sábado, 3 de abril de 2021

Covid-19 menos de 48 horas após perder o pai para a doença em Natal

 

Emilly Cavalcante Belarmino faleceu na madrugada desta quarta-feira (31) no Hospital de Campanha. Pai da jovem, o médico João Joaquim Cavalcante Neto, de 61 anos, faleceu na segunda (29) na mesma unidade.



Emilly Belarmino tinha 25 anos e faleceu com Covid-19 nesta quarta-feira (31)   — Foto: Redes sociais

Emilly Belarmino tinha 25 anos e faleceu com Covid-19 nesta quarta-feira (31) — Foto: Redes sociais

Em menos de 48 horas, pai e filha morreram vítima da Covid-19 em Natal. Estudante de medicina e com apenas 25 anos de idade, Emilly Cavalcante Belarmino não resistiu à doença e faleceu na madrugada desta quarta-feira (31) em Natal, após perder o pai - o médico e ex-prefeito de Ruy Barbosa - João Joaquim Cavalcante Neto, de 61 anos, na segunda (29).

Emilly Belarmino cursava o 5º ano de Medicina na Argentina e estava no Brasil desde o segundo semestre de 2020, por causa da pandemia. Ela começou a apresentar sintomas no mesmo dia que o pai, em 3 de março. No dia 12, o quadro de saúde se agravou e ela foi levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança.

Da unidade, Emilly foi encaminhada para o Hospital de Campanha de Natal, onde o pai já estava internado, e ficou inicialmente em uma enfermaria. No dia 16, ela precisou ser intubada e apresentava em estado mais grave que o do pai. A jovem não resistiu e faleceu por volta de 1h40 desta quarta (31).

 


Pai e filha estavam internados com Covid-19 e morreram com menos de 48 horas de diferença em Natal. — Foto: Arquivo da família

Segundo a família, a jovem não tinha comorbidades.

Na família, a mãe foi a única que não adoeceu. Emanuelly Cavalcante, irmã de Emily, também pegou a doença e foi a primeira a apresentar sintomas, em 27 de fevereiro. "A gente nunca imagina como a doença vai reagir. Em momento algum, a gente imaginou que passaria por uma tragédia dessas na nossa família. Por isso eu gostaria de reforçar que as pessoas tivessem cuidado. É uma dor muito grande", afirmou Emanuelly. 

"Doutor João", como era conhecido o pai, estava atuando desde o início do ano nas UPAs de Cidade da Esperança e do bairro Potengi, além do Hospital dos Pescadores e unidade básica de saúde de Mãe Luiza. Ele era clínico geral, mas atuava no setor de pediatria em todas as unidades. De acordo com a filha Emanuely, o médico havia tomado as duas doses da coronavac: a primeira no dia 25 de janeiro e a segundo em 15 de fevereiro.

No dia 3 de março, João começou a apresentar sintomas da Covid-19 e o quadro se agravou no dia 10, quando foi internado na UPA de Cidade da Esperança. No dia seguinte, foi transferido para o Hospital de Campanha, sendo intubado. Ele apresentou melhora e chegou a ser extubado, mas voltou a passar pelo procedimento e faleceu na segunda-feira (29).

De acordo com especialistas, a proteção da pessoa que toma a vacina começa, em média, duas semanas após a aplicação da segunda dose no paciente, mas pode variar de pessoa para pessoa de acordo com faixa etária e o sistema imunológico. "Com duas semanas, já se detecta a proteção, mas a maior quantidade de anticorpos é registrada um mês após o término da vacinação, com variações individuais", explica Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) .FONTE, https://g1.globo.com/

 

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