Foto: Reprodução
Um incêndio atingiu a maior usina nuclear da Europa, a Zaporíjia, que fica na Ucrânia, após um ataque de tropas russas, segundo disse o prefeito da cidade de Energodar na noite desta quinta-feira (madrugada de sexta no horário local). A localização exata do incêndio na usina não é clara. O chanceler da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu às tropas russas um cessar-fogo imediato na região.
“Os bombeiros não podem começar a extinguir o fogo na usina nuclear de Zaporozhzhia – eles estão sendo alvejados à queima-roupa. Já há um ataque na primeira unidade de energia”, disse a agência de notícias RIA, citando o Ministério de Energia Atômica do país.
“Como resultado do contínuo bombardeio inimigo de prédios e unidades da maior usina nuclear da Europa, a usina nuclear de Zaporíjia está pegando fogo”, disse o prefeito Dmytro Orlov em seu canal Telegram, citando o que chamou de ameaça à segurança mundial, mas sem dar mais detalhes.
“Se explodir, será 10 vezes maior do que Chernobyl! Os russos têm que conter o fogo IMEDIATAMENTE, permitir que os bombeiros estabeleçam um perímetro de segurança”, tuitou Kuleba.
Mais cedo, Orlov já tinha afirmado que uma coluna de tropas russas estava indo em direção à usina nuclear, realtando que “tiros altos podiam ser ouvidos na cidade”. Autoridades ucranianas também informaram que as tropas russa estavam intensificando os esforços para tomar a usina e que haviam entrado na cidade com tanques.
Pela manhã, as agências internacionais informaram que as tropas russas tinham avançado até 35 km da usina Zaporíjia, entrando em confronto com ucranianos em Voznesenk, a cerca de 30 km de distância, ainda na quarta-feira.
Na ocasião, o chefe interino da empresa nuclear estatal ucraniana Energoatom, Petro Kotin, disse que “se a situação piorar, será impossível pensar no que acontecerá se eles começarem a bombardear. Eles simplesmente não sabem o que estão fazendo”. Ele ainda pontuou que não acredita que os russos tenham recebido ordens para fazer um ataque às usinas.
A Rússia já capturou a extinta usina de Chernobyl, a cerca de cem quilômetros ao norte da capital da Ucrânia, Kiev, numa operação que Kotin qualificou de “terrorismo nuclear”.
O Globo
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