Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
A 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo absolveu o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) da acusação de recebimento de propina de R$ 2 milhões do grupo J&F em 2017, quando o parlamentar era senador.
“A farsa foi desmascarada. Depois de cinco anos de explorações e injustiças, foi demonstrada a fraude montada por membros da PGR [Procuradoria-Geral da República] e por delatores que colocou em xeque o estado democrático de direito no país”, disse a defesa de Aécio.
A denúncia do Ministério Público Federal de São Paulo acusou o deputado, sua irmã Andréa Neves da Cunha, seu primo Frederico Pacheco de Medeiros e um ex-assessor parlamentar de Aécio à época, Mendherson Souza Lima, de terem feito a cobrança de pagamento indevido, entre fevereiro e maio de 2017, e recebido de Joesley Mendonça Batista, presidente do grupo J&F.
“Com base nos motivos expendidos […] julgo improcedente a ação penal para absolver Aécio Neves da Cunha, Andréa Neves da Cunha, Frederico Pacheco de Medeiros e Mendherson Souza Lima, qualificados nos autos, do crime descrito no artigo 317 [que trata de corrupção ativa e passiva] no Código Penal”, sentenciou o juiz federal Ali Mazloum, da 7ª Vara.
Em seu posicionamento, enviado pela sua defesa, Aécio lembra sobre o depoimento do empresário no processo e lamenta o período que durou a acusação.
“Em depoimento prestado à Justiça de São Paulo, o próprio delator Joesley Batista reconheceu que nunca houve qualquer irregularidade, qualquer pedido de recursos ou qualquer contrapartida na relação mantida com Aécio Neves. A Justiça demorou para ser feita, mas se impôs. A lamentar o injusto sofrimento causado a tantas pessoas de bem por tanto tempo”.
CNN Brasil
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