Comemoração do 7 de Setembro começou às 8h30 na praça Pedro Velho.
Manifestações aconteceram após evento; dois foram presos em confronto.
Cerca de três mil pessoas assistiram ao desfile cívico que aconteceu no entorno da praça Pedro Velho, no Centro de Natal, neste 7 de Setembro, segundo a Polícia Militar. O evento começou por volta das 8h30 e acabou pouco mais de uma hora depois. Escolas estaduais doRio Grande do Norte e a governadora Rosalba Ciarlini foram as ausências registradas na parada. O governo e a Secretaria Estadual de Educação temiam protestos violentos. O secretário de Segurança, Aldair da Rocha, representou a governadora. A Polícia Rodoviária Federal também não desfilou. Manifestações foram realizadas após o evento. Houve confronto e duas pessoas foram presas.
De acordo com a Polícia Militar, pouco mais de três mil pessoas assistiram ao desfile nos corredores montados nas avenidas Prudente de Morais e Nilo Peçanha.
Forças armadas, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar, entidades e bandas escolares participaram da parada cívica. A dona de casa Francisca Sales acompanhou o evento junto com seus filhos. “É muito bonito e é um exercício de cidadania. A gente tem que ensinar os filhos a ter orgulho da pátria”, colocou.
Davi Cid, de 2 anos, acompanhou o desfile fardado como militar junto com sua família. Segundo seus pais, este é o segundo ano que a criança participa da comemoração da Independência do Brasil.
O efetivo militar foi o mesmo dos anos anteriores, de acordo com a organização do evento. “Nós estamos organizando isso há vários meses. Durante as reuniões, alguns expressaram a preocupação e pediram para não participar. Nós entendemos isso e eles foram liberados. Porém o efetivo militar é o mesmo de sempre”, disse o coronel Campos, comandante da Base Aérea de Natal, responsável pela organização.
Protestos
Acompanhando o evento de forma silenciosa, com faixas, candidatos aprovados no último concurso da PM pediam a convocação para o serviço público. Terminado o desfile, vários atos de protesto convergiram para a praça cívica. Segundo a polícia, contadas todas as manifestações, 500 pessoas passaram pelos atos. Enquanto isso, a PM tinha 800 homens fazendo a segurança nas redondezas. O comandante geral da PM, coronel Francisco Araújo, considerou os atos pacíficos.
Os atos da policia civil, Grito dos Excluídos e sindicatos médicos se cruzaram na avenida Prudente de Morais. “Estamos lutando pelos mesmos objetivos”, disse o presidente dos Sindica dos Policiais Civis e Servidores de Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol).
Um confronto foi registrado na rua Açu, ao lado da catedral no Centro da cidade. Policiais Militares e manifestantes entraram em confronto após a prisão de um jovem mascarado suspeito de praticar atos de depredação. Os outros manifestantes tentaram impedir a prisão. Os policiais usaram gás de pimenta e cassetetes para afastá-los. Pedras e garrafas de vidros foram lançadas contra o carro da polícia, que teve o vidro traseiro quebrado.
“Quebro como forma de protesto”
Na Delegacia de Plantão da Zona Sul, o estudante Jonh Kennedy da Silva Ferreira falou ao G1 com a condição de não ter a imagem do seu rosto divulgada. Ele foi detido suspeito de jogar um tijolo em uma vidraça. “Eu peguei a pedra na rua. Estava assistindo o protesto e meus amigos me chamaram para participar do projeto”, confessou.
O estudante explicou que a depredação é uma forma de protesto. “A roubalheira está muito grande lá em Brasília. Eu não tinha um alvo. Quando começaram a jogar, eu joguei também”, acrescentou.
O suspeito de quebrar o vidro do carro de polícia também foi detido. Não há registro de depredação de monumentos públicos ou pessoas feridas.
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