As pessoas que queriam ir a São Miguel do Gostoso (RN), no Litoral Norte do Rio Grande do Norte (RN), na manhã desta sexta feira (3), foram surpreendidas por uma manifestação de comerciantes que atuavam como barraqueiros e ambulantes na Praia de Tourinhos. O grupo protesta contra a retirada de barracas e a proibição de atividades na área. O protesto, segundo os participantes, vai continuar até que se tenha um momento para discussão com as autoridades.
Os comerciantes que atuam na Praia de Tourinhos foram notificados pela Superintendência do Patrimônio da União no Rio Grande do Norte para desocupar o local em até 30 dias. Uma faixa de área pertence à União e, por ação do Ministério Público Federal, foi decidido que os profissionais não poderão atuar na área.
Em um estudo encomendado pelo MPF ao Idema, entidade que atua em defesa do Meio Ambiente no Rio Grande do Norte, o órgão relatou um crescimento significativo no número barracas, apontando que “não foi possível observar as condições de drenagem sanitária, abastecimento de água ou energia elétrica no local, em sua maioria não estava funcionando no momento da vistoria”.
De acordo com o Idema, foi possível cadastrar estruturas de caixa d’água e tubulações para abacaxi instaladas, além de dois quarteirões também possuir um ‘poço preto’, além de postes de energia instalados, praticamente inoperantes.
Sem uma solução definitiva, os profissionais cobram uma discussão para definir o futuro dos profissionais da região. A comerciante Cristina Bezerra informou que a manifestação vai continuar até que os órgãos competentes discutam com os barraqueiros uma alternativa que permita o trabalho da população local.
“Somos pais de famílias trabalhadoras e não aceitamos a retirada de dois quartéis da Praia de Tourinhos. Queremos uma resposta e não podemos ficar sem um espaço de trabalho. Precisamos de espaço para poder trabalhar e sustentar nossas famílias. Estamos aqui e continuar”, disse.
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