No seu primeiro pronunciamento como presidente, Ricardo Motta prega independência do Poder Legislativo 03/02/2011
Em seu primeiro pronunciamento como presidente da Assembléia Legislativa, logo após ser eleito com os votos dos 23 colegas, o deputado Ricardo Motta(foto) defendeu a dignidade e a independência da Assembléia Legislativa.
Ele disse que atendeu à convocação que lhe foi feita e se lançou ao julgamento dos seus pares como um desafio ao qual responde com um repto: “superar-se no esforço mais tenaz para corresponder às expectativas dos colegas, tendo por norte a consolidação de conquistas, que, nos últimos anos, levaram a Assembléia a patamar de influência e importância único em sua mais que centenária história”.
Ricardo destacou as mudanças ocorridas na Assembléia ao longo dos últimos anos.
“Posso eu mesmo dar testemunho da radical mudança operada nesta Casa, pois quando pela primeira vez aqui cheguei o Legislativo se debatia em crônica dependência, mutilado em sua autonomia constitucional por absoluta falta de recursos materiais, e, mais grave, pela dificuldade histórica de desvencilhar-se de amarras políticas que faziam dele mero caudatário de opções, ações e decisões governamentais”, enfatizou Ricardo.
Homenagem a Robinson
Motta aproveitou para fazer uma homenagem ao ex-presidente Robinson Faria(foto), destacando os avanços proporcionados na Assembléia durante os últimos oito anos.
“É inegável que o processo de afirmação política e autonomia da Assembléia se concretizou nos últimos oito anos, com a liderança do então presidente, o hoje vice-governadora Robinson Faria, a quem prestou a homenagem da Assembléia, como primeira manifestação de seu novo presidente”, disse Ricardo.
E acrescentou: “Além de expressar a Robinson minha gratidão pessoal pela confiança e o apoio recebidos, asseguro que os êxitos de sua administração serão consolidados, pois os passos dados para elevar a nossa Assembléia no respeito de nossos conterrâneos não terão recuo”.
Independência e harmonia entre os poderes
O novo presidente da AL destacou que a missão constitucional não se limita à insigne tarefa de legislar e fiscalizar, “pois o Parlamento moderno tem de estar presente em todas e em cada uma das opções administrativas, como participante, em pé de igualdade com os demais setores da administração pública, de todo o processo de desenvolvimento”.
Ricardo declarou que a relação da AL com o Governo do Estado será de independência, mas de trabalho harmônico em favor do RN.
“O Governo do Estado contará com a Assembléia como vigilante fiscal, para estimular acertos e advertir sobre eventuais equívocos. Nossa relação será de independência, mas de trabalho harmônico para o bem do Rio grande do Norte”, frisou.
E emendou: “A compreensão dessa nossa ação tenho plena convicção, contará com o incentivo da governadora Rosalba Ciarlini, a quem manifesto minha confiança de que, com espírito democrático, haverá de unir os esforços do Poder Executivo ao nosso trabalho, para juntos servirmos bem e melhor ao nosso povo”.
Clóvis Motta
Ao final do seu discurso de posse, Ricardo Mota fez uma referência pessoal e familiar. Ele fez referência ao seu pai, Clóvis Motta, que presidiu a Assembléia no período de 1966 a 1970.
“Vossas excelências me entregam a cadeira que outrora já foi ocupada por meu pai, Clóvis Mota, cuja memória honrada, se Deus permitir, espero continuar dignificando. Ele foi Presidente de 1966 a 1970, como vice-governador. Também foi deputado estadual e seu nome foi dado a este plenário. Que sua dedicação à causa pública seja minha força”, afirmou Ricardo Motta visivelmente emocionado.
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