O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estuda atravessar a Praça dos Três Poderes, em Brasília, para levar pessoalmente à Câmara dos Deputados a medida provisória que cria o novo programa social do seu governo, o Auxílio Brasil, sucessor do Bolsa Família.
Em pré-campanha pela reeleição, o mandatário defende o novo Bolsa Família de R$ 400. A equipe econômica liderada pelo ministro dos bancos, Paulo Guedes, briga para reduzir esse benefício a R$ 300, enquanto a oposição se prepara para ampliar a ajuda em R$ 600 mensais durante a pandemia.
Bolsonaro pensa implementar a partir de novembro o Auxílio Brasil, o novo Bolsa Família, cujo nome trocado visa apagar o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nessas vésperas das eleições de 2022.
No entanto, o governo condiciona o novo Bolsa Família à aprovação, pelo Congresso, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para parcelar o pagamento de precatórios e criar um fundo com recursos de privatização a ser destinado para aumentar o valor do futuro Auxílio Brasil. Ou seja, Bolsonaro quer uma política circunstancial, não sustentável, haja vista que os ativos [empresas] vendidas são finitas.
O presidente Jair Bolsonaro sonha se reeleger empobrecendo mais o país e deixando os ricos concentrando mais fortunas, eis a velha fórmula do novo Auxílio Brasil –que deveria se chamar “Auxílio Bolsonaro” porque atende somente às intenções eleitorais do inquilino do Palácio do Planalto.
Sobre o Auxílio Brasil
O ministro da Cidadania, João Roma, explicou em coletiva os detalhes da MP do Novo Programa Social do Governo. A Medida Provisória foi entregue pessoalmente nesta hoje, pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, ao presidente da Câmara, Arthur Lira.
Segundo Roma, a base de 14,6 milhões de beneficiários do Bolsa Família será ampliado para acima de 16 milhões de atendimentos. O valor, segundo o ministro, sofrerá reajuste médio de 50% do valor atual do programa de transferência de renda que é de 189,00 atualmente.