for
questionada sobre fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de
2021, período que coincide com a crise de falta de oxigênio nas UTIs de
Manaus.
Ao
solicitar ao ministro Ricardo Lewandowski o habeas corpus preventivo,
a defesa de Mayra destacou que ela — assim como o general Eduardo
Pazuello, ex-ministro da Saúde — responde a ação de improbidade
administrativa apresentada pelo Ministério Público Federal no Amazonas. O
processo apura as ações e omissões dos governos federal e estadual no
colapso do sistema de saúde na capital daquele estado no período entre o
final de 2020 e o início deste ano.
Mayra já havia solicitado anteriormente ao STF o direito de permanecer
em silêncio na CPI, mas, em sua primeira decisão, o ministro Lewandowski
havia rejeitado a possibilidade de habeas corpus preventivo.
A convocação de Mayra para depor na CPI partiu de cinco senadores:
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), Rogério Carvalho (PT-SE) e o relator, Renan
Calheiros (MDB-AL). Eles alegam que Mayra se notabilizou como defensora
de um “tratamento precoce” com medicações sem nenhuma comprovação
efetiva contra o coronavírus.
Os parlamentares querem mais
informações sobre a aquisição e distribuição de comprimidos de
cloroquina pelo Ministério da Saúde, inclusive para Manaus e para o
estado do Amazonas, que tiveram colapso no sistema de saúde no início
deste ano, culminando com a falta de oxigênio nos hospitais.
De
acordo com os requerimentos, questões relativas a isolamento social,
vacinação, postura do governo, estratégia de comunicação e omissão de
dados também devem ser abordadas pelos senadores.
A secretária, que é médica, também terá que dar explicações sobre uma
plataforma desenvolvida pelo Ministério da Saúde, o TrateCov,
recomendando o uso de cloroquina no combate à covid-19.
Em depoimento à CPI, o ex-ministro Eduardo Pazuello afirmou que a
ideia partiu de Mayra Pinheiro, mas o programa nunca chegou a ser
lançado oficialmente, pois fora “roubado” e “hackeado” enquanto ainda
estava em fase de desenvolvimento.
“Essa plataforma não foi
distribuída aos médicos. Foi copiada por um cidadão, que fez a
divulgação com usos indevidos. Quando soubemos determinei que fosse
retirada do ar e que fosse aberto um processo para descobrir onde
estavam os erros disso”, explicou o general aos senadores.
A
explicação do ex-ministro não convenceu os senadores Eduardo Braga
(MDB-AM), Rogério Carvalho (PT-SE) e Omar Aziz (PSD-AM), presidente da
comissão. Eles lembraram que sistema chegou a ser lançado e divulgado em
meios de comunicação do governo federal.
“A TV Brasil, que é uma
TV oficial, apresentou não só a matéria jornalística sobre o lançamento
do programa TrateCov, como fez campanha publicitária. É preciso que o
senhor Pazuello explique isso”, cobrou Braga.
Na
noite desta sexta-feira (21/5), Mayra conseguiu junto ao Supremo
Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio se for
questionada sobre fatos ocorridos entre dezembro de 2020 e janeiro de
2021, período que coincide com a crise de falta de oxigênio nas UTIs de
Manaus.
Ao
solicitar ao ministro Ricardo Lewandowski o habeas corpus preventivo,
a defesa de Mayra destacou que ela — assim como o general Eduardo
Pazuello, ex-ministro da Saúde — responde a ação de improbidade
administrativa apresentada pelo Ministério Público Federal no Amazonas. O
processo apura as ações e omissões dos governos federal e estadual no
colapso do sistema de saúde na capital daquele estado no período entre o
final de 2020 e o início deste ano.
CPI da Covid ao vivo [assistir agora]
Mayra
já havia solicitado anteriormente ao STF o direito de permanecer em
silêncio na CPI, mas, em sua primeira decisão, o ministro Lewandowski
havia rejeitado a possibilidade de habeas corpus preventivo.
A
convocação de Mayra para depor na CPI partiu de cinco senadores:
Alessandro Vieira (Cidadania-SE), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe
Rodrigues (Rede-AP), Rogério Carvalho (PT-SE) e o relator, Renan
Calheiros (MDB-AL). Eles alegam que Mayra se notabilizou como defensora
de um “tratamento precoce” com medicações sem nenhuma comprovação
efetiva contra o coronavírus.
Os parlamentares querem mais
informações sobre a aquisição e distribuição de comprimidos de
cloroquina pelo Ministério da Saúde, inclusive para Manaus e para o
estado do Amazonas, que tiveram colapso no sistema de saúde no início
deste ano, culminando com a falta de oxigênio nos hospitais.
De
acordo com os requerimentos, questões relativas a isolamento social,
vacinação, postura do governo, estratégia de comunicação e omissão de
dados também devem ser abordadas pelos senadores.
Leia também
Aplicativo TrateCov
A
secretária, que é médica, também terá que dar explicações sobre uma
plataforma desenvolvida pelo Ministério da Saúde, o TrateCov,
recomendando o uso de cloroquina no combate à covid-19.
Em
depoimento à CPI, o ex-ministro Eduardo Pazuello afirmou que a ideia
partiu de Mayra Pinheiro, mas o programa nunca chegou a ser lançado
oficialmente, pois fora “roubado” e “hackeado” enquanto ainda estava em
fase de desenvolvimento.
“Essa plataforma não foi distribuída aos
médicos. Foi copiada por um cidadão, que fez a divulgação com usos
indevidos. Quando soubemos determinei que fosse retirada do ar e que
fosse aberto um processo para descobrir onde estavam os erros disso”,
explicou o general aos senadores.
A explicação do ex-ministro não
convenceu os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Rogério Carvalho (PT-SE) e
Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão. Eles lembraram que sistema
chegou a ser lançado e divulgado em meios de comunicação do governo
federal.
“A TV Brasil, que é uma TV oficial, apresentou não só a
matéria jornalística sobre o lançamento do programa TrateCov, como fez
campanha publicitária. É preciso que o senhor Pazuello explique isso”,
cobrou Braga.
Adiamento do depoimento
O
depoimento de Mayra Pinheiro estava inicialmente marcado para
quinta-feira (20/5), mas teve que ser adiado por causa da oitiva de
Eduardo Pazuello, que se estendeu por dois dias.
Depois de ouvir a
secretária, a comissão parlamentar de inquérito se reunirá para votação
de requerimentos na quarta-feira (26/5), quando deve definir quem vai
testemunhar na quinta (27/5).