O
produtor musical Dudu Braga, filho de Roberto Carlos, morreu nesta
quarta-feira (8), aos 52 anos, no hospital Albert Einstein, na Zona Sul
de São Paulo. Ele estava em tratamento contra um câncer no peritônio,
uma membrana que envolve a parede abdominal.
Publicitário por
formação, Dudu também era produtor musical, radialista e jornalista. Ele
apresentava um programa de rádio chamado “As Canções que você fez pra
mim” em mais de 40 emissoras do Brasil e de Portugal, onde falava das
histórias por trás das canções do pai.
Deficiente visual, Dudu
também assinava colunas em revistas musicais, tocava bateria e tinha uma
banda chamada “RC na Veia”, em homenagem ao pai cantor e compositor.
Essa foi a terceira vez que Dudu enfrentou o câncer, que apareceu pela primeira vez em 2019, no pâncreas.
Dudu
era casado com Valeska Braga e tinha uma filha de cinco anos chamada
Laura, nome em homenagem à mãe de Roberto Carlos, eternizada na canção
Lady Laura, uma das mais conhecidas do rei.
Ele também é pai de Giovanna, de 22 anos, e Gianpietro, de 17anos, filhos de uma relação anterior do produtor.
O diretor de núcleo da TV Globo José Bonifácio de Oliveira, o Boninho, lamentou a morte.
“Dudu
você foi um guerreiro, lutou contra essa doença bravamente até o final.
Vai deixar saudades. Fica em paz . Meus sentimentos a família e meu
querido amigo Roberto Carlos”, disse em sua conta no Instagram.
A governadora do Rio
Grande do Norte, Fátima Bezerra, anunciou nesta quarta-feira (8) que
autorizou um concurso público para soldados da Polícia Militar. Segundo o
Governo, a expectativa é que um novo certame seja aberto em 2022. O
número de vagas ainda será definido pelo estado a partir de um estudo
que está sendo realizado sobre carência de pessoal na corporação.
O
anúncio foi realizado pela manhã, durante a entrega de 34 novos
veículos para a Segurança Pública do Estado, adquiridos por meio de
convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério
da Justiça.
De acordo com o comandante-geral da PM, coronel
Alarico Azevedo, o número de vagas ainda não foi definido porque
atualmente o estado só pode realizar concurso para vagas com vacância –
ou seja, em substituição a outro servidor que se aposentou, deixou a
corporação, ou faleceu, por exemplo.
O último concurso realizado
pela Polícia Militar foi iniciado em 2018. O estado convocou e formou
1.013 novos soldados em 2020. Depois de um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) assinado com o Ministério Público, outros 299 foram
convocados.
Sem
citar o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira
(Progressistas-AL), fez um pronunciamento na tarde desta terça-feira, 8,
em que criticou “radicalismo e excessos” e disse que não pode “mais
admitir questionamentos”
” sobre a questão do voto impresso. A declaração do deputado ocorre um dia depois de manifestantes irem às ruas nos atos de 7 de Setembro com pedidos antidemocráticos, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), e insuflados por ameaças de rompimento institucional feitas pelo próprio Bolsonaro.
“Diante dos acontecimentos de ontem, quando abrimos as comemorações de 200 anos como Nação livre e independente, não vejo como possamos ter ainda mais espaço para radicalismo e excessos”, afirmou Lira.
“Conversarei com todos e todos os Poderes. É hora de dar um basta a essa escalada, em um infinito loop negativo, bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade”, disse o presidente da Câmara.
Ele também criticou a insistência na defesa do voto impresso em 2022, proposta já rejeitada pela Câmara dos Deputados no mês passado. “Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas, como o voto impresso. Uma vez decidido, é página virada. ”
Na sua fala, Lira não fez qualquer menção ao impeachment do presidente. Após a radicalização no discurso de Bolsonaro ontem, ganhou força a possibilidade de siglas como PSDB, PSD, MDB e Solidariedade engrossarem o coro de partidos da oposição para que um processo seja iniciado. A decisão de aceitar um pedido, porém, é do presidente da Câmara.
Veja o vídeo:
Leia a íntegra do pronunciamento de Arthur Lira:
“Vou seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão e a nossa prerrogativa de puni-los eventualmente se a Casa, com sua soberania e independência, entender que cruzaram a linha
Diante dos acontecimentos de ontem, quando abrimos as
comemorações de 200 anos como nação livre e independente, não vejo como
possamos ter ainda mais espaço para radicalismo e excessos.
Esperei
até agora para me pronunciar porque não queria ser contaminado pelo
calor de um ambiente já por demais aquecido. Não me esqueço um minuto
que presido o Poder mais transparente e democrático.
Nossa
Casa tem compromisso com o Brasil real – que vem sofrendo com a
pandemia, com o desemprego e a falta de oportunidades. Na Câmara dos
Deputados, aprovamos o auxílio emergencial e votamos leis que
facilitaram o acesso à vacinação. Avançamos na legislação que permite a
criação de mais emprego e mais renda. A Casa do Povo seguiu adiante com
as pautas do Brasil – especialmente as reformas. Nunca faltamos para com
os brasileiros. A Câmara não parou diante de crises que só fazem o
Brasil perder tempo, perder vidas e perder oportunidades de progredir,
de ser mais justo e de construir uma nação melhor para todos.
Os
Poderes têm delimitações – o tal quadrado, que deve circunscrever seu
raio de atuação. Isso define respeito e harmonia. Não posso admitir
questionamentos sobre decisões tomadas e superadas – como a do voto
impresso. Uma vez definida, vira-se a página. Assim como também vou
seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão – e a
nossa prerrogativa de puni-los internamente se a Casa com sua soberania e
independência entender que cruzaram a linha.
Conversarei com todos e com todos os poderes. É hora de dar um basta a esta escalada, em um infinito looping negativo.
Bravatas
em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um
elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade.
O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7 reais, o dólar valorizado em
excesso e a redução de expectativas. Uma crise que, infelizmente, é
superdimensionada pelas redes sociais, que apesar de amplificar a
democracia estimula incitações e excessos.
Em tempo, quero
aqui enaltecer a todos os brasileiros que foram às ruas de modo
pacífico. Uma democracia vibrante se faz assim: com participação popular
e liberdade e respeito à opinião do outro.
Foi isso que
inspirou Niemeyer e Lúcio Costa, quando imaginaram a Praça dos Três
Poderes: colocaram o Executivo, o Judiciário e o Legislativo no meio.
Equidistantes – mas vizinhos e próximos suficientes para que hoje a
gente possa se apresentar como uma ponte de pacificação entre Judiciário
e Executivo. E é este papel que queremos desempenhar agora. A Câmara
dos Deputados está aberta a conversas e negociações para serenarmos.
Para que todos possamos nos voltar ao Brasil Real que sofre com o preço
do gás, por exemplo.
A Câmara dos Deputados apresenta-se
hoje como um motor de pacificação. Na discórdia, todos perdem, mas o
Brasil e a nossa história tem ainda mais o que perder. Nosso país foi
construído com união e solidariedade e não há receita para superar a
grave crise socioeconômica sem estes elementos.
Esta Casa
tem prerrogativas que seguem vivas e quer seguir votando e aprovando o
que é de interesse público. E estende a mão aos demais Poderes para que
se voltem para o trabalho, encerrando desentendimentos.
Por
fim, vale lembrar que temos a nossa Constituição, que jamais será
rasgada. O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em
nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022. Com as urnas
eletrônicas. São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o
povo expressa sua soberania.
Que até lá tenhamos todos, serenidade e respeito às leis, à ordem e, principalmente, à terra que todos nós amamos.
Uma
mulher de 32 anos foi presa pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) após
produzir e compartilhar conteúdo pornográfico das próprias filhas, de 4 e
11 anos de idade. A prisão ocorreu nessa segunda (6), no município de
Icó.
Segundo a polícia, um vídeo íntimo da criança de 4 anos,
gravado pela mãe, viralizou em grupos de aplicativo de mensagens, o que
levou à identificação do crime e à captura da mulher – que não terá
identidade revelada, para preservar as vítimas.
O caso foi
identificado pela PCCE no último sábado (4). Na residência da família,
os policiais civis identificaram as crianças e localizaram o vestido que
a menina usava na gravação compartilhada.
MÃE ENVIAVA VÍDEOS A COMPANHEIRO
Ao
longo da investigação, a polícia descobriu que o material pornográfico
era enviado para o companheiro da mulher, que atualmente mora em São
Paulo. Era ele quem repassava o conteúdo para as redes sociais.
Conforme
a polícia, a mulher pretendia levar a filha de 11 anos em viagem à
capital paulista e sujeitá-la a abuso sexual pelo homem, que cometeria o
estupro. O suspeito está sendo procurado em São Paulo.
A mãe das
crianças deverá responder pelo crime previsto no artigo 240 do Estatuto
da Criança e do Adolescente (ECA), que versa sobre produzir, reproduzir,
dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança, ou adolescente.
A
pena prevista é de 4 a 8 anos de reclusão, além de pagamento de multa.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará
(SSPDS), a pena neste caso é aumentada em um terço, pelo fato de a
suspeita ser mãe das vítimas.
Já o companheiro dela deverá
responder pelo crime no artigo 241 do ECA, por apresentar, fornecer,
divulgar ou publicar o material. O crime tem pena de reclusão de 2 a 6
anos e multa.
A Polícia Civil segue com as investigações sobre o
caso. As crianças foram colocadas sob os cuidados da avó materna e são
acompanhadas pelo Conselho Tutelar da cidade.
A
volta do feriadão promete ser tensa em Brasília. As manifestações do 7
de Setembro lideradas por Jair Bolsonaro aumentaram o desgaste
institucional na República. Antes mesmo do encerramento dos protestos,
representantes dos Poderes e da sociedade civil repudiaram o discurso
agressivo do chefe do Executivo, com ofensas ao ministro do Supremo
Tribunal Federal Alexandre de Moraes e críticas ao Tribunal Superior
Eleitoral. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, deve falar hoje em
nome da instituição máxima do Judiciário.
Os
ministros do Supremo se reuniram na noite de ontem para debater sobre os
novos ataques de Jair Bolsonaro nas manifestações do feriado. Uma das
avaliações convergentes entre os magistrados é de que o presidente da
República produziu mais provas contra si nos inquéritos já em curso no
STF e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Correio apurou
que o ministro Alexandre de Moraes pedirá a inclusão dos novos
discursos de Bolsonaro no inquérito das fake news, por causa de seus
ataques ao sistema eletrônico de votação — diligências também serão
tomadas no âmbito do inquérito administrativo do TSE.
O
Legislativo também reagiu. Diante das ameaças feitas durante o discurso
inflamado de Bolsonaro contra o Judiciário, o PSDB convocou uma reunião
extraordinária da Executiva do partido para discutir o impeachment de
Bolsonaro. O encontro está marcado para hoje e foi convocado pelo
presidente da sigla sob a justificativa de que Bolsonaro fez “gravíssimas declarações”.
“O
presidente do PSDB, Bruno Araújo, convoca reunião Extraordinária da
Executiva para esta quarta-feira, para diante das gravíssimas
declarações do presidente da República no dia de hoje, discutir a
posição do partido sobre abertura de impeachment e eventuais medidas
legais”, divulgou o partido.
O PSB
também reagiu às manifestações logo após os atos em apoio ao presidente.
Em nota, a legenda defendeu a saída do presidente e disse que se viu
frente a “um agitador, cuja única obsessão consiste em prover
fartamente o pão para o circo que anima, especialmente concebido para
radicalizar ainda mais seguidores fascinados pelas promessas
horripilantes e deletérias do mais franco e escancarado fascismo”, disse.
O deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) avaliou que o presidente perdeu a oportunidade de tomar as rédeas da democracia. “Vimos
tomarem a data, nossas cores e nossos símbolos para atentarem contra os
Poderes, afrontando o Estado Democrático de Direito ao invés de saírem
da bolha que vivem e entenderem o que é importante para os brasileiros”, lamentou o político.
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE), fez duras críticas. Segundo ele, “não é preciso aguardar o fim do dia para apontar que Jair Bolsonaro é um criminoso golpista”. Para Vieira, o presidente “manipula
a massa para esconder rachadinhas, centrão, mansões suspeitas e a
incompetência que jogou o Brasil em uma crise sanitária, econômica e
social gigante”, escreveu. Para Vieira, o destino de Bolsonaro “é o impeachment”. Integrante da CPI da Covid, o senador é pré-candidato a presidente em 2022.
Houve
manifestações também da sociedade civil. O presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, avaliou que o presidente
Jair Bolsonaro usou dinheiro público para transformar uma data nacional
(Dia da Independência) em evento particular. O advogado convocou uma
atuação por parte do Congresso. “Chegou o momento histórico de
os presidentes da Câmara (Arthur Lira) e do Senado (Rodrigo Pacheco)
tomarem posição. A sociedade espera atitude firme de defesa da
democracia ameaçada”, escreveu em uma rede social.
Na madrugada desta segunda-feira, 6, por volta das 3h30 da madrugada,
bandidos explodiram o escritório de um posto de combustível na cidade
de Tangará, na região do Trairi e fugiram com o cofre do
estabelecimento.
A ação teria contado com uma quadrilha formada
pode seis homens que invadiram o posto e acionaram explosivos para
conseguir retirar o cofre. A estrutura do posto São Domingos ficou
parcialmente destruída e os criminosos fugiram com destino ignorado.
Movimento Batistas por Princípios entende que manifestações serão "de
claro apoio a iniciativas autoritárias e pouco democráticas"
Em
nota, o Movimento Batistas por Princípios contraria convocações feitas
às igrejas evangélicas por lideranças políticas e religiosas e pede aos
fiéis para não saírem às ruas neste 7 de Setembro.
A entidade
defende que os atos serão “de claro apoio a iniciativas autoritárias e
pouco democráticas”. No texto, o grupo tece críticas ao presidente Jair
Bolsonaro (sem partido) e enfatiza: “Nenhum cidadão do nosso país está
acima das normas constitucionais”.
“Estranhamos o lamentável
fato de que pastores, embora ensinem em suas igrejas uma eclesiologia
democrático-congregacional, expressem sua solidariedade a uma
manifestação de claro apoio a iniciativas autoritárias e pouco
democráticas do atual Presidente da República”, diz a nota.
O
movimento ressaltou o “caráter contraditório da manifestação” convocada
para a data comemorativa. “Em nome da defesa da liberdade, faz-se
apologia inconstitucional do fechamento do Congresso e do Supremo
Tribunal Federal”, destaca.
O grupo evangélico sinaliza
“desconfiança” ao protesto convocado por Bolsonaro. “Pretende dar
salvo-conduto a um presidente que, juntamente com seus filhos, ainda
deve explicações a sérios e graves indícios de corrupção e uso indevido
de verbas de gabinete constituídas por dinheiro público — indícios que
estão sendo investigados e, por si, revelam situações que parecem
desmontar discursos hipócritas contra a corrupção”, prossegue a nota.
Segundo
o movimento, os evangélicos têm adotado “papel de massa de manobra”. Na
avaliação dos religiosos, o governo do presidente Jair Bolsonaro é um
“fracasso”: “Na condução da crise sanitária, na política econômica, no
controle inflacionário, no combate à política predatória do chamado
Centrão, na estabilização política, nas políticas educacionais, no plano
de prevenção à crise hídrica e de energia elétrica”, enumeram.
“Afirmamos
com ênfase que a convocação para tal manifestação pública, embora exiba
como fachada a defesa da liberdade e da democracia, na verdade se
revela como astuta tentativa do atual governo de provocar rupturas
institucionais e criar ambiente favorável a instalação de um governo
autoritário e personalista”, conclui o Movimento Batistas por
Princípios.