A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) afirmou nesta quinta-feira (9), em entrevista à 98 FM Natal, que é contra uma aliança entre seu partido e o MDB para as eleições de 2022 no Rio Grande do Norte. Nos bastidores, é costurada uma união entre os partidos em torno da candidatura à reeleição da governadora Fátima Bezerra (PT) – pela proposta, o MDB indicaria o candidato a vice.
A aproximação entre as duas legendas ganhou forças nas últimas semanas, especialmente após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defender publicamente, durante visita ao RN, a coligação entre as siglas no próximo ano. Lula chegou a participar de um jantar com os dois principais líderes do MDB no Estado – o deputado federal Walter Alves e o ex-governador Garibaldi Alves Filho – para discutir a possível aliança.
Para Natália Bonavides, que concedeu entrevista ao programa “Repórter 98”, a união entre PT e MDB no RN “não seria uma aliança eleitoral acertada”.
“Existe uma divergência programática muito ampla. Se formos observar a própria posição do MDB no Congresso, muitas vezes (o partido) tem sido base de apoio dessa agenda bolsonarista. Além disso, aqui no Estado, as oligarquias por muito tempo governaram o Rio Grande do Norte e foram as responsáveis por fazer o Estado chegar às condições em que chegou. Eu acredito que não seria positivo”.
A deputada federal do PT enfatizou que, apesar da defesa de Lula, a decisão sobre aliança ou não com o MDB caberá ao diretório estadual do partido. “Por mais que ele (Lula) esteja fazendo conversas, por mais que ele possa ter sua opinião em relação a isso, ele reafirmou que cabe ao partido aqui no Estado fazer o debate desses termos eleitorais – e é isso que o partido está começando a fazer”, destacou a parlamentar.
Natália Bonavides registrou que não é contra alianças para as eleições de 2022, mas pontuou que é preciso ter uma “identidade mínima”. Ela cita como possíveis aliados para o próximo ano o PSB, o PV, a Rede Sustentabilidade e o PCdoB – partido do atual vice-governador, Antenor Roberto.
“É sempre válido fazer aliança com quem é diferente da gente, até porque não se chamaria aliança. Mas essa junção de diferentes no mesmo palanque precisa de identidade mínima, que a gente tope um programa minimamente comum para a gente apresentar à sociedade e depois buscar ampliar esse programa”, finalizou.
fonte, Portal 98 FM
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